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Capins para bovinocultura estão em vitrine na Coopavel • Portal DBO

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Entre os dias 7 e 11 de fevereiro, os visitantes do Show Rural Coopavel (Cascavel, PR) podem conhecer o desempenho dos capins BRS Sarandi, BRS Piatã, BRS Quênia, BRS Paiaguás, BRS Zuri, BRS Ipyporã, BRS Tamani e BRS Integra.

Entre os canteiros, Haroldo Queiroz, zootecnista da empresa, atenderá os produtores durante os dias da feira. Veterano de Show Rural, Queiroz destaca na programação a nova cultivar de Andropogon gayanus para pastagens, BRS Sarandi.

Com predomínio dos gêneros Brachiaria e Panicum maximum, no território brasileiro, esse capim-andropogon é uma alternativa, com recomendação de uso em ambientes mais desafiadores em relação ao clima, à fertilidade do solo e às principais pragas das pastagens, segundo relatam os melhoristas da Embrapa Cerrados (DF), responsáveis pelo desenvolvimento do material.

A BRS Sarandi ainda não está no mercado, mas é fato que ela se apresenta como opção em sistemas extensivos de produção animal. Já a BRS Integra, desenvolvida pela Embrapa Gado de Leite (MG), está no mercado desde o ano passado e é indicada para os sistemas integrados de produção, em solos de média a alta fertilidade.

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A cultivar apresenta maior produção de forragem na entressafra, elevada quantidade de folhas com qualidade nutricional e expressiva produção de palhada. Antes dessa cultivar de Urochloa ruziziensis ou Brachiaria ruziziensis, a cv. Kennedy era a cultivar de ruziziensis existente no mercado, mas não desenvolvida para as condições edafoclimáticas brasileiras.

Panicuns – Aos interessados em intensificação, o capim BRS Quênia apresenta alta produção, forragem de qualidade e fácil manejo.

O diferencial do material, apontado pelos especialistas, em relação às cultivares Tanzânia e Mombaça é a melhor arquitetura de planta, com touceiras de menor tamanho, maior densidade de folhas verdes e macias, colmos tenros e menores porcentagens de material morto, facilitando o manejo do pastejo e a manutenção da estrutura do pasto mais favorável ao elevado consumo da forragem pelo gado.

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Para solos de média a alta fertilidade, há a cultivar híbrida de Panicum maximum, BRS Tamani. Seu porte baixo, com muitas folhas e perfilhos, proporciona cobertura de solo e alto valor nutritivo.

Indicada para sistemas de produção no bioma Cerrado, o capim tem bom estabelecimento quando implantado e elevada persistência nos períodos seco e chuvoso, mas baixa tolerância ao encharcamento.

Com alto grau de resistência à mancha das folhas, causada pelo fungo Bipolaris maydis, a cultivar de Panicum maximum BRS Zuri é outra opção para diversificar e intensificar o sistema produtivo e em substituição ao Tanzânia em propriedades atingidas pelo fungo.

Pesquisadores da Embrapa Gado de Corte (MS), envolvidos no melhoramento do capim, comentam que a produção da forrageira é compatível à produção do Mombaça, com adoção recomendada sob pastejo rotacionado, devido ao crescimento cespitoso da planta.

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Braquiárias – O primeiro híbrido de braquiária da Empresa, a BRS RB331 Ipyporã, é fruto do cruzamento de Brachiaria ruziziensis (R) com Brachiaria brizantha (B) e reúne as melhores características de cada uma delas – resistência a cigarrinhas de uma B. brizantha e o alto valor nutritivo da B. ruziziensis.

O material é aproximadamente 13% melhor em qualidade nutricional que o capim mais utilizado no Brasil, o Marandu, e isso proporciona um ganho de peso por animal maior, ao redor de 17%.

Para o período seco e sistemas de produção integrados, há a cultivar Paiaguás, sendo de fácil utilização com milho safrinha e uma boa alternativa na entressafra da soja.

Critérios como produtividade, vigor e produção de sementes são destaques, além ajudar a resolver o problema do “boi sanfona”, que é a perda de peso do gado no inverno quando a disponibilidade de folhas no pasto diminui.

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Os melhoristas da estatal ressaltam sua elevada produção de folhas, vigor, cobertura do solo, distribuição e produção ao longo do ano, sobretudo no inverno.

Lançado em 2007, a primeira cultivar de forrageira protegida da Embrapa, a BRS Piatã é uma planta de porte médio, moderadamente resistente às cigarrinhas típicas de pastagens.

Por florescer cedo, nos meses de janeiro e fevereiro, melhor distribui a sua produção nos meses mais secos, destacando-se ainda pelo elevado valor nutritivo e alta taxa de crescimento e rebrota, com sistema de manejo semelhante ao capim-marandu.

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Parceria – BRS Piatã e BRS Zuri estão entre as cultivares de forrageiras tropicais mais comercializadas, exportadas e adotadas pelos produtores rurais, atualmente.

A Brachiaria e o Panicum, respectivamente, são frutos da parceria da Embrapa com a Unipasto (Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras), que completou duas décadas em 2022.

Dentre as principais conquistas, as leguminosas BRS Bela e BRS Mandarim e as cultivares Piatã, Paiaguás, Tupi, Zuri, Quênia, Tamani, Ipyporã e, mais recentemente, BRS Integra e BRS Sarandi.

As pesquisas dos gêneros Andropogon, Arachis, Brachiaria, Cajanus, Panicum, Paspalum, Pennisetum e Stylosanthes estão sob responsabilidade da Embrapa Gado de Corte, Embrapa Gado de Leite, Embrapa Cerrados, Embrapa Pecuária Sudeste e Embrapa Acre e contam também com a colaboração da Embrapa Agropecuária Oeste, Embrapa Agrossilvipastoril, Embrapa Caprinos e Ovinos, Embrapa Pesca e Aquicultura, Embrapa Milho e Sorgo e Embrapa Amazônia Oriental.

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