Estado destaca programas ambientais na COP 30

O Governo do Pará e a proteção das florestas tropicais

O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), participou do Oslo Tropical Forest Forum, evento global que reúne instituições para discutir a proteção das florestas tropicais. Com a sede da COP 30 no próximo ano, o Estado se destaca por suas iniciativas em prol da preservação da floresta viva.

Iniciativas para proteção ambiental

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, destacou no evento iniciativas como o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária e o Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+). Essas estratégias visam garantir a sustentabilidade da floresta e beneficiar as comunidades locais, incluindo indígenas, quilombolas e extrativistas.

Participação do Governo do Pará no evento

Painéis e reuniões bilaterais

Mauro O’de Almeida participou de painéis sobre a transição para a produção pecuária sustentável e modelos de financiamento para o REDD+. Além disso, discutiu apoios para a implementação de programas do estado em reuniões bilaterais, reforçando a importância da cooperação para alcançar metas ambientais.

Sobre o evento Oslo Tropical Forest Forum

Objetivos e resultados

O evento celebrou os resultados dos países tropicais na redução do desmatamento e proteção da natureza, destacando desafios e soluções para a preservação ambiental. O OTFF é uma plataforma para inspirar ações globais em prol das florestas tropicais.

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Painéis e iniciativas destacadas

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, participou de painéis no Oslo Tropical Forest Forum, onde destacou iniciativas importantes para a preservação da floresta viva. Entre elas, mencionou o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária, que visa a identificação individual do rebanho bovino e bubalino do estado até 2026. Além disso, ressaltou o Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), como uma estratégia fundamental para a manutenção da floresta, garantindo benefícios ao estado e às comunidades tradicionais.

Participação em painéis e reuniões

O secretário participou de dois painéis, um sobre a transição para a produção pecuária sustentável no Brasil e outro sobre modelos de financiamento para o REDD+. Além disso, esteve em reuniões bilaterais discutindo apoios para a implementação de programas do estado. Em todas as ocasiões, destacou que as políticas públicas são construídas em conjunto, sendo a prioridade a redução das emissões de gases do efeito estufa por meio de soluções baseadas na natureza e investimento em bioeconomia.

Sobre o evento e seus objetivos

O Oslo Tropical Forest Forum é uma conferência global que reúne diversos atores para promover ações em prol da proteção das florestas tropicais. O evento celebra os resultados dos países tropicais na implementação de políticas para reduzir o desmatamento e proteger a natureza, além de discutir a gestão florestal das comunidades locais e povos indígenas. O objetivo é inspirar ações em outros ecossistemas e destacar desafios que demandam atenção global, sendo uma iniciativa da Norad em nome da Iniciativa Internacional Norueguesa para o Clima e Florestas (NICFI).

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Conclusão

Neste contexto, a participação do Governo do Pará no Oslo Tropical Forest Forum mostrou o comprometimento do Estado com a preservação das florestas tropicais. Iniciativas como o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária e o Sistema Jurisdicional de REDD+ são fundamentais para garantir a sustentabilidade ambiental e o desenvolvimento econômico da região. O evento foi uma oportunidade de apresentar as ações do Pará para investidores e instituições comprometidas com a pauta ambiental, demonstrando a importância do apoio externo para acelerar o alcance dos objetivos propostos. Com um portfólio diversificado de iniciativas, o Estado do Pará reafirma seu papel de liderança na preservação das florestas e na promoção de um desenvolvimento sustentável. A participação ativa do titular da Semas nos painéis e reuniões bilaterais evidencia o compromisso do governo em construir políticas públicas colaborativas e focadas na redução de emissões de gases do efeito estufa e no investimento em bioeconomia. O Oslo Tropical Forest Forum foi mais uma oportunidade para o Pará mostrar ao mundo o seu compromisso com a preservação ambiental e a promoção de um futuro sustentável para as próximas gerações.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Participação do Pará no Oslo Tropical Forest Forum

O Governo do Pará, por meio da Semas, participou do Oslo Tropical Forest Forum, conferência global que discute a proteção das florestas tropicais. O Estado reforça seu protagonismo com iniciativas como o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária e o REDD+.

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Perguntas Frequentes

1. Quais iniciativas foram destacadas pelo titular da Semas?

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, destacou o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária e o REDD+ como iniciativas fundamentais para a preservação da floresta viva e benefícios às comunidades tradicionais.

2. Qual o objetivo do Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária?

O programa visa garantir a identificação individual do rebanho bovino e bubalino do estado até 2026, com o objetivo de zerar o desmatamento e neutralizar as emissões de gases do efeito estufa.

