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Agro pode definir 2º turno das eleições presidenciais

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Fabio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil; Cristiano Mariz/VEJA

Lula precisa somar mais 1,8 milhão de votos em relação ao 1º turno e Bolsonaro, 8 milhões, para fazer o agronegócio vencer, pode ser a ponta da balança.

As Eleições para Presidente da República de 2022 serão definidas no 2º turno a ser realizado em 30 de outubro, daqui a quatro semanas, e o setor de agronegócio pode ser a ponta da balança.

Essa afirmação vale especialmente para as alegações do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que perdeu em quatro dos cinco maiores estados em Valor Bruto da Produção Agrícola (PVB) do país.

O atual presidente Jair Messias Bolsonaro (PL) precisará conquistar eleitores de outros grupos sociais, ou/e ampliar ainda mais sua vantagem nos “estados agro”, onde até conseguiu obter a maioria geral dos votos.

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A soma total de disputa nacional no 1º turno terminou com 48,43% para o petista e 43,20% para o atual deputado. O próximo Presidente da República precisa de 50% mais um dos votos válidos.

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Lula venceu em 14 estados (vermelho) e Bolsonaro em 13 (azul)

Votação em estados agro

Entre o cinco unidades da federação com maior VBP agrícola (Mato Grosso, São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Goiás), Bolsonaro venceu em quatro. Apenas Minas Gerais era a favor de Lula.

Em Mato Grosso, com 100% das pesquisas apuradas, o atual presidente convenceu 59,84% dos eleitores (1.102.866 votos), enquanto o ex-presidente obteve 34,39% (633.748 votos).

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O eleitorado de São Paulo concedeu 47,71% de suas preferências a Bolsonaro (12.239.989 votos) e 40,89% a Lula (10.490.032 votos). No Paraná, o chefe do Executivo teve 55,26% (3.628.612 votos) e seu adversário na disputa 35,99% (2.363.492 votos).

Minas Gerais foi o único “Top 5 estado do agro” em que o petista superou seu concorrente com 48,29% (5.802.571 votos) contra 43,60% (5.239.264 votos). Por fim, em Goiás, a disputa foi favorável a Bolsonaro com 52,16% (1.920.203) contra 39,51% para Lula (1.454.723).

Quantos votos a mais Lula e Bolsonaro precisam no 2º turno?

Com os percentuais obtidos, o deputado petista precisaria somar 1,57% mais um dos votos válidos e o candidato do PL 6,8% mais um voto em relação ao 1º turno para ocupar o Palácio do Planalto pelos próximos quatro anos.

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Mantendo o nível de votos válidos (118.227.018), Lula precisaria aumentar seu resultado em 1.856.164 votos mais entre os válidos para chegar à maioria simples. Por sua vez, Bolsonaro precisaria de 8.039.437 para fazer o mesmo.

Os dois competidores também devem buscar o diálogo com Simone Tebet e Ciro Gomes, respectivamente, terceiro e quarto colocados na 1ª rodada. Tebet teve 4,16% (4.915.306 votos) e Ciro Gomes 3,04% (3.599.201 votos). A conversão de pelo menos parte desses eleitores poderia garantir a vitória no 2º turno.

De onde podem vir mais votos para Lula e Bolsonaro?

A primeira aposta da equipe do atual presidente é mineira, já que o atual governador de Alterosas, Romeu Zema (Novo)foi reeleito com 56,18% ou 6.094.136 dos votos e pôde apoiar o atual presidente da República.

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O próprio Zema já declarou, após a eleição, que não apoiaria o PT “de jeito nenhum”o que não significa necessariamente se inclinar para Bolsonaro.

Ainda assim, mesmo que tivesse todos os votos de Zema, Bolsonaro somaria 854 mil votos aos resultados que obteve em Minas Gerais, pouco mais de 10% do que ele precisa de mais votos no 2º para se manter no cargo.

Minas Gerais tem outro aspecto curioso, quase místico. Pelo menos desde 1950, então nos últimos 72 anos, o presidente eleito também ganhou entre os eleitores mineiros..

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Por esses motivos, o primeiro movimento da equipe de Bolsonaro no 2º turno foi marcar uma reunião com o governador reeleito do estado, Romeu Zema, para tentar obter seu apoio.

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Bolsonaro: “mudanças podem ser para pior”

Outra estratégia, segundo declaração do próprio presidente Bolsonaro, está em tempos iguais em épocas eleitorais, novos debates e tentar convencer as pessoas que querem mudança.

Eu entendo que tem muito voto que foi pela condição do povo brasileiro, que sentiu o aumento dos produtos. Em especial, a cesta básica. Entendo que há uma vontade de mudança por parte da população, mas há certas mudanças que podem vir para pior”, disse.

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O presidente também disse: “vamos agora mostrar melhor para a população brasileiraespecialmente a classe mais afetada, que é consequência da política de “fique em casa, depois veremos a economia”, de uma guerra no exterior, de uma crise ideológica também”.

Lula aposta no Tebet para aproximar agricultura

Lula afirmou que vai intensificar a disputa no Estado de São Paulo e também buscar apoio dos eleitores de Simone Tebet e Ciro Gomes. Segundo analistas, haveria uma propensão de tais eleitores a votarem no PT.

A explicação é a atuação de Simone Tebet na CPI Covid, muito combativa à conduta do atual governo durante a pandemia, e a história de seu partido – o MDB – em parcerias com o PT. Michel Temer, por exemplo, é um dos nomes mais influentes do partido e foi vice-presidente do governo Dilma.

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“O MDB nunca chegou a essa marca de 4,2% nas urnas. Isso é uma façanha, mas traz consigo uma grande responsabilidade. É preciso entender a mensagem das urnas. É preciso refletir sobre os candidatos eleitos ao Senado, às Câmaras Estaduais e Federais. Há muito o que pensar, mas nunca nos omita”, disse Simone Tebet sobre quem vai apoiar.

Segundo fontes da campanha do PT, Tebet também representaria uma aproximação com o agronegócio, já que ela é mato-grossense. Outra tática para conquistar mais votos no setor seria usar o prestígio de ex-ministros da Agricultura nas administrações federais do partido, com Roberto RodriguesReinhold StephanesKátia Abreu e Blairo Maggientre outros aliados.

Ciro Gomes, por outro lado, foi ministro do governo Lula e seu eleitorado costuma ser classificado como “progressista”, justamente o contrário do conservadorismo que caracteriza a maioria dos eleitores bolsonaristas. Ainda assim, Ciro já admitiu mais de uma vez “luto” contra Lula.

“Quero dizer a vocês que estou profundamente preocupado com o que estou vendo acontecer no Brasil. Como sabem, vou viver 65 anos e nunca vi uma situação tão complexa, tão desafiadora, tão potencialmente ameaçadora ao nosso destino como nação”, disse Ciro, antes de pedir “algumas horas” para se definir.

Fonte: Notícias Agrofi

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