A delegação canadense visitou a Embrapa em busca de pecuária de precisão. A delegação do escritório do Québec em São Paulo foi recebida pelos dirigentes da Embrapa Gado de Corte (MS) na semana passada. Formada pelo diretor do Bureau du Québec em São Paulo (BQSP), Jason Naud, e pelo adido para Assuntos Econômicos do Québec, Luis Antonini, a missão veio inicialmente em busca de parcerias voltadas para a pecuária de precisão.
Acompanhada de Paulo César Fialho, Superintendente de Comércio Exterior do Município de Campo Grande, a comitiva conheceu um pouco da história da unidade da Embrapa ao longo desses 48 anos e as mais recentes pesquisas em pecuária 4.0. Uma delas é voltada para educação, em parceria com a Universidade Federal de Mato Grosso do Sul (UFMS), que é o mestrado profissional em computação aplicada com linhas voltadas para tecnologias computacionais para agricultura e pecuária, com mais de 15 anos de existência .
Presente no encontro, o pesquisador Pedro Paulo Pires é um dos pioneiros da estatal nessa área e entre as soluções tecnológicas, das quais participou do desenvolvimento, estão o primeiro chip subcutâneo para bovinos, a balança de passagem BalPass e o mangueira digital. Pedro é professor e orientador do programa de mestrado da UFMS, que responde por 45 teses defendidas. O especialista também conhece o potencial da província de Québec em termos de tecnologia da informação (TI) e afins. Ele completou seus estudos de pós-doutorado na Universidade de Laval em Québec.
A veterinária também fez parte do projeto internacional OTAG (Gestão Operacional e Protótipo Geodecisional para Rastrear e Rastrear a Produção Agrícola), que trabalhou para aprimorar geotecnologias, métodos e mecanismos inovadores e economicamente viáveis, capazes de registrar dados de origem e produção animal (gado de corte ) eficientemente. Ele e sua equipe participaram da implantação de um protótipo do sistema operacional em condições controladas na estação experimental da Embrapa Gado de Corte, para acompanhar todas as etapas da produção.
“O Brasil é uma das prioridades do governo do Québec. Temos acordos oficiais com os estados do Rio Grande do Sul, São Paulo e Paraná e é possível observar sinergias, trocar experiências, desenvolver propostas e trabalhar em conjunto neste ecossistema de inovação”, afirma Luis Antonini. Segundo o adido, o potencial do Québec em inteligência artificial, tecnologia limpa, ciberespaço e desenvolvimento de software fazem da província um polo tecnológico de ponta. Os diplomatas canadenses acreditam que a abordagem permitirá compartilhar o desenvolvimento de TI para aplicação agroindustrial, com capacidade de negócios, por meio da digitalização de parcerias e prospecção. “Ao entender como a Embrapa funciona, podemos enfrentar desafios mutuamente. Isso faria uma combinação perfeita.
A delegação também se reuniu com a prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes, e representantes da Secretaria de Inovação, Desenvolvimento Econômico e Agronegócio (Sidagro). Em pauta, o Parque Tecnológico da cidade e a aceleração de incubadoras.
Na Embrapa Gado de Corte, o pesquisador Pedro Paulo e o analista de TI Camilo Carromeu são os focos dessa possível parceria, ratificando o país entre os dez principais parceiros econômicos do Québec e o primeiro da América Latina.
Com Embrapa
(Tatiane Bertolino/Sou Agro)