3. O que é o REDD+ e qual a sua importância?

O REDD+ é um sistema jurisdicional de redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, fundamental para a geração de créditos de carbono pelo estado do Pará para comercialização no mercado voluntário.

4. Quais os painéis em que o titular da Semas participou?

O titular da Semas participou de painéis sobre transição para a produção pecuária sustentável no Brasil, modelos e fontes de financiamento para o REDD+, e reuniões bilaterais para discutir apoios para implementação de programas do estado.

5. Qual o objetivo do Oslo Tropical Forest Forum?

O OTFF reúne diversos atores para promover ações na proteção das florestas tropicais, celebrando resultados na redução do desmatamento, proteção da natureza e gestão florestal, além de destacar desafios que necessitam de atenção global.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

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O Governo do Pará, por meio da Secretaria de Estado de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semas), participou, na última semana, do Oslo Tropical Forest Forum, conferência global que reúne diversas instituições para discutir ações para a proteção das florestas tropicais. Sede da COP 30, no ano que vem, o Estado reforça, por meio de seus representantes, dentro e fora do Brasil, seu protagonismo por meio de um robusto portfólio de iniciativas voltadas para a preservação da floresta viva.

O titular da Semas, Mauro O’de Almeida, participou de painéis nos quais destacou iniciativas como o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária, que irá garantir a identificação individual do rebanho bovino e bubalino do estado até 2026, e o Sistema Jurisdicional de Redução de Emissões por Desmatamento e Degradação Florestal (REDD+), estratégia fundamental para a manutenção da floresta viva, garantindo benefícios ao estado e às comunidades tradicionais, incluindo indígenas, quilombolas e extrativistas.

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Estado destaca programas ambientais na COP 30 “Viemos aqui, representando o governador Helder Barbalho, para apresentar a esse público de alto nível, que inclui investidores, representantes de instituições financeiras, governos e entidades que se dedicam à pauta ambiental, para apresentar o leque de oportunidades que o Estado do Pará vem preparando e que, com apoio, podem alcançar os objetivos propostos com ainda mais celeridade”, explica o titular da Semas.

“Hoje, o Pará tem o Programa de Desenvolvimento e Integridade da Pecuária, uma estratégia que, com a identificação de todo o rebanho bovino e bubalino do estado, será crucial para zerarmos o desmatamento e para que possamos atingir o nosso objetivo de neutralizar as emissões de gases do efeito estufa. Outra estratégia que destacamos aqui foi o sistema jurisdicional de REDD+, que visa a geração de créditos de carbono pelo estado do Pará para comercialização no mercado voluntário. Esses são apenas dois exemplos de um portfólio de iniciativas que o estado do Pará tem e que podemos escalar a partir de apoios construídos a partir de eventos como este”, detalhou Mauro O’de Almeida.

1719783449 290 Estado destaca programas ambientais na COP 30 Painéis – O titular da Semas participou de dois painéis. Um sobre a transição para a produção pecuária sustentável no Brasil e outro sobre modelos e fontes de financiamento para o sistema de REDD+. Além disso, também participou de reuniões bilaterais, em que discutiu apoios para a implementação de programas do estado. Em todas as ocasiões, Mauro O’de Almeida frisou que todas as políticas públicas do estado são construídas em conjunto e que a prioridade do estado é reduzir as emissões de gases do efeito estufa a partir de soluções baseadas na natureza, investindo em bioeconomia.

Sobre o evento –O Fórum sobre Florestas Tropicais de Oslo (OTFF) é uma conferência global que reúne ministros, decisores políticos, instituições multilaterais, sociedade civil, povos indígenas e setor privado para promover ações na proteção das florestas tropicais. De acordo com a sua organização, o OTFF 2024 celebra resultados dos países tropicais na implementação de políticas para reduzir o desmatamento e proteger a natureza, a gestão florestal dos povos indígenas e comunidades locais, ações para combater crimes contra a natureza e novas soluções para transparência e monitoramento florestal.

O objetivo é mostrar como estes resultados podem inspirar ações noutros ecossistemas e destacar desafios que necessitam de atenção da comunidade global. A conferência é organizada pela Norad, a Agência Norueguesa de Cooperação para o Desenvolvimento, em nome da Iniciativa Internacional Norueguesa para o Clima e Florestas (NICFI).

Indicadores Ambientais: Avanços na Produção Agroecológica em Goiás

Metodologia para Medir Impactos Ambientais em Propriedades Agroecológicas

Neste artigo, vamos explorar um método desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e da Emater Goiás para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. A proposta é utilizar indicadores ambientais para aferir a qualidade do solo e a sanidade dos cultivos, visando gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema.

