A última sexta-feira (28/4) de abril seguiu repercutindo os efeitos do descompasso entre oferta e demanda por animais terminados, o que levou as cotações do boi gordo aos patamares observados durante o embargo chinês aos embarques de carne bovina, entre fevereiro/23 e março/23.
“Em um dia marcado por liquidez quase nula, em função da ausência de boa parte dos compradores de gado, as indústrias frigoríficas brasileiras buscaram adequar o ritmo dos abates diários, já que as programações já adentram a segunda-quinzena de maio”, relata a S&P Global Commodity Insights.
Segundo a consultoria, a ausência do apetite comprador eleva a especulação baixista sobre os preços da boiada gorda.
“Os poucos frigoríficos que manifestaram algum movimento de compra conseguiram efetivar aquisições de animais terminados sem maiores dificuldades”, observa a S&P Global.
Por sua vez, continuam os analistas, os produtores permanecem cedendo aos movimentos de baixa na arroba impostos pelas indústrias, uma vez que o período de estiagem avança nas principais regiões pecuárias do País, forçando os pecuaristas a liquidar os animais em pasto, visando a redução de riscos de perda de peso e rendimento.
Outro fator que contribui para um ambiente acelerado nas quedas dos preços dos animais terminados é a maior oferta de vacas ao abate, reflexo da reversão do ciclo pecuário – para a fase de baixa de preços.
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A S&P Global Commodity Insights captou que a participação de vacas nas escalas de abate de algumas indústrias – sobretudo as unidades que destinam a maior parte de sua produção ao mercado interno – é superior a 50%.
Pelos dados apurados pela Scot Consultoria, nas praças paulistas, nesta sexta-feira, os compradores ativos reduziram em R$ 5/@ o valor pago pela novilha, agora cotada em R$ 257/@ (preço bruto e a prazo).
As cotações do boi gordo e da vaca gorda ficaram estáveis nas regiões de São Paulo, em R$ 267/@ e R$ 247/@, respectivamente (preços brutos e a prazo).
O “boi-China” (abatido mais jovem, com até 30 meses de idade) segue apregoado em R$ 270/@ no mercado paulista, com ofertas de compra abaixo dessa referência, informa a Scot.
Virada do mês – A partir de agora, relatam os consultores, as atenções estão voltadas para maio. Embora o final de semana de Dia das Mães possa contribuir para uma elevação na demanda doméstica pela carne bovina, a sazonalidade do período não deve sustentar um avanço consistente no consumo doméstico, avaliam os analistas.
Cotações máximas de machos e fêmeas nesta sexta-feira, 28/4
(Fonte: S&P Global)
SP-Noroeste:
boi a R$ 273/@ (prazo)
vaca a R$ 246/@ (prazo)
MS-Dourados:
boi a R$ 261/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)
MS-C.Grande:
boi a R$ 261/@ (prazo)
vaca a R$ 236/@ (prazo)
MT-Cáceres:
boi a R$ 243/@ (prazo)
vaca a R$ 227/@ (prazo)
MT-Cuiabá:
boi a R$ 236/@ (à vista)
vaca a R$ 222/@ (à vista)
MT-Colíder:
boi a R$ 244/@ (à vista)
vaca a R$ 219/@ (à vista)
GO-Goiânia:
boi a R$ 246/@ (prazo)
vaca R$ 222/@ (prazo)
GO-Sul:
boi a R$ 248/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
PR-Maringá:
boi a R$ 271/@ (à vista)
vaca a R$ 236/@ (à vista)
MG-Triângulo:
boi a R$ 271/@ (prazo)
vaca a R$ 231/@ (prazo)
MG-B.H.:
boi a R$ 231/@ (prazo)
vaca a R$ 211/@ (prazo)
BA-F. Santana:
boi a R$ 234/@ (à vista)
vaca a R$ 225/@ (à vista)
RS-Fronteira:
boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)
PA-Marabá:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 222/@ (prazo)
PA-Redenção:
boi a R$ 229/@ (prazo)
vaca a R$ 214/@ (prazo)
PA-Paragominas:
boi a R$ 247/@ (prazo)
vaca a R$ 234/@ (prazo)
TO-Araguaína:
boi a R$ 236/@ (prazo)
vaca a R$ 217/@ (prazo)
RO-Cacoal:
boi a R$ 227/@ (à vista)
vaca a R$ 207/@ (à vista)
MA-Açailândia:
boi a R$ 241/@ (à vista)
vaca a R$ 209/@ (à vista)