Análise foliar como ferramenta para detectar deficiências nutricionais
Importância da análise foliar na lavoura de café
A análise foliar é uma prática essencial para diagnosticar o estado nutricional da planta, complementando a análise de solo. Ela fornece informações valiosas para a tomada de decisões sobre futuras adubações.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Amostragem foliar para análise: recomendações e procedimentos
Ao realizar a amostragem foliar em sua lavoura de café, é importante seguir alguns passos iniciais. Separar as áreas em glebas homogêneas, caminhar na gleba em zigue-zague e coletar as folhas em sacos de papel identificados são ações essenciais para garantir a precisão dos resultados.
Época ideal para a análise foliar
A coleta das amostras de folhas para análise pode ser realizada em qualquer momento do ano, desde que observados os padrões referenciais para cada época. Recomenda-se seguir as orientações técnicas para garantir a exatidão dos resultados.
Cuidados na realização da amostragem de folha
É importante realizar a amostragem de folha no mínimo 30 dias após a última adubação e evitar períodos chuvosos para assegurar a precisão dos resultados.
Estudo sobre lixiviação de potássio
Estudos indicam que a lavagem e a lixiviação do potássio das folhas de cafeeiros ocorrem de forma significativa, com redução do teor foliar desse nutriente.
Utilização do DRIS na cultura do café – O que é DRIS?
O Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação (DRIS) é fundamental para considerar o equilíbrio nutricional e fazer comparações das relações dos nutrientes em amostras de folhas.
Interpretação dos resultados da análise DRIS
A interpretação dos resultados da análise DRIS pode variar de acordo com os técnicos, sendo essencial considerar valores que indicam equilíbrio nutricional, deficiência ou excesso de nutrientes.
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Larissa Cocato – Coordenadora de Ensino Café
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
A análise foliar é uma prática importante de ser realizada todos os anos nas lavouras de café, uma vez que ela permite a diagnose do estado nutricional da planta.
Entretanto, ela não deve ser usada em substituição à análise de solo, e sim como uma complementação e dessa forma auxiliar na tomada de decisão para as próximas adubações.
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Amostragem foliar para análise: como realizar?
Como realizar uma amostragem foliar na sua lavoura de café:
1. Separar as áreas em glebas homogêneas de acordo com o histórico da área, cultivar, idade e manejo realizado.
2. Caminhar em zigue-zague na gleba.
3. Coletar no terço médio da planta o 3° e 4° par de folhas a partir da extremidade.
4. Coletar um par de folha de um lado da planta, e outro par de folhas deve ser coletado lado oposto deste, mas este último pode ser coletado em linhas diferentes, ou seja, não necessariamente na mesma planta que foi coletada de um lado, para não se ter a necessidade de cruzar as linhas.
Dessa forma, serão coletadas 25 plantas de um lado, e 25 plantas do lado contrário = totalizando 100 folhas.
5. As folhas coletadas não devem apresentar danos oriundos de pragas, doenças ou mesmo pela ação climática.
6. As folhas amostradas devem ser colocadas em sacos de papel devidamente identificados e enviadas ao laboratório.
Em qual época realizar a análise foliar do cafeeiro?
A análise foliar pode ser realizada a qualquer momento, desde que se siga os padrões referenciais para cada época (tabela abaixo).
Tabela 1. Parâmetros para análise de folha do cafeeiro
** Faixas de variação nos teores foliares em cafezais com produção média entre 30-40 sacas beneficiadas / ha FOLHAS RECEM – AMADURECIDAS (Resultados na matéria seca).
Fonte: Fertibrás – Fonte: E. Malavolta / G.C.Vitti
Cuidados na realização da amostragem de folha
É importante ressaltar, que deve-se realizar essa amostragem no mínimo 30 dias após a última adubação via solo ou via foliar para que não haja interferências.
Não é recomendado realizar a amostragem de folha próximo a dias que houve chuva, pois Moraes & Arens (1969), constataram ser o potássio facilmente lavado das folhas de plantas cultivadas, quando estas são lavadas, mostrando que o fenômeno pode ocorrer em condições de campo, graças à ação da água do orvalho ou das chuvas.
Da mesma forma, estudos realizados pela PROCAFÉ, mostram a lavagem e lixiviação do potássio das folhas de cafeeiros.
Estudo sobre lixiviação de potássio
- Folhas verdes, lavagem rápida de rotina- é o processo normal adotado nos laboratórios, onde as folhas são lavadas apenas para tirar sujeiras, secas em estufa por 16 horas a 60ºC, e encaminhadas para processo de análise.
- Folhas verdes, sem a lavagem rápida de rotina- secas em estufa por 16 horas, e encaminhadas para processo de análise.
- Folhas verdes, com lavagem por 24 horas, em 1500 ml de água destilada, em becker de dois litros sobre um agitador a 90 rpm, e depois foram secas por 16 horas em estufa a 60ºC, e encaminhadas para a análise.
- Folhas secas, por 16 horas, então lavadas por 24 horas do mesmo modo do tratamento 3.
Tabela 2. Teores foliares de K em folhas de cafeeiros, submetidas ou não à lavagem, rápida ou demorada, Varginha MG, 2010. Fonte: PROCAFÉ, 2010.
Dessa forma, a lavagem e lixiviação do potássio das folhas de cafeeiros ocorrem de forma significativa, com redução do teor foliar desse nutriente, que pode ocorrer principalmente pela lavagem mais demorada, nas folhas verdes, e mais efetivas nas folhas secas.
Utilização do DRIS na cultura do café – O que é DRIS?
Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação, que considera o equilíbrio nutricional. O DRIS visa fazer comparações das relações dos nutrientes da amostra, dois a dois, com as do padrão, observando a sinergia e o antagonismo entre os mesmos.
O método DRIS, foi proposto por Beaufils (1973), desenvolvendo estudos com milho e seringueira na África do Sul.
Inicialmente o DRIS foi proposto como modelo para identificar fatores limitantes de produtividade. Entretanto, com o tempo, tem se mostrado muito mais eficiente como uma forma de interpretação de análise nutricional das plantas do que como modelo de produtividade agrícola (BATAGLIA, 1989).
Como interpretar os resultados da análise DRIS?
Lavouras mais equilibradas normalmente apresentam menores IBN, enquanto que, lavouras com maiores IBN, indicam maior desequilíbrio nutricional, evidenciado pelos índices DRIS de nutrientes muito negativos (deficiência) ou muito positivos (excesso).
Índice DRIS
A base de interpretação pode variar de acordo com os técnicos, por exemplo, alguns consideram valores de índice DRIS menores que -1 como nutriente deficiente, e valores maiores que 1, como excesso, o intervalo de -1 a 1 é considerado adequado.
No entanto, alguns técnicos consideram a referência de -1,5, ou seja, se for menor que -1,5 consideram como nutriente deficiente, e se for maior que 1,5 nutriente em excesso, e o intervalo adequado é considerado de -1,5 a 1,5.
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FAQ – Análise Foliar do Cafeeiro
1. Por que a análise foliar é importante?
A análise foliar é fundamental para diagnosticar o estado nutricional das plantas de café, permitindo identificar deficiências e excessos de nutrientes.
2. Como a análise foliar complementa a análise de solo?
A análise foliar não substitui a análise de solo, mas complementa, ajudando na tomada de decisões para as próximas adubações.
3. Quando realizar a análise foliar do cafeeiro?
A análise foliar pode ser realizada em qualquer momento, desde que se siga os padrões referenciais para cada época, como verificado pela tabela de parâmetros.
4. O que é e como interpretar o DRIS na cultura do café?
O DRIS (Sistema Integrado de Diagnose e Recomendação) considera o equilíbrio nutricional e faz comparações das relações dos nutrientes da amostra com as do padrão, identificando deficiências e excessos de nutrientes.
5. Como realizar a amostragem foliar na lavoura de café?
A amostragem foliar deve seguir um processo que inclui a separação das áreas em glebas homogêneas, coleta das folhas de acordo com um padrão estabelecido e identificação correta das amostras, seguida do envio ao laboratório para análise.
A análise foliar é uma prática importante de ser realizada todos os anos nas lavouras de café, uma vez que ela permite a diagnose do estado nutricional da planta.
Entretanto, ela não deve ser usada em substituição à análise de solo, e sim como uma complementação e dessa forma auxiliar na tomada de decisão para as próximas adubações.