Parceria com Agricultores Agroecológicos

O estudo foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), que seguem preceitos agroecológicos em suas atividades. Foram estabelecidos dez indicadores ambientais para avaliar a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos.

Desenvolvimento Sustentável na Agricultura

Resultados e Recomendações

A avaliação desses indicadores permitiu identificar práticas de manejo que influenciam na qualidade dos cultivos e na sustentabilidade ambiental. Aspectos como o uso de adubos verdes e o manejo integrado de pragas e doenças foram destacados como pontos positivos a serem incentivados nas propriedades agroecológicas.

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Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos

Após a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo agroecológico, aspectos fundamentais para a produção e o meio ambiente foram identificados. De acordo com o pesquisador Agostinho Didonet, a validação dos indicadores apontou a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos. Além disso, o estudo destacou pontos positivos relacionados à sustentabilidade e integração com o agroecossistema local, como diversidade de cultivos, cobertura do solo, manejo da irrigação e controle de pragas e doenças.

Didonet ressalta a importância de comparar os resultados ao longo do tempo para verificar possíveis alterações e dinâmicas. Ele enfatiza que os indicadores utilizados permitem avaliar a sustentabilidade ambiental em grande parte das unidades produtivas. Capacitação, treinamento e divulgações de tecnologias são cruciais para o sucesso desse tipo de trabalho, contribuindo para a melhoria contínua dos cultivos e do ecossistema.

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## Método para Sustentabilidade na Agricultura Familiar: Resultados e Recomendações

Após a aplicação de indicadores e avaliação das práticas de manejo agroecológico, foi possível identificar aspectos cruciais para a produção e o meio ambiente. A validação dos indicadores destacou a importância de adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo, juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores. Além disso, aspectos positivos relacionados à sustentabilidade e integração com o agroecossistema local foram observados, como o manejo de áreas com diversidade de cultivos, cobertura e proteção do solo, manejo da irrigação e controle de insetos e fitopatógenos.

Esses resultados ressaltam a relevância de atividades contínuas de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis para o sucesso do trabalho. Portanto, a implementação de práticas agroecológicas aliadas a indicadores de sustentabilidade ambiental é fundamental para garantir a saúde do ecossistema e a eficiência da produção agrícola familiar.

Investir nesse método pode proporcionar benefícios significativos não apenas para os agricultores e suas famílias, mas também para o ambiente em que estão inseridos. O equilíbrio entre práticas sustentáveis e produtivas é essencial para garantir um futuro promissor para a agricultura familiar e para a preservação do meio ambiente.

Ao promover a conscientização e a adoção de práticas mais sustentáveis, é possível criar um ciclo positivo de desenvolvimento agrícola que respeita a natureza e contribui para a segurança alimentar da população. Portanto, a implementação dessas recomendações pode representar um passo significativo rumo à agricultura familiar mais sustentável e resiliente.

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Análise de Indicadores Ambientais em Propriedades Familiares e Agroecológicas

O método desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e da Emater Goiás permite avaliar a dinâmica e o equilíbrio do sistema produtivo de bases familiares e agroecológicas. Foram estabelecidos indicadores ambientais para medir a qualidade do solo e a sanidade dos cultivos, visando a sustentabilidade da produção. A aplicação do método em propriedades em Goiás resultou em recomendações para melhorar a produção. Os indicadores consideram práticas de manejo e interação do agricultor com os recursos locais.

FAQs

1. Que tipo de indicadores foram estabelecidos para medir a qualidade do solo?

Foram definidos indicadores como compactação do solo, atividade microbiológica, presença de erosão e de organismos invertebrados.

2. Como os indicadores de sanidade dos cultivos foram avaliados?

Os indicadores consideraram a vegetação circundante, a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, entre outros aspectos.

3. Qual a importância da participação dos agricultores no desenvolvimento dos indicadores?

A participação dos agricultores garantiu que os indicadores fossem relevantes, de fácil compreensão e alinhados com as práticas agroecológicas.

4. Quais foram as recomendações para maior sustentabilidade dos cultivos?

Foi sugerida a inserção de adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo, bem como o manejo das áreas com diversidade de cultivos e a proteção do solo.

5. Como a comercialização dos produtos agroecológicos é realizada?

Os produtos são comercializados diretamente na Feira Agroecológica de Anápolis e também via entrega sob encomenda pela internet, garantindo o sustento das famílias.

