Itália e Brasil ampliam acordo de cooperação para modelo sustentável na agricultura

Itália e Brasil ampliam acordo de cooperação para modelo sustentável na agricultura

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Itália e Brasil ampliam acordo de cooperação para modelo sustentável na agricultura. Participaram a Embrapa e o Conselho Nacional de Pesquisa. Um memorando de entendimento (MoU) com o objetivo de promover e apoiar a cooperação científica entre as duas instituições. O acordo prevê, pelos próximos cinco anos, projetos conjuntos de intercâmbio de pesquisas em áreas como recursos naturais, biodiversidade e mudanças climáticas, biotecnologia, nanotecnologia, agricultura de precisão e tecnologias da informação, inteligência artificial aplicada à agricultura, saúde animal e vegetal, sistemas de produção e blockchain, agronegócio, segurança alimentar e competitividade agrícola.

A iniciativa é mais um passo para o fortalecimento de parcerias bilaterais, como a que está sendo desenvolvida entre a Embrapa Instrumentação, unidade de São Carlos-SP, e o Instituto de Materiais Nanoestruturados (ISMN), do CNR. A assinatura aconteceu na sede da Embrapa, em Brasília, com a presença do presidente da empresa, Celso Moretti, da presidente do CNR, Maria Chiara Carrozza, e do embaixador da Itália, Francesco Azzarello.

“É uma parceria de importância estratégica para o desenvolvimento da pesquisa e inovação agrícola”, explicou Moretti, referindo-se ao aumento do desenvolvimento sustentável e competitivo, baseado em projetos conjuntos e no intercâmbio de pesquisadores.

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Para o presidente do CNR, o potencial de possibilidades de cooperação é grande, envolvendo transição ecológica e biodiversidade e áreas protegidas. “São aspectos essenciais para o desenvolvimento de uma nova agricultura, que tenha circularidade e conectividade com o conceito de sustentabilidade ambiental”, afirmou. “As tecnologias desenvolvidas na Itália e no Brasil podem ser compartilhadas e envolver até mesmo outros países, como os do continente africano e do Oriente Médio”, afirmou.

O embaixador da Itália, Francesco Azzarello, destacou a importância da assinatura e da presença no Brasil do presidente da mais importante instituição de pesquisa do país, que reforçam o potencial da cooperação bilateral. “O Brasil é reconhecido como líder mundial no setor agrícola e a Embrapa representa a concretização desse sucesso”, comentou. Ele lembrou do acordo de cooperação assinado em agosto do ano passado, agora ampliado e com maiores possibilidades de intercâmbio.

O ministro conselheiro da Embaixada no Brasil, Fernando Pallini, e o adido agrícola Gianluca Cicchiello, e o adido científico, Fabio Naro, estiveram presentes na assinatura do Memorando de Entendimento. Também participaram o assessor internacional da Presidência da Embrapa, Alexandre Amaral, a gerente-geral de Cooperação em Pesquisa e Inovação, Sabrina Castilho Duarte, e o supervisor de Cooperação Internacional, Carlos Henrique Canesin.

Articulação

A assinatura do convênio entre a Embrapa e o CNR é um dos resultados da visita do diretor executivo de Pesquisa e Inovação, Guy de Capdeville, do superintendente de Estratégia, Bruno Brasil, e do coordenador do Labex Europa, Vinícius Guimarães, à quatro países europeus entre 27 de junho e 8 de julho de 2022, quando foram iniciadas e ampliadas ações de cooperação com instituições de PD&I na França, Reino Unido, Itália e Turquia.

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O CNR é a principal agência de fomento à pesquisa da Itália, semelhante ao Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação do Brasil, cujo objetivo é gerar conhecimento de ponta nas áreas de fabricação química e ciência e tecnologia de materiais, voltada para as áreas industriais e empresariais.

A cooperação entre a Embrapa Instrumentação e o Instituto de Materiais Nanoestruturados (ISMN), que pertence ao CNR, envolve pesquisas para a aplicação da nanotecnologia para o desenvolvimento de tecnologias que reduzam o impacto ambiental. A parceria começou em maio de 2021, com projetos voltados para a valorização de rejeitos de minério e nanomateriais cerâmicos sintéticos. Além disso, nanocompósitos estão sendo desenvolvidos para aplicações no agronegócio na forma de membranas biodegradáveis, bactericidas e com proteção ultravioleta visível. O interesse da Embrapa em formalizar um convênio geral de cooperação é ampliar seu escopo, para novas áreas e unidades de pesquisa.

Com Embrapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)



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