A safra de soja atingiu 4% das áreas do Rio Grande do Sul em 2022/23, um aumento de três pontos percentuais em uma semana, mas com forte atraso em relação aos anos anteriores e ainda com chuvas insuficientes para as lavouras em desenvolvimento, disse a Emater-RS nesta quinta-feira.
No mesmo período do ciclo anterior, o emprego estava em 14% e a média histórica é de 21%.
As lavouras já colhidas apresentam rendimentos entre 300 e 3.000 quilos por hectare, informou a estatal, tendo em vista as irregularidades climáticas ocorridas no Estado ao longo deste ciclo.
A maior parte das áreas está na fase de enchimento de grãos, 52%, quando ainda há necessidade de chuva para definir a produtividade e o cenário continua adverso.
“No período de 13/03 a 19/03, novamente houve insuficiência de chuvas na maior parte do estado, o que, nesta reta final de produção, pode comprometer o enchimento de grãos e consequentemente a produtividade”, afirmou a Emater em relatório.
Para o milho, a empresa de assistência técnica informou que a colheita atingiu 74% das áreas, contra 68% na semana passada.
A média histórica para o período é de 60% e um ano antes foram colhidas 70% das áreas de cereais.
“A colheita (de milho) continuou, mas em ritmo mais lento no período, pois a atenção dos produtores e parte da logística estavam voltadas para a mesma operação na safra de soja”, afirmou.
A Emater destacou que os resultados para o milho também permaneceram variáveis, em função da irregularidade na distribuição das chuvas nos meses de verão, mas, em geral, são satisfatórios apenas no quadrante nordeste do Rio Grande do Sul.