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Método permite verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de bases familiar e agroecológica. Foram estabelecidos dez indicadores ambientais para aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Os indicadores ambientais consideram as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais. A aplicação do método em propriedades familiares e agroecológicas de Goiás gerou recomendações para a maior sustentabilidade da produção. O trabalho resulta da parceria entre a Embrapa e a Emater Goiás, com a participação de agricultores ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar). Pesquisadores da Embrapa e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater Goiás) desenvolveram um método para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. O trabalho propõe indicadores para verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de base agroecológica, com o objetivo de gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema. O trabalho foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), localizada no município de Anápolis (GO). Todos os participantes exercem atividades seguindo preceitos agroecológicos, uma produção ligada à conservação e à regeneração da diversidade de espécies de plantas, insetos e animais e de recursos naturais (água e solo). O trabalho tem como base dez indicadores ambientais voltados a aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Esses indicadores consistem em atributos, características passíveis de observação, que consideram toda a extensão de cada uma das unidades rurais e não apenas a atividade produtiva. Para cada indicador, houve uma avaliação com notas em uma escala de zero a dez. Por exemplo, em relação à qualidade do solo, foram aplicadas notas para medir sua compactação, sua atividade microbiológica, a presença de erosão e de organismos invertebrados (insetos, aranhas, minhocas etc). No caso da sanidade dos cultivos, os quesitos considerados envolveram a vegetação natural circundante aos cultivos, a abundância e a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, dentre outros. De acordo com um dos coordenadores do trabalho, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO) Agostinho Didonet, os indicadores ambientais foram estabelecidos considerando as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais, tendo em vista sempre os princípios agroecológicos já incorporados pelas propriedades rurais. Ainda segundo Didonet, a proposição de indicadores que expressam e quantificam a sustentabilidade ambiental foi determinada, por meio de metodologia participativa que uniu o conhecimento técnico ao dos agricultores, a partir da nivelação de conceitos e de modo a medir as práticas de manejo que mais influenciam na qualidade dos cultivos. “Foram realizadas capacitações e discutidas formas de documentar e avaliar a sustentabilidade e suas variações. Levamos em conta a premissa de que fatores envolvidos diretamente nos indicadores deveriam ser de fácil compreensão, constatação e visualização pelo agricultor. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com que princípios técnicos fossem respeitados, considerados e assumidos. O objetivo foi auxiliar o reconhecimento pelos agricultores dos tipos de manejo que mais influenciam na qualidade dos seus cultivos e a identificação das práticas agroecológicas mais adequadas às condições do agroecossistema, que possam trazer melhorias na sustentabilidade ambiental e na produção”, conta o pesquisador. Produção e comercialização A determinação, validação e aprovação dos indicadores ambientais são fases de um trabalho inicial de aprimoramento das atividades dos agricultores da Aproar. A produção dos associados é de hortaliças, frutas, feijão, ovos, mel e produtos derivados da cana de açúcar e do leite. Esses produtos proporcionam o sustento das famílias e a Aproar mantém, desde 2015, um canal de comercialização direta, semanalmente, na Feira Agroecológica de Anápolis (Feagro). A comercialização é feita também no formato de entrega sob encomenda utilizando a internet. A Aproar conta com a parceria da Emater Goiás e da Prefeitura de Anápolis, que cede espaço para a realização semanal da Feira. Foto: Álvaro Gonçalo Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos De acordo com Agostinho Didonet, a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo que seguem preceitos agroecológicos permitiram a constatação de aspectos importantes para a produção e o meio ambiente. “A validação dos indicadores evidencia a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores”, aponta o pesquisador. “Por outro lado, foi possível captar pontos positivos relacionados à sustentabilidade e à integração com o agroecossistema local, como, por exemplo, o manejo das áreas com diversidade de cultivos, a cobertura e proteção do solo, o manejo da irrigação e o controle de insetos (pragas e inimigos naturais) e de fitopatógenos”. Ainda conforme Didonet, os resultados do estudo devem ser comparados com avaliações de outros momentos, visando verificar a dinâmica e as possíveis alterações. O pesquisador pondera que os indicadores utilizados permitem destacar e avaliar a sustentabilidade ambiental na maioria das unidades produtivas. Ele ressalta que atividades de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis e demandadas são também importantes para o sucesso desse tipo de trabalho.

Foto: Rodrigo Peixoto

Rodrigo Peixoto - Estudo foi desenvolvido com a participação de agricutores familiares. Ao fundo, na foto, integrantes do projeto da Emater Goiás e Embrapa

Estudo foi desenvolvido com a participação de agricutores familiares. Ao fundo, na foto, integrantes do projeto da Emater Goiás e Embrapa

Pesquisadores da Embrapa e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater Goiás) desenvolveram um método para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. O trabalho propõe indicadores para verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de base agroecológica, com o objetivo de gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema.

