O mercado pecuário brasileiro já entendeu que a China é uma porteira aberta para a lucratividade. Mas quais são as características que o Boi China precisa para entrar neste mercado?
Para assimilar toda essa questão mercadológica da carne entre Brasil e China, alguns preceitos precisam ser explicados e entendidos para continuarmos o nosso papo.
Então, pegue seu cafezinho e continue a leitura com a gente. ☕
O mercado entre Brasil e China
No ano de 2022, o Brasil atingiu níveis recordes de exportação de carne bovina para a China, chegando a exportar de 17 a 19% da produção interna pra lá. Porém, ainda assim, o nosso mercado pecuário deste ano começou em baixa.
Apesar do pico de volume de exportação pra China, os valores pagos por eles pela nossa carne foram baixos, justamente, por conta da queda do preço da arroba do boi gordo dentro do mercado brasileiro.
Essa desvalorização aconteceu (e ainda permanece), porque não é só o volume de exportação que influencia nos preços internos da arroba. O fato principal é que estamos com o ciclo da pecuária em baixa, onde há muita oferta de animais no mercado, diminuição da demanda interna por carne bovina, ocasionando, assim, a queda no preço da arroba.
A importação do boi China é responsável, aproximadamente, por apenas 15 a 18% da formação do preço da carne brasileira. Permanecendo assim, como principal fator de precificação a oferta interna do produto.
Requisitos necessários para o boi China
Para o boi brasileiro tornar-se um boi China, ou seja, para a carne dele ser exportada para a China, precisa cumprir uma série de requisitos.
Primeiramente, é importante salientar que a China se interessa por animais com menos de 30 meses. Essa verificação de idade do animal é feita através da dentição, que deve ter, no máximo, 4 dentes incisivos permanentes.
Além disso, outras exigências são impostas nesse mercado, confira abaixo:
- Ter Guia de Trânsito Animal (GTA) especificando a idade do animal;
- O animal não pode ter evidências de febre aftosa;
- Ser passível de rastreabilidade;
- Nos últimos 12 meses, o animal não pode ter estado em quarentena nem sob restrição veterinária;
- O bovino não pode ter consumido nenhum produto de origem da sua espécie, com exceção ao leite e outros produtos lácteos;
- O animal não pode ter utilizado nenhum suplemento ou medicamento veterinário proibido na China ou no Brasil (controlados pelo MAPA);
- Na inspeção pós-abate o animal não pode apresentar nenhum sintoma ou lesão de tuberculose ou brucelose;
- O produtor precisa estar de acordo com as normas de controle de resíduos e contaminantes do governo brasileiro, controlado por inspeção federal.
Em resumo, são animais cada vez mais precoces, com um acabamento de carcaça padrão exportação, ou seja, com cobertura de gordura ideal para tornar a carne mais macia e suculenta, além de todo o rigor no controle sanitário.
Por que o boi China é tão importante para o mercado brasileiro?
Assim como dito anteriormente, o que define o preço da arroba do boi gordo brasileiro são as altas e baixas do ciclo da pecuária. Em épocas de baixa, com alta oferta de animais no mercado e baixa demanda interna pelo produto, o pecuarista precisa de um estímulo que faça com que ele continue produzindo carne.
Neste sentido, o mercado internacional, em especial o chinês, detentor da maior parcela de exportação da nossa commodity, desafoga a pecuária nacional nas épocas de baixa demanda interna.
Além disso, o consumidor oriental demanda por carne macia com marmoreio, e a pecuária brasileira tem muito disso a oferecer.
Como a Premix pode te ajudar a se destacar neste mercado?
Se o mercado chinês exige animais abatidos mais jovens, o pecuarista precisa garantir que o rebanho esteja recebendo suplementação adequada para isso. Ademais, os animais precisam de acabamento de carcaça padrão exportação.
Afinal, produzir animais mais pesados em menos tempo, exige dieta balanceada de qualidade, suporte técnico especializado e gestão eficiente do negócio.
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