Embarque de touros para o Senegal: Brasil exporta 310 animais em avião
O Brasil é um dos maiores produtores e exportadores de bovinos do mundo, com um rebanho de cerca de 215 milhões de cabeças. A pecuária brasileira se destaca pela qualidade genética dos animais, especialmente das raças zebuínas, que se adaptam bem às condições tropicais do país.
Uma das raças zebuínas mais antigas e versáteis é o guzerá, originário da Índia e introduzido no Brasil no século XIX. O guzerá é um animal rústico, resistente a doenças e parasitas, com boa capacidade de ganho de peso e produção de leite. Além disso, o guzerá tem uma característica marcante: a presença de um cupim na região do pescoço, que serve como um reservatório de sangue e ajuda na regulação térmica do animal.
Essas qualidades do guzerá chamaram a atenção do Senegal, um país africano que busca melhorar o desempenho da sua pecuária. O Senegal tem um rebanho de cerca de 3,5 milhões de bovinos, composto principalmente por raças locais de baixa produtividade. Por isso, o país decidiu investir na importação de touros guzerá do Brasil, para promover o melhoramento genético dos seus animais e aumentar a oferta de carne e leite para a população.
Em uma das maiores exportações da história do guzerá brasileiro, o Brasil vai embarcar 310 touros da raça para o Senegal no início de maio de 2023. Os touros foram selecionados em 14 criatórios renomados da raça, localizados em diferentes estados brasileiros. Os animais estão em quarentena no interior de São Paulo, sob rigoroso protocolo sanitário, e serão transportados em um avião de carga, que sairá do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com destino ao país africano.
A negociação com o Senegal foi intermediada pela GBC Internacional, uma empresa especializada em exportação de gado em pé, commodities e logística. A empresa pretende expandir esse modelo de negócio para outros países que compõem a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO), que tem um mercado potencial de mais de 300 milhões de consumidores.
A exportação dos touros guzerá para o Senegal é motivo de orgulho para os criadores brasileiros, que contam com o apoio da Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e da Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB). As associações destacam o excelente momento da raça, que é fruto do trabalho desenvolvido pelos criadores brasileiros ao longo dos anos. O guzerá é um animal que pode somar em qualquer rebanho do mundo, contribuindo para o aumento da produtividade e da rentabilidade da pecuária
Brasil vai exportar 310 touros de raça guzerá para o Senegal. É sobre uma das maiores exportações da história do Guzerá brasileiro.
Os touros estão em quarentena no interior de São Paulo, sob rígido protocolo sanitário.
Com isso, no início de maio, os animais embarcarão em um avião cargueiro, que partirá do Aeroporto Internacional de Viracopos, em Campinas (SP), com destino ao país africano.
Além disso, os touros serão transportados em uma única viagem, ou seja, de uma só vez.
De olho na genética zebuína brasileira, desenvolvida com afinco em criadores de todo o país, o senegalês iniciou negociações com o Brasil há cerca de três meses, por meio da GBC International. A empresa é especializada na exportação de gado vivo, commodities e logística.
“Estamos honrados em fazer parte desse episódio marcante na história do zebu brasileiro. Esses touros darão uma contribuição significativa para o melhoramento genético dos rebanhos bovinos e leiteiros do Senegal. O objetivo do GBC é expandir esse modelo de negócios para mais 14 países que compõem a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO)”, destaca o CEO da empresa, Cristiano Lima.
Os animais foram selecionados entre 14 criadores de referência da raça: Guzerá NF, Guzerá GL, Guzerá Juzz, Guzerá Morumbi, Guzerá Pedra Negra, Taboquinha, Guzerá Sula, Guzerá ANPL, Guzerá AWS, Cassilândia, Ibituruna, Guzerá Império, Guzerá MF e Guzerá da Geada.
Associação Brasileira dos Criadores de Zebu (ABCZ) e Associação dos Criadores de Guzerá do Brasil (ACGB) celebram a venda para o mercado externo.
O Presidente da ACGB e Diretor da ABCZ no Espírito Santo, Carlos Fontenelle Dumansenfatiza o excelente momento da espécie.
“A negociação com o Senegal comprova essa valorização, que é fruto do trabalho realizado pelos criadores brasileiros, com a ajuda de associações. Estamos selecionando animais precoces, resistentes, eficientes para ganho de peso e produção de leite, capazes de agregar a qualquer rebanho do mundo.”
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