O trabalho foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), localizada no município de Anápolis (GO). Todos os participantes exercem atividades seguindo preceitos agroecológicos, uma produção ligada à conservação e à regeneração da diversidade de espécies de plantas, insetos e animais e de recursos naturais (água e solo).

O trabalho tem como base dez indicadores ambientais voltados a aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Esses indicadores consistem em atributos, características passíveis de observação, que consideram toda a extensão de cada uma das unidades rurais e não apenas a atividade produtiva.

Para cada indicador, houve uma avaliação com notas em uma escala de zero a dez. Por exemplo, em relação à qualidade do solo, foram aplicadas notas para medir sua compactação, sua atividade microbiológica, a presença de erosão e de organismos invertebrados (insetos, aranhas, minhocas etc). No caso da sanidade dos cultivos, os quesitos considerados envolveram a vegetação natural circundante aos cultivos, a abundância e a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, dentre outros.

De acordo com um dos coordenadores do trabalho, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO) Agostinho Didonet, os indicadores ambientais foram estabelecidos considerando as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais, tendo em vista sempre os princípios agroecológicos já incorporados pelas propriedades rurais. Ainda segundo Didonet, a proposição de indicadores que expressam e quantificam a sustentabilidade ambiental foi determinada, por meio de metodologia participativa que uniu o conhecimento técnico ao dos agricultores, a partir da nivelação de conceitos e de modo a medir as práticas de manejo que mais influenciam na qualidade dos cultivos.

“Foram realizadas capacitações e discutidas formas de documentar e avaliar a sustentabilidade e suas variações. Levamos em conta a premissa de que fatores envolvidos diretamente nos indicadores deveriam ser de fácil compreensão, constatação e visualização pelo agricultor. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com que princípios técnicos fossem respeitados, considerados e assumidos. O objetivo foi auxiliar o reconhecimento pelos agricultores dos tipos de manejo que mais influenciam na qualidade dos seus cultivos e a identificação das práticas agroecológicas mais adequadas às condições do agroecossistema, que possam trazer melhorias na sustentabilidade ambiental e na produção”, conta o pesquisador.

 

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A determinação, validação e aprovação dos indicadores ambientais são fases de um trabalho inicial de aprimoramento das atividades dos agricultores da Aproar. A produção dos associados é de hortaliças, frutas, feijão, ovos, mel e produtos derivados da cana de açúcar e do leite. Esses produtos proporcionam o sustento das famílias e a Aproar mantém, desde 2015, um canal de comercialização direta, semanalmente, na Feira Agroecológica de Anápolis (Feagro). A comercialização é feita também no formato de entrega sob encomenda utilizando a internet. A Aproar conta com a parceria da Emater Goiás e da Prefeitura de Anápolis, que cede espaço para a realização semanal da Feira.

Foto: Álvaro Gonçalo

 

Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos

De acordo com Agostinho Didonet, a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo que seguem preceitos agroecológicos permitiram a constatação de aspectos importantes para a produção e o meio ambiente. “A validação dos indicadores evidencia a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores”, aponta o pesquisador.  “Por outro lado, foi possível captar pontos positivos relacionados à sustentabilidade e à integração com o agroecossistema local, como, por exemplo, o manejo das áreas com diversidade de cultivos, a cobertura e proteção do solo, o manejo da irrigação e o controle de insetos (pragas e inimigos naturais) e de fitopatógenos”. Ainda conforme Didonet, os resultados do estudo devem ser comparados com avaliações de outros momentos, visando verificar a dinâmica e as possíveis alterações.

O pesquisador pondera que os indicadores utilizados permitem destacar e avaliar a sustentabilidade ambiental na maioria das unidades produtivas. Ele ressalta que atividades de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis e demandadas são também importantes para o sucesso desse tipo de trabalho.

Rodrigo Peixoto (MTb/GO 1.077)
Embrapa Arroz e Feijão

Contatos para a imprensa

Telefone: (62) 3533-2108

Mais informações sobre o tema
Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC)
www.embrapa.br/fale-conosco/sac/

TJMS mantém condenação de usina por danos ambientais decorrentes de…

A 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça de Mato Grosso do Sul, ao julgar recurso de agravo de instrumento nº 1401993-20.2022.8.12.0000, manteve a aplicação de multa punitiva majorada à empresa do setor sucroalcooleiro por irregularidades descarte de vinhaça ou vinhaça (resíduo do beneficiamento da usina sucroalcooleira), que causou danos ambientais a uma propriedade vizinha, devido à proliferação da “mosca da cana”.

