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Brasil tem 28 milhões de hectares para expandir agricultura.

Brasil possui 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para expansão agrícola • Portal DBO

O Potencial de Conversão de Pastagens Degradadas para a Agricultura no Brasil

O Brasil é um dos principais países produtores de alimentos do mundo, mas a crescente demanda por produtos agrícolas tem pressionado as áreas de cultivo. Nesse contexto, o estudo realizado pela Embrapa, publicado na revista internacional Land, traz dados importantes sobre o potencial de conversão de pastagens degradadas para a agricultura. Esse material visa a orientar as decisões tomadas pelos setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para o desenvolvimento sustentável.

Análise dos Dados e Potencial Agrícola

O estudo fez um cruzamento de informações sobre a qualidade das pastagens com dados sobre a potencialidade agrícola natural das terras. Esse cruzamento resultou na identificação de cerca de 28 milhões de hectares de pastagens degradadas com potencial para a implantação de culturas agrícolas, representando um aumento significativo na área plantada em relação à safra anterior.

Importância da Recuperação e Sustentabilidade

O trabalho conduzido pela Embrapa também destaca a importância da recuperação das pastagens já utilizadas para a pecuária e ressalta a necessidade de que os processos de substituição da pastagem degradada por culturas agrícolas ocorram em conformidade com a legislação ambiental e com práticas que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade.

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Expansão da Agricultura em Áreas Degradadas

O estudo realizado pela Embrapa analisou a qualidade das pastagens e sua potencialidade agrícola, destacando a existência de 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de degradação intermediário e severo. Segundo o artigo, esse montante representa um aumento de 35% da área total plantada em relação à safra 2022/2023, considerando apenas o cultivo de grãos.

Benefícios da Conversão para Agricultura

O estudo identificou aproximadamente 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura. Além disso, identificou áreas em diferentes estados que apresentaram alto potencial para a expansão agrícola. O artigo ressalta também a importância de substituir pastagens degradadas por culturas agrícolas em conformidade com a legislação ambiental e técnicas sustentáveis.

Aspectos de Infraestrutura e Risco Climático

O estudo integrou dados da infraestrutura rural já existente, como a presença de armazéns e o acesso a rodovias estaduais e federais, e considerou as informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que permite identificar as janelas de plantio em que há menor chance de frustração de safra devido a eventos climáticos adversos. A análise incluiu também exemplos de municípios onde o Zarc possibilitou a substituição da pastagem degradada por culturas anuais, evidenciando possibilidades concretas para a expansão agrícola.

Expansão da Agricultura: Desafios e Possibilidades

O estudo da Embrapa apresenta uma análise detalhada que indica áreas para a expansão agrícola a partir da substituição de pastagens degradadas por culturas agrícolas, fornecendo dados concretos e possibilidades para o desenvolvimento sustentável. No entanto, ressalta a importância de considerar a legislação ambiental, técnicas sustentáveis e condições infraestruturais para que a expansão ocorra de forma equilibrada e sustentável. As informações apresentadas no artigo abrem espaço para diversos questionamentos e reflexões sobre o potencial econômico e ambiental da expansão agrícola em áreas de pastagens degradadas no Brasil.
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Conclusão do Estudo da Embrapa sobre Pastagens Degradadas

O estudo da Embrapa é fundamental para orientar a tomada de decisão de setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para o desenvolvimento sustentável. Além disso, a pesquisa aponta para a possibilidade de expansão agrícola a partir da conversão de pastagens degradadas para culturas agrícolas, desde que realizada dentro da legislação ambiental e com práticas que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade. A integração de dados sobre infraestrutura e risco climático também contribui para identificar as condições necessárias para dar suporte a essa possível expansão. Portanto, o trabalho da Embrapa oferece subsídios importantes para promover o desenvolvimento sustentável e aumentar a produtividade agrícola no Brasil.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Análise do Potencial de Expansão Agrícola a Partir de Pastagens Degradadas

Um estudo recente realizado pela Embrapa revelou que o Brasil possui aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas com níveis de degradação intermediário e severo, que apresentam grande potencial para a implantação de culturas agrícolas. Isso representa um aumento significativo na área total plantada.

