Da transmissão
O país registrou um abate de 6,11 bilhões de cabeças de frango em 2022, apenas 1,26 milhão de aves a menos que em 2021, segundo os resultados da Pesquisa Trimestral de Abate Animal, Leite, Couro e Produção de Ovos de Galinha, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O resultado foi o segundo melhor da série histórica iniciada em 1997, pouco abaixo do obtido em 2021. Os meses de janeiro, fevereiro, março, abril e julho registraram quedas de abate em relação ao mesmo período do ano anterior. Os destaques positivos nesse tipo de comparação foram agosto (+13 milhões de cabeças em relação a agosto de 2021) e dezembro (+14,43 milhões de cabeças).
“Em 2022, foi batido um novo recorde de exportação de carne in natura de frango. Na comparação com 2021, apenas nos meses de julho, setembro, outubro e dezembro houve quedas nas exportações. O mercado interno, com oferta mais ajustada na maior parte do ano, favoreceu os preços do frango”, apontou o IBGE.
O instituto aponta que, assim como o abate de suínos, o frango também se beneficiou da maior demanda no mercado interno, “por ser uma proteína a que mais pessoas têm acesso” e “substitui a carne bovina”. O Brasil já era o maior exportador de carne de frango do mundo, mas se consolidou ainda mais nessa posição em 2022, apontou o instituto.
“Houve problemas nas cadeias produtivas de fornecedores tradicionais no mercado internacional, localizados nos Estados Unidos e na União Europeia. A guerra na Ucrânia também impactou, já que o país era um dos principais fornecedores”, lembrou Bernardo Viscardi, analista da pesquisa do IBGE, em nota divulgada pelo instituto.
Unidades da Federação
O abate de 1,26 milhão de cabeças de frango a menos em 2022 foi impulsionado pela redução em 10 das 25 Unidades da Federação que participaram do levantamento. Houve queda em Santa Catarina (-31,81 milhões de cabeças), Minas Gerais (-11,92 milhões de cabeças) e Rio Grande do Sul (-10,44 milhões de cabeças). Em sentido contrário, houve aumento no Paraná (+41,42 milhões de cabeças), Mato Grosso (+9,52 milhões de cabeças), Goiás (+4,21 milhões de cabeças), Bahia (+3,45 milhões de cabeças), São Paulo (+2,26 milhões de cabeças ) e Mato Grosso do Sul (+119,78 mil cabeças).
O Paraná manteve a liderança do abate, com 33,5% da participação nacional, seguido pelo Rio Grande do Sul (13,4%) e Santa Catarina (13,1%).
No quarto trimestre de 2022, foram abatidas 1,56 bilhão de cabeças de frango, um aumento de 2,2% em relação ao quarto trimestre do ano anterior.
“Um novo recorde trimestral foi estabelecido na série histórica da pesquisa, iniciada em 1997, e os melhores recordes foram em novembro e dezembro”, destacou o IBGE.
O abate de 34,35 milhões de frangos a mais no quarto trimestre de 2022 em relação ao mesmo período do ano anterior foi determinado pelo aumento em 16 das 25 Unidades da Federação que participaram do levantamento.
Também houve aumento de 2,2% no abate em relação ao terceiro trimestre de 2022.