A usina agravou a decisão proferida pelo magistrado do Tribunal Único de Nova Alvorada do Sul, que, em ação de obrigatoriedade, aumentou a multa punitiva estabelecida em decisão de tutela provisória, aplicou multa por má-fé litígio para a empresa recorrente; determinou a realização de perícia técnica; colocou o ônus da prova na planta; e rejeitou as preliminares contra a medida.

De acordo com o relatório, apurou-se que a Usina não tomou nenhuma solução concreta para resolver o problema do descarte irregular de vinhaça em seus canaviais, que era muito superior ao que o solo pode absorver, o que leva à infestação descontrolada do “ mosca da cana”, que atacou os animais criados na propriedade vizinha A “mosca da cana” (também conhecida como “mosca do estábulo”) é uma espécie hematófaga e causa danos ao atacar animais de fazenda, além de atacar humanos.

O Relator, Des. Dorival Renato Pavan, afirmou em seu voto:

“Depreende-se dos autos que os apelados ajuizaram ação de obrigação de impetrar contra o apelante e alegaram, em suma, que o réu vem descartando vinhaça em seus plantios em quantidade muito superior ao que o solo pode absorver, o que levou ao surgimento da região das propriedades rurais dos demandantes a “mosca dacana”, infestação sem controle, em meados de 2011 e desde então foram propostas duas ações judiciais, porém, nenhuma solução concreta foi tomada.

Acrescentaram que em 31 de julho de 2019, na Fazenda Velha Recordação, de propriedade da requerente, foi realizado um laudo de verificação comprovando o ataque da referida mosca aos animais ali criados, uma vez que a referida mosca é hematófaga (se alimenta de sangue). Esse problema vem causando danos e prejuízos aos autores há anos, considerando os ataques a animais e até mesmo a seres humanos.

Assim, requereram que o réu fosse impedido de descartar o excesso de vinhaça em meio aos plantios, para a formação de lagoas e poças, seja voluntariamente ou em decorrência de vazamentos em dutos, o que causa a proliferação e infestação descontrolada do referido inseto (“stomoxys calcitrans” – mosca da cana).

A medida cautelar foi concedida parcialmente para determinar que a recorrente ré se abstenha de realizar, por qualquer meio ou método, a deposição prejudicial de vinhaça no solo, em quantidade superior ao que é capaz de absorver, a fim de formar poças . ou lagos, bem como evitar a ocorrência de vazamentos em seus canais condutores causando o mesmo problema.

Os recorrentes/apelados informaram nos autos que a liminar não foi cumprida, e o magistrado douto determinou o aumento da multa para R$ 3.000,00 por dia de descumprimento. O juiz resolveu a questão e indeferiu as alegações de coisa julgada, litispendência, ilegitimidade ativa, inadequação do caminho escolhido, restrição de defesa e turbulência processual, tendo aplicado multa por litigância de má-fé ao réu. Ele também fixou os pontos controvertidos, atribuiu o ônus da prova ao réu e nomeou um perito.”

O acórdão foi publicado no DJe de 19/09/2022 e ainda cabe recurso.

Fonte: Portal DireitoAmbiental.com, Agravo de Instrumento nº 1401993-20.2022.8.12.0000/MS (julgado em 15/09/2022, publicado no DJe de 19/09/2022), processo original (1ª instância) nº 0800565 – 89.2019.8.12.0054 (Tribunal Único de Nova Alvorada do Sul, Juiz Jessé Cruciol Junior).

>> Clique aqui para baixar a íntegra da decisão do TJMS

Confira a decisão judicial:

RESUMO:

INTERLOCUTORIA INTERLOCUTORIA – OBRIGAÇÃO DE FAZER – ALIENAÇÃO DE VINAGE PELA SOCIEDADE E OCORRÊNCIA DE DANOS AMBIENTAIS EM IMÓVEIS VIZINHOS – LEGITIMIDADE DOS PROPRIETÁRIOS – DISCUSSÃO DE DIREITOS PARTICULARES. I) Apesar da ofensa às normas ambientais ser um dos fundamentos do pedido, a pretensão exposta na demanda refere-se predominantemente ao direito de vizinhança e às consequências decorrentes de determinado imóvel. Nesse norte, permanece patente a legitimidade ativa dos demandantes, proprietários do bem lesado, para a propositura da ação, não havendo necessidade de se falar em qualquer vício na titularidade do direito discutido. NÃO COMPROVAÇÃO DO CUMPRIMENTO DA INJUNÇÃO ANTERIORMENTE DEFERIDA – AUMENTO DO VALOR DA MULTA INJUNCIONAL – AUSÊNCIA DE ELIMINAÇÃO DA ELIMINAÇÃO. EU) Havendo evidências suficientes para sustentar a conclusão sobre o descumprimento de ordem judicial anteriormente imposta, caberá a majoração da multa arbitrada. II) Havendo previsão expressa quanto à possibilidade de alteração do valor da multa no curso do processo, não há que se falar em ocorrência de preclusão na imposição do valor. INVERSÃO DO ÔNUS DA PROVA – OCORRÊNCIA DE DANOS AMBIENTAIS – PRINCÍPIO DA PRECAUÇÃO CONSISTENTE NA APLICAÇÃO DO Aforismo em DÚBIO PRO AMBIENTE – CABIMENTO. ANTECEDENTES DO SUPERIOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA. RECURSO MELHORADO. I) Nas ações cíveis por dano ambiental, a análise do ônus da prova deve ser encerrada à luz do princípio da precaução, que se traduz na aplicação do aforismo in dubio pró meio ambiente, e também pela interdisciplinaridade entre as normas de defesa do consumidor, porque também protege um bem jurídico público e coletivo. MÁ-FÉ COMPROVADA E ABUSO DE DIREITO – MULTA DEVIDA – RECURSO CONHECIDO E NEGADO. I) Tendo o réu apresentado alegação contrária ao texto expresso da lei, com conduta expressamente condenada pelo Código de Processo Civil no inciso I do art. 81, permanece a condenação da parte ao pagamento de multa por litigância de má-fé. II) Recurso conhecido e improvisado. Decisão mantida.

AC ORNO:

Vistos, informados e discutidos esses autos, os juízes da 3ª Câmara Cível do Tribunal de Justiça concordam, conforme ata de acórdãos, por unanimidade, que negaram provimento ao recurso, conforme voto do Relator.

Veja também:

– reportagem em vídeo do Globo Rural sobre o ataque de mocas de cana em propriedades em SP https://globoplay.globo.com/v/5475747/

– “FLY OF THE STABLE” causa danos a agricultores e pecuaristas

– Artigo – Mosca do estábulo: um grande desafio a ser superado (publicação da Embrapa)



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Estresses ambientais impactam a safra 21/22 de algodão no MT

O algodão é afetado diretamente por fatores adversos ou favoráveis ​​durante a colheita, com impacto significativo no desenvolvimento vegetativo, na produção e na qualidade da fibra. É exatamente isso que está sendo observado durante a safra da safra 2021/22 em várias regiões produtoras. Essas informações serão apresentadas e discutidas durante o XIV Encontro Técnico Algodão da Fundação Mato-grossense de Amparo à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT), de 29 a 31 de agosto, no hotel Gran Odara, em Cuiabá/MT.

Apesar da adequada janela de semeadura em janeiro em todas as regiões do Mato Grosso, o ciclo da cultura foi comprometido pelo excesso de chuvas (resultando em plantas com raízes rasas) e temperaturas mais amenas, decorrentes de dias nublados no final daquele mês e também no início do Fevereiro. “Assim, o aparecimento do primeiro botão floral e, consequentemente, o aparecimento da primeira flor, atrasou cerca de 10 a 15 dias”, explica o professor Ederaldo José Chiavegato, doutor em produção vegetal e orador convidado do Encontro. É exatamente isso que se observa em termos de qualidade e produtividade das penas colhidas até o momento.

Normalmente, a primeira flor de algodão aparece por volta de 55 dias após a emergência. No entanto, este ano, segundo Chiavegato, o aparecimento ocorreu em torno de 65 dias ou mais (10 a 15 dias de atraso, dependendo da região produtora) e isso aumentou o ciclo da cultura.

Na fase final de floração e início da fase seguinte de maturação, o fim das chuvas em abril influenciou diretamente na produção. “Em alguns anos pode haver algumas chuvas regionais em maio, principalmente na região de Campo Novo do Parecis. o ponteiro. , principalmente quando o sistema radicular é superficial como o que encontramos nesta safra”, alerta o especialista.

40 dias valem uma safra inteira

Os primeiros 40 dias do ciclo do algodão (compreendendo germinação e emergência, desenvolvimento inicial e vegetativo) compreendem um dos períodos mais importantes da produção, ou seja, o potencial produtivo é definido nesta fase.

As regiões produtoras de algodão do Mato Grosso, com exceção da microrregião Primavera do Leste (no Sudeste do estado), semeiam a segunda safra de algodão a partir de janeiro, podendo iniciar até a primeira quinzena de fevereiro. É aí que começam as preocupações dos cotonicultores, pois nesse período, via de regra, as temperaturas são favoráveis ​​à rápida germinação e emergência, porém, como comenta Chiavegato, a alta umidade do solo favorece o estresse anóxico, que é a deficiência ou falta de oxigênio no o solo.

Com essa soma de fatores, o início inicial das mudas fica comprometido, reduzindo o vigor da cultura. “Temos que considerar que este é um fato real, com probabilidades de ocorrência muito altas, com consequências negativas nas fases seguintes do ciclo. Ou seja, essas condições nunca podem ser negligenciadas”, reforça.

Assim, os produtores devem sempre considerar ações de manejo para minimizar esse cenário, como: qualidade das sementes, profundidade de semeadura e descompactação do solo. Além disso, proporcionam o equilíbrio hormonal adequado para o processo de germinação e emergência, entre outros.

As raízes afetaram a produtividade

A temperatura e a umidade têm grande influência no crescimento das raízes do algodoeiro. Quando estão em alta nas primeiras semanas após o plantio, podem prejudicar muito toda a produção. Nesta fase, o algodoeiro prioriza o desenvolvimento do sistema radicular, ou seja, danos de qualquer natureza representam diretamente danos à planta. “Condições climáticas adversas e ações de manejo consideradas inevitáveis ​​(uso de herbicidas, atrasos na adubação nitrogenada, entre outros) contribuíram para um desenvolvimento deficiente do sistema radicular”, destaca o professor.

Quais são as consequências?

Via de regra, para todas as microrregiões produtoras da pluma na segunda safra em Mato Grosso, a probabilidade de longos períodos de dias chuvosos, incluindo grandes volumes, causando nebulosidade é alta. Segundo o especialista, os efeitos desse cenário no desenvolvimento inicial das plantas são evidentes na safra 2021/22.

Ainda segundo Chiavegato, observou-se aumento no número de nós vegetativos até o aparecimento do primeiro botão floral. “Geralmente, esse número fica entre cinco e seis nós. A alta cobertura de nuvens neste período condicionou as temperaturas mais baixas, pelo que era comum ver o aumento para sete a oito nós, atrasando o ciclo da cultura em cerca de 10 a 12 dias”, observa.

Como resultado, houve uma mudança no final do ciclo para condições mais prováveis ​​para a ocorrência de déficit hídrico. Este fato, associado ao sistema radicular mais superficial, devido ao excesso de água no solo e falta de oxigênio, comprometeu severamente o enchimento das últimas maçãs do ponteiro, principalmente em épocas de semeadura tardias.

Para Chiavegato, pode-se considerar, cronologicamente, que as janelas de semeadura nesta segunda safra, em todas as regiões produtoras, foram adequadas. “No entanto, os problemas no final do ciclo com o corte definitivo das chuvas a partir de abril, durante o enchimento das maçãs ponteiro e, este ano, com muitas maçãs de segunda e terceira posições nas fases de enchimento, foram o resultado das condições climáticas registradas na fase de implantação da cultura”, sinaliza.

Da maturação à colheita

A fase de maturação até a colheita dura cerca de 50 dias, durante os quais as sementes e fibras se desenvolvem e as maçãs se abrem. Esse período também é responsável pela qualidade do algodão produzido. Ou seja, a temperatura e a umidade exercem influências significativas no crescimento e desenvolvimento dos frutos, na formação de fibras, consequentemente interferindo em sua qualidade e rendimento. O ideal são temperaturas amenas e demanda de água reduzida.

O cotonicultor precisa ter em mente que as oscilações de temperatura e água e a quantidade e qualidade da radiação incidente durante o ciclo da cultura, bem como as decisões e ações de manejo adotadas desde o estabelecimento inicial das plantas, interferem fortemente em sua capacidade de enfrentar com possíveis variações. clima nesta fase final. “Podemos destacar que, entre as decisões e ações de manejo, o produtor deve atentar para o rigor na adequação da época de semeadura e das características intrínsecas das cultivares escolhidas”, orienta o especialista.

Para saber mais sobre o assunto, mais informações serão apresentadas no evento da MT Foundation. As inscrições estão abertas através da página www.fundacomt.com.br e do whatsapp (66) 9 9995-7814.



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Estresses ambientais impactam a safra 21/22 de algodão no MT

O algodão é afetado diretamente por fatores adversos ou favoráveis ​​durante a colheