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Transferência passiva de imunidade em equinos (a importância do colostro)

A transferência de imunidade passiva em cavalos é uma das pontos principais para o potro recém-nascido crescer saudávelpassando por barreiras adaptativas com maior facilidade.

Mas você sabe…

  • O que é Transferência de Imunidade Passiva em Equinos?
  • Qual é o momento certo para este colostro ser alimentado ou oferecido?
  • Como posso analisar se o potro teve uma boa transferência de imunidade passiva?
  • Qual a importância para os primeiros meses de vida dos potros?

Se não, vem comigo que te mostro a relevância.

Fonte: Centro Médico Equino
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Colostro

O colostro é produzido pela égua (principalmente nas duas últimas semanas de gestação), sendo um complexo de eletrólitos, carboidratos, gorduras e proteínasincluindo imunoglobulinas (anticorpos).

Esses anticorpos são responsáveis ​​pela imunidade passiva do potroaté que seu sistema imunológico seja competente para produzir seus próprios anticorpos.

Transferência passiva de imunidade em equinos
Fonte: Universidade Federal de Pelotas.

Portanto, a transferência de A imunidade passiva em cavalos é a passagem desses anticorpos maternos para o recém-nascido.

No entanto, este colostro é produzido apenas nas primeiras 24 horas. Em seguida, é substituído pelo leite, no qual há queda das imunoglobulinas, de 70g/L em média no primeiro, para 5g/L no segundo.

Tempo de Absorção

O colostro deve ser alimentado ou administrado por via enteral. nas primeiras 6 horas após o nascimento do potro.

Normalmente, um potro a termo (nascido saudável) tem sua primeira alimentação. 2 horas após o nascimento. Caso isso não ocorra, a intervenção do Médico Veterinário para sua administração é de suma importância.

O colostro é absorvido por células especializadas na mucosa intestinal.No entanto, após 12 horas de nascimento, essas células são substituídas pelas enterócitos (células que não conseguem absorver imunoglobulinas, diminuindo a absorção para quase zero entre 12-24 horas após o nascimento).

Portanto, o colostro deve ser fornecido nesse período para que haja uma absorção eficientesendo ideal ingerir uma quantidade relativamente boa nas primeiras 6 horas.

Para um potro de 50kg, a quantidade média é de 4L.

Teste IgG – Análise de uma boa transferência de imunidade passiva

Após a ingestão do colostro, as imunoglobulinas (IgG) são absorvidas pelas células intestinais e essas IgGs começam a ser detectáveis ​​na corrente sanguínea cerca de 6 horas após a ingestão. Mas para que ocorram resultados confiáveis, o teste deve ser realizado entre 12 a 24 horas após a ingestão do colostro.

Para realizar o teste, existem testes rápidos disponíveis no mercado que medem a quantidade de IgG presente no sangue, como no exemplo abaixo:

igG check-in éguas
Fonte: Vencofarma

A interpretação é simples. O resultado é medido na quantidade de IgG em miligramas por decilitros.

Portanto, se a quantidade for superior a 800 mg/dL, esse animal tem uma boa quantidade de anticorpos circulantes.

Quando o resultado estiver entre 800 – 400 mg/dL, colostro não foi totalmente eficiente. Portanto, esse animal deve ser acompanhado de perto por um profissional e, se necessário, deve ser realizada terapia com plasma hiperimune.

Avaliação da Transferência de Imunidade Passiva em Equinos

Em testes abaixo de 400 mg/dL, o Médico Veterinário deve intervir imediatamente para realizar a terapia hiperimune.

Importância das Imunoglobulinas

O potro não nasce com seu sistema imunológico maduro, este sistema torna-se funcional por volta dos 6 meses de idade. Durante este período de sua vida, o animal é totalmente dependente de anticorpos maternos para combater patógenos.

Com isso em mente, os gráficos abaixo mostram o quanto o potro depende dessa transferência.

O primeiro gráfico mostra que quando há colostro bom, o animal permanece protegido nos meses em que o anticorpos maternos diminuem na corrente sanguínea e começa a produzir-se a sua própria produção (entre 4 e 8 meses).

Avaliação de IgG em potros
Gráfico 1 – Boa absorção de IgG colostral
Fonte: Medicina e Cirurgia Neonatal Equina

O gráfico dois é a relação de falta de proteção que este potro sofre quando o colostro não é feito de forma eficiente. Durante os 5 meses de idade ao 8º mês, este animal tem maior suscetibilidade a doenças.

Avaliação de IgG em potros
Gráfico 2 – Absorção moderada de IgG colostral
Fonte: Medicina e Cirurgia Neonatal Equina

A terceira nos apresenta um potro que não transferiu em níveis suficientesassim este animal torna-se suscetível a patógenos externos durante todos os primeiros meses de vida, até que seu sistema imunológico seja capaz de produzir seus anticorpos e defender o organismo dos agressores.

Avaliação de IgG em potros
Gráfico 3 – Má absorção de IgG colostral
Fonte: Medicina e Cirurgia Neonatal Equina

Importante:

I: Potros doentes, estressados ​​ou feridos = apetite reduzido;

II: Éguas primíparas produzem menos colostro que éguas multíparas, e também éguas estressadas ou doentes.

III: Éguas com parto prematuro podem produzir colostro de qualidade inferior.

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Como preparar a égua para o parto?

O parto é uma das partes mais emocionantes da criação, sendo um momento que precisa de atenção e cuidados. A duração média da gestação na espécie equina é de 320-350 dias..

Aproximadamente seis semanas antes da data prevista para o parto da égua, a égua deve ser levada para o local onde ocorrerá o parto (sendo um local limpar, seguro e tranquilo). Isso inicia um processo gradual de familiarização da égua com o ambiente em que ela dará à luz e será mantido imediatamente após a entrega.

égua grávida
É muito importante monitorar de perto a atitude, o apetite e o nível de conforto da égua. Se você detectar alguma alteração, entre em contato com seu veterinário.

Se a égua tiver que ser transferida para um local fora da fazenda, também é necessário um período de seis semanas para permitir que seu sistema imunológico crie anticorpos para qualquer bactéria em seu novo ambiente de parto. Isso não só dará proteção à égua, mas também dará tempo suficiente para que os anticorpos passem para o colostro e, assim, fiquem disponíveis para o potro para dar proteção imediata após a amamentação.

Então é aconselhável vacinar as éguas durante este período de seis semanas. Manter a égua livre de parasitas também é essencial para sua saúde e bem-estar. Converse com seu veterinário para elaborar um protocolo de desparasitação adequado.

Por último, água limpa e fresca deve estar disponível em todos os momentos.

LEMBRE-SE SE

Este artigo tem apenas caráter informativo. SEMPRE procure um profissional!

Aproveitando os estudos, confira nosso artigo sobre Fisioterapia Equina e suas principais técnicas

Referências

KNOTTENBELT, DC e outros. Medicina e Cirurgia de Neonatologia Equina. Londres: Elsevier Science Limited, 2014.

DAVIES MOREL, Mina. Cavalos reprodutores. 1. edição. [S. l.s. n.]2005.



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