O trabalho envolveu a integração de diferentes bases de dados públicas e pode contribuir para a tomada de decisão de setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para o desenvolvimento sustentável, tais como o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas.

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FAQs: Perguntas Frequentes

O que o estudo revelou sobre as pastagens brasileiras?

O estudo revelou que aproximadamente 40% das pastagens brasileiras apresentam médio vigor vegetativo e sinais de degradação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, considerado como degradação severa. Essas áreas sofrem redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.

Quais estados apresentaram as maiores áreas de pastagens degradadas?

Entre os estados com as maiores áreas de pastagens degradadas estão o Mato Grosso, Goiás, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais e o Pará.

Como o estudo mapeou o potencial de conversão das pastagens para agricultura?

O estudo fez o cruzamento de informações sobre a qualidade das pastagens com dados sobre a potencialidade agrícola natural das terras, produzidos pelo IBGE. Foram considerados dois níveis de degradação das pastagens, severa e intermediária, e duas classes de potencialidade agrícola, boa e muito boa.

Quais práticas sustentáveis são recomendadas para substituir pastagens degradadas por culturas agrícolas?

O processo de substituição da pastagem degradada por culturas agrícolas deve ocorrer em conformidade com a legislação ambiental e a partir da aplicação de técnicas e práticas que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade, como por exemplo o plantio direto, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e agroflorestas.

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Além da análise do potencial para conversão das pastagens para a agricultura, o que mais o estudo considerou?

O estudo também considerou dados sobre a infraestrutura rural já existente, como a presença de armazéns e o acesso a rodovias estaduais e federais num raio de 20 até 100 km, além de informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Estudo realizado pela Embrapa, publicado neste mês na revista internacional Land, indica a existência de aproximadamente 28 milhões de hectares de pastagens plantadas no Brasil com níveis de degradação intermediário e severo que apresentam potencial para a implantação de culturas agrícolas.

De acordo com o artigo, se considerar somente o cultivo de grãos, esse montante representaria um aumento de cerca de 35% da área total plantada em relação à safra 2022/2023.

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A iniciativa representa um esforço para integração de diferentes bases de dados públicas e pode contribuir, com análises detalhadas e qualificadas, para orientar a tomada de decisão de setores das cadeias produtivas agrícolas e a elaboração de políticas para desenvolvimento sustentável, como o Plano de Adaptação e Baixa Emissão de Carbono na Agricultura (ABC+) e o Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas, do Ministério da Agricultura e Pecuária.

De acordo com dados do Atlas das Pastagens, publicado pelo Laboratório de Processamento de Imagens e Geoprocessamento (LAPIG) da Universidade Federal de Goiás (UFG), uma das bases de dados utilizadas, as pastagens brasileiras cobrem aproximadamente 177 milhões de hectares, dos quais aproximadamente 40% apresentam médio vigor vegetativo e sinais de degradação, enquanto 20% apresentam baixo vigor vegetativo, entendida como degradação severa. São áreas que apresentam uma redução na capacidade de suporte à produção e na produtividade.

O trabalho conduzido pela Embrapa fez o cruzamento destas informações a respeito da qualidade das pastagens com dados sobre a potencialidade agrícola natural das terras, produzidos pelo IBGE.

Foram considerados dois níveis de degradação das pastagens, severa e intermediária, e duas classes de potencialidade agrícola, boa e muito boa.

Anuário DBO | Áreas de pastagens degradadas aumentam quase meio milhão de hectares

Como resultado, foram mapeados aproximadamente 10,5 milhões de hectares de pastagens com condição severa de degradação e 17,5 milhões de hectares com condição intermediária que apresentam potencial bom ou muito bom para a conversão para agricultura.

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Entre os estados que apresentaram as maiores áreas, dentro destes parâmetros, estão o Mato Grosso (5,1 milhões de ha), Goiás (4,7 milhões de ha), Mato Grosso do Sul (4,3 milhões de ha), Minas Gerais (4,0 milhões de ha) e o Pará (2,1 milhões de ha).

Nesta análise do potencial de expansão agrícola foram excluídas áreas consideradas especiais, como terras indígenas, unidades de conservação, assentamentos rurais e comunidades quilombolas, e também aquelas áreas indicadas pelo Ministério do Meio Ambiente como de alta prioridade para conservação da biodiversidade.

“Buscamos mapear as possibilidades de expansão agrícola a partir de análises geoespaciais indicando áreas que minimizem a pressão sobre os recursos naturais e sejam implantadas sob bases sustentáveis”, explica um dos autores do artigo, o pesquisador da Embrapa Agricultura Digital Édson Bolfe.

O trabalho também contemplou dados sobre o acesso à infraestrutura rural e sobre clima, com informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc).

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Os autores ressaltam que processos de substituição da pastagem degradada por culturas agrícolas devem ocorrer em consonância com a legislação ambiental e a partir da aplicação de técnicas e práticas que favoreçam a produtividade e a sustentabilidade, como por exemplo o plantio direto, sistemas de integração lavoura-pecuária-floresta e agroflorestas.

VEJA TAMBÉM | CNA pede inclusão no Comitê Gestor do programa de pastagens degradadas

“A metodologia e as bases de informações geradas também podem orientar projetos para a própria recuperação e melhoria do vigor das pastagens já utilizadas para a pecuária”, destaca Edson Sano, pesquisador da Embrapa Cerrados que também assina o artigo.

Infraestrutura e risco climático – Além de identificar e quantificar o potencial para conversão das pastagens para a agricultura, o estudo integrou dados da infraestrutura rural já existente, como a presença de armazéns e o acesso a rodovias estaduais e federais num raio de 20 até 100 km.

As análises mostram, por exemplo, que cerca de 54% das áreas de pastagem encontram-se a uma distância de até 20 km de armazéns e 89% delas de até 20 km de rodovias.

“São informações adicionais que indicam as condições de infraestrutura necessárias para dar suporte à possível expansão agrícola e podem ajudar, por exemplo, a priorizar ações e a direcionar investimentos por parte de agentes públicos e privados”, avalia Édson Bolfe.

O estudo da Embrapa também considerou as informações do Zoneamento Agrícola de Risco Climático (Zarc), que tem escala municipal e utiliza parâmetros de clima, solo e ciclos de cultivares para indicar qual cultura plantar, onde e quando.

Adotado pelo Ministério da Agricultura e Pecuária para orientar as políticas de crédito e seguro rural, o Zarc permite identificar as janelas de plantio em que há menor chance de frustração de safra devido a eventos climáticos adversos, cobrindo mais de 40 culturas agrícolas.

O artigo selecionou como exemplo três municípios: Guia Lopes da Laguna (MS), São Miguel Arcanjo (SP) e Ingaí (MG). Neles, o Zarc possibilitou identificar possibilidades de substituição da pastagem degradada por culturas anuais como feijão, arroz, sorgo, girassol, algodão, milho, soja, aveia, trigo, sistema integrado com milho e pasto, além de algumas culturas perenes.

SAIBA MAIS | Governo Federal institui Programa Nacional de Conversão de Pastagens Degradadas

Os três municípios fazem parte do projeto Semear Digital, financiado pela Fapesp, que visa ao desenvolvimento de ações para promover a agricultura digital entre pequenos e médios produtores rurais.

Segundo Bolfe, há espaço para evoluir na análise do potencial de expansão agrícola a partir das bases já organizadas, integrando bancos de dados regionais, validações de campo e informações sociais e de viabilidade econômica e financeira. “Em termos metodológicos, também é possível seguir aprimorando o mapeamento da qualidade das pastagens, integrando imagens de diferentes satélites e considerando as características das pastagens e sua capacidade de suporte, que variam em cada região do País”.

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