infecção do trato urinário é uma doença endêmica que afeta a suinocultura, principalmente na suinocultura intensiva. Caracterizada como uma patologia multifatorial, vários fatores de risco contribuem para a alta prevalência dessa doença, sendo a bactéria Escherichia coli a mais frequentemente isolada em casos de infecção do trato urinário.
Embora a infecção do trato urinário possa ocorrer em porcos machos e fêmeas, tende a ser mais comum em mulheres. Essa tendência é atribuída às diferenças anatômicas e variações fisiológicas das fêmeas, como cio, gravidez e parto, que as tornam mais susceptíveis à colonização patogênica da bexiga.
Durante a fase de criação na suinocultura, a infecção do trato urinário pode se tornar uma doença recorrente. Esse problema é especialmente observado em mulheres que superaram uma forma aguda da doença por meio de medicamentos, redução dos fatores de risco ou ambos.
Os sinais clínicos de infecção crônica do trato urinário em fêmeas suínas incluem inapetência, emagrecimento progressivo, polidipsia (aumento da sede), disúria (dificuldade ou dor ao urinar), hematúria (presença de sangue na urina), piúria (presença de pus na urina ), anemia, uremia, corrimento vulvar, retorno ao cio e baixa taxa de concepção.
Identifique os primeiros sinais clínicos é essencial para um suinocultor prevenir e tratar a infecção urinária em seu rebanho de matrizes.
Foto: Wenderson Araujo/Trilux/CNA
Os principais sinais inespecíficos que podem indicar a presença da doença incluem apatia, perda de peso, alterações na pele e dificuldade para se levantar, ficar pouco tempo em pé e mudar constantemente os membros de apoio.
Além disso, sintomas agudos como corrimento vulvar ressecado (“pó de giz”), corrimento vulvar mucoide, mucohemorrágico ou purulento, hematúria, proteinúria, leucocitúria e bacteriúria também devem ser observados de perto.
Prevenção
Para prevenir a infecção do trato urinário em porcasé crucial adotar medidas de gestão adequadas. Forneça água limpa e de qualidade, evite o estresse excessivo, mantenha a higiene adequada nas instalações e nas fêmeas e promova um programa de vacinação eficaz. Além disso, é importante controlar os fatores de risco, como manejo inadequado durante o parto e prevenção de lesões do trato urinário.
No que diz respeito ao tratamento da infecção do trato urinário em suínos, é necessário consultar um veterinário para obter o diagnóstico correto e a prescrição de antibióticos adequados. A antibioticoterapia específica e a duração do tratamento podem variar dependendo da gravidade da infecção e da sensibilidade da bactéria causadora aos medicamentos disponíveis.
Em conclusão, a infecção do trato urinário representa uma ameaça significativa para a saúde reprodutiva das porcas na indústria de suínos. A Escherichia coli, presente na microbiota urogenital e fecal, destaca-se como uma das principais causas dessa doença. O suinocultor deve estar atento aos sinais clínicos mencionados e implementar medidas preventivas adequadas para minimizar o impacto desta infecção em seu rebanho de matrizes, buscando sempre o apoio e orientação de um médico veterinário capacitado.
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