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Alerta: Mudanças climáticas e doenças

Mudanças climáticas podem agravar doenças como dengue e zika

Mudanças Climáticas no Brasil: Impacto na Proliferação de Vetores e Desafios para a Saúde Pública

Riscos das Mudanças Climáticas

As mudanças climáticas podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti, e ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya. O alerta foi feito pela plataforma AdaptaBrasil, em parceria com a Fiocruz, que avaliou as projeções de expansão de doenças como malária e leishmaniose. O aumento da temperatura e da precipitação favorece a proliferação dos mosquitos transmissores, tornando populações vulneráveis mais suscetíveis a essas enfermidades.

Problema Social: Vulnerabilidade e Exposição

Populações mais vulneráveis, devido a condições precárias de habitação e saúde, são mais suscetíveis a essas doenças. Com as mudanças climáticas, a tendência é que esses problemas se agravem. O Sistema Único de Saúde (SUS) do Brasil, apesar de ser relevante, não está preparado para situações emergenciais, como picos de doenças. Durante a pandemia de covid-19, a falta de infraestrutura e capacitação dos profissionais impactou principalmente as populações menos favorecidas.

Atuação Ampliada e Importância da Prevenção

É crucial ampliar a estrutura de saúde de forma sistêmica e preventiva, considerando a exposição e vulnerabilidade das populações. Além disso, é necessário olhar para o controle da proliferação de insetos, a infraestrutura e qualidade das habitações, e a capacidade de atendimento às ocorrências. O agravamento das mudanças climáticas exigirá uma abordagem mais ampla e focada em ações preventivas.

Impacto e Expansão da Pesquisa

A plataforma AdaptaBrasil não apresenta uma situação emergencial iminente, mas sim um risco de impacto em eventos associados às mudanças climáticas. Ela pretende ser uma ferramenta para o planejamento territorial de ações no setor de saúde, considerando os efeitos das mudanças climáticas na sociedade brasileira. Além disso, a pesquisa será expandida para abordar outras questões de saúde pública, como ondas de calor, que afetam o sistema cardiovascular e respiratório.

A importância de agir agora

É crucial agir agora para enfrentar os desafios da saúde pública associados às mudanças climáticas. A plataforma AdaptaBrasil oferece informações científicas importantes para embasar decisões e planejamentos de ações de adaptação. O pesquisador Jean Ometto lembra que é fundamental que as decisões sejam baseadas na melhor ciência existente no país e que a sociedade civil tome atitudes para reduzir os riscos. O momento é de ação e prevenção para garantir a saúde e bem-estar das populações vulneráveis no Brasil.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.

O alerta é de levantamento na área da saúde feito pela plataforma AdaptaBrasil, vinculada ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). As projeções indicam também expansão da malária, leishmaniose tegumentar americana e leishmaniose visceral.ebcebcebc

O trabalho levou em conta as temperaturas máxima e mínima, a umidade relativa do ar e a precipitação acumulada para associar a ocorrência do vetor, que são os mosquitos transmissores das diferentes doenças em análise. Avaliando também a vulnerabilidade e a exposição da população a esses vetores.

“Uma temperatura maior, com uma precipitação maior, pode levar a uma maior proliferação de diferentes mosquitos, insetos que são transmissores dessas doenças, conhecidas como arboviroses”, explicou o coordenador científico da plataforma, Jean Ometto. “Normalmente, a gente tem ocorrência maior de dengue e chikungunya no verão”, observou.

Outro elemento analisado na plataforma é o quanto a população está exposta e o quão vulnerável ela é à ocorrência dessas doenças. “A gente percebe que, em determinadas regiões, pode haver um aumento da ocorrência dessas enfermidades e populações mais vulneráveis ficam mais suscetíveis a adoecerem por essas diferentes doenças”, disse Ometto.

Problema social

O coordenador científico esclareceu que, normalmente, essas doenças acontecem quando há uma pessoa ou outro organismo animal que possa estar infectado. Em geral, populações mais vulneráveis, que apresentem condições de saúde e habitação mais precárias, tendem a ficar mais suscetíveis a uma ocorrência maior da doença.

“Hoje já é assim. Mas a tendência é que isso se agrave. A gente vê hoje que muitas dessas doenças não são exclusivas de populações menos favorecidas. Mas a ocorrência maior é nessas populações. E isso tende a se agravar”, explicou.

De acordo com Ometto, condições melhores de vida, saúde e infraestrutura ajudam e contribuem bastante para que a população fique menos exposta a essas doenças, de modo a que possam ser atacadas de forma sistêmica, a partir do planejamento territorial, de atendimento e de emergência em saúde.

O Brasil, segundo Ometto, tem uma estrutura de apoio à saúde muito importante, que é o Sistema Único de Saúde (SUS), bastante singular no mundo. “Só que a gente não está preparado para situações emergenciais. Quando ocorre um pico de doença, o país não tem estrutura física que possa atender a todos que estão doentes. Os postos de atendimento ficam sobrecarregados. Isso tende a se agravar”.

Atuação ampliada

O coordenador da AdaptaBrasil defende que essa estrutura precisa ser pensada dentro de um contexto de amplitude de atuação e de acesso, e melhorada em termos de infraestrutura, capacidade de atendimento, qualificação das pessoas que estão atendendo nesses locais, além de planos para que situações emergenciais possam ser atendidas.

“É preciso olhar para o sistema de saúde de forma sistêmica, desde a população em si até os sistemas de atendimento”.

Outra coisa importante para Ometto, é olhar de maneira preventiva todo o processo, de modo a identificar quais são os elementos em que pode atuar, seja no controle de proliferação dos insetos, seja na infraestrutura e qualidade das habitações, até a situação de atendimento às ocorrências.

“Esse olhar sistêmico para a saúde é superimportante. E o que vai acabar acontecendo com as mudanças climáticas é o agravamento. A gente está caminhando para um outro nível de impacto associado às mudanças do clima”, alertou.

O coordenador lembra da falta de estrutura observada recentemente durante a pandemia da covid-19. “Era algo que as pessoas diziam que podia acontecer mas, quando aconteceu, não tinha infraestrutura, nem capacitação dos profissionais, dos equipamentos. Essa analogia é muito importante e muito válida”, ponderou Ometto.

Ele chama a atenção que, durante a covid-19, as populações mais impactadas e que mais sofreram foram as menos favorecidas de alguma forma, as mais carentes. “Estratos da sociedade que são mais vulneráveis realmente pelas condições sociais e econômicas”.

O pesquisador informou que a plataforma está trabalhando, no momento, dados referentes à dengue e à zika. Os resultados deverão ser divulgados no início de 2024. Já os dados da chikungunya estão previstos para lançamento ao longo do próximo ano.

Impacto

Ometto afirmou que a plataforma apresenta um risco de impacto. “Ela não apresenta uma situação emergencial nem de ocorrência efetiva. Aponta as condições de infraestrutura, sociais, econômicas e ambientais em determinado município em que, em um evento associado às mudanças climáticas, a ocorrência de determinada arbovirose possa ser maior ou não”.

A AdaptaBrasil pretende ser uma ferramenta para o planejamento territorial de ações setoriais, como saúde, considerando a mudança climática como algo que já está afetando a sociedade brasileira.

A plataforma permite ver o risco de que isso possa acontecer. Dentro dos elementos que compõem, na realidade, o risco de impacto, como vulnerabilidade e exposição, o gestor municipal pode identificar os indicadores que levam a um potencial agravamento da situação de ocorrência de determinada enfermidade.

Também a sociedade civil pode se basear nos dados da plataforma para tomar decisões sobre ações, ou seja, tomar atitudes para reduzir o nível de risco.

A AdaptaBrasil trabalha junto com o MCTI e o Ministério do Meio Ambiente (MMA) para que a plataforma seja uma das ferramentas de apoio ao Plano Nacional de Adaptação, de planejamento de ações de adaptação, em decorrência das mudanças climáticas no país.

Expansão

Jean Ometto esclareceu que, no momento, nesse trabalho feito em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), o foco são as arboviroses. A ideia, porém, é ampliar a pesquisa para ondas de calor, que afetam sistemas cardiovascular e respiratório.

“Estamos entrando esta semana em mais uma onda de calor e devemos passar 70 dias com temperatura acima da média para o período e que pode afetar, sem dúvida, a saúde das pessoas”. O tema será trabalhado ao longo de 2024, anunciou Ometto.

O objetivo é trazer informação científica mais atualizada sobre a temática. A plataforma se baseia em informações científicas para que possa ter um lastro importante a fim de que as decisões sejam tomadas com base na melhor ciência existente no país.

Jean Ometto é pesquisador do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), onde atua na Divisão de Impactos, Adaptações e Vulnerabilidades, que estuda a questão das mudanças climáticas em diversos setores, e um dos maiores especialistas em impacto e vulnerabilidade de adaptação atualmente no Brasil. Ele também é membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (IPCC) nessa temática.

Frequently Asked Questions (FAQ)

1. Quais os riscos das mudanças climáticas no Brasil?

As mudanças climáticas no Brasil apresentam riscos como a proliferação de vetores, como o Aedes aegypti, levando ao agravamento de arboviroses como dengue, zika e chikungunya, além da expansão de doenças como malária e leishmaniose.

2. O que foi considerado no levantamento feito pela plataforma AdaptaBrasil?

O levantamento considerou temperaturas, umidade relativa do ar e precipitação acumulada para associar a ocorrência dos vetores, avaliando também a vulnerabilidade e exposição da população a esses vetores.

3. Como as mudanças climáticas podem agravar os problemas sociais relacionados a doenças transmitidas por vetores?

Com as mudanças climáticas, populações mais vulneráveis podem ficar mais suscetíveis a doenças devido a condições precárias de saúde e habitação, o que pode sobrecarregar o sistema de saúde.

4. Qual a atuação necessária para lidar com o impacto das mudanças climáticas na saúde da população?

É preciso uma atuação ampliada envolvendo infraestrutura, capacidade de atendimento, qualificação das pessoas que estão atendendo, planos para emergências em saúde e uma abordagem preventiva para identificar elementos de atuação.

5. Qual o risco de impacto apontado pela AdaptaBrasil em relação às arboviroses?

A AdaptaBrasil aponta condições de infraestrutura, sociais, econômicas e ambientais em determinados municípios onde a ocorrência de arboviroses pode ser maior devido a eventos associados às mudanças climáticas.

6. Como a plataforma AdaptaBrasil pode ser utilizada para a tomada de decisões?

A plataforma permite que gestores municipais identifiquem indicadores de potencial agravamento da situação de ocorrência de determinada enfermidade e que a sociedade civil tome decisões sobre ações para reduzir o nível de risco.

7. Quais os planos para a expansão da pesquisa da AdaptaBrasil?

Além das arboviroses, a plataforma pretende ampliar a pesquisa para ondas de calor e seus impactos na saúde, buscando trazer informações científicas atualizadas sobre a temática.

Os riscos apresentados pelas mudanças climáticas no Brasil podem levar à proliferação de vetores, como o mosquito Aedes aegypti e, em consequência, ao agravamento de arboviroses, como dengue, zika e chikungunya.

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