#sou agro | O combate às pragas é um dos maiores desafios da agricultura no Brasil, por ser um país tropical (quente e úmido) e um dos únicos a ter mais de uma safra anual. Além de interferir na qualidade dos alimentos, a quebra de safra devido ao ataque de pragas leva, consequentemente, ao aumento dos preços dos produtos. O feijão, por exemplo, é um dos alimentos mais consumidos no Brasil e devido à sua importância, os produtores têm um cuidado especial com ele, principalmente em relação ao cultivo e aplicação de defensivos.
Segundo pesquisa de campo do Sindicato Nacional da Indústria de Produtos para Defesa Vegetal (SINDIVEG), 35% do volume de produtos aplicados para proteger essa cultura ocorre justamente nos meses de abril, maio e junho.
Em números, segundo dados do 8º Levantamento Safra 22/23 da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), 955,8 mil toneladas, que já foram praticamente colhidas em sua totalidade. Com o início da colheita da segunda safra, estimada em 1.398,4 mil toneladas, e da terceira safra, estimada em 725,4 mil toneladas, os trabalhos de campo atingem um volume médio de produção estimado em 3,01 milhões de toneladas, 3% superior à safra anterior, garantindo o abastecimento interno.
Segundo o SINDIVEG, as tecnologias de defensivos agrícolas são essenciais para que os produtores agrícolas mantenham um alto nível de produtividade, garantindo assim a crescente demanda da sociedade por alimentos e fibras. O sindicato incentiva a aplicação correta e segura, pois significa aumento da produtividade no campo, pois os defensivos agrícolas permitem que as plantas cresçam e frutifiquem, protegendo-as do ataque e proliferação de pragas, doenças e ervas daninhas.
Veja quais são as principais pragas do feijão e os estragos que causam
Antracnose – A A antracnose é uma doença de grande importância econômica, podendo causar perdas de até 100% em condições ambientais favoráveis ao seu desenvolvimento (temperatura moderada e alta umidade). Os sintomas iniciais são manchas de cor de ferrugem nos tecidos, que depois aumentam para formar lesões de cor escura. Esses sintomas são mais aparentes nos pecíolos e na parte inferior das folhas (nas nervuras). Nas vagens, forma lesões encovadas pretas ou marrons circundadas nas margens por uma cor mais clara.
mosca branca – A mosca-branca pode ocorrer durante todo o ciclo da cultura, porém tem preferência por plantas mais jovens, nas quais os danos causados pelo ataque são mais severos, devido à possibilidade de transmissão do vírus mosaico dourado do feijoeiro (BGMV), que pode afetar drasticamente o desenvolvimento das plantas, impedindo a alta produtividade. O dano mais grave causado pela mosca-branca diz respeito à transmissão de vírus como o mosaico do feijão dourado e outros vírus, causando perdas de até 100% na produtividade dependendo do estágio em que a planta foi infectada.
Helicoverpa armigera – Essa lagarta pode atacar todas as fases de desenvolvimento da cultura, mas tem preferência por estruturas reprodutivas causando prejuízos diretos na produtividade. O controle mais eficiente ocorre em lagartas menores, assim como o controle de adultos pode ser uma boa estratégia de manejo. Em áreas de feijão em sucessão a outra cultura já infestada de lagartas, podem ocorrer danos diretos ao estande de plantas com o ataque de lagartas às plantas recém-emergidas. Para o controle eficiente dessa praga, é fundamental a utilização de uma estratégia de manejo baseada no manejo integrado de pragas.
(Com agências)
(Emanuely/Sou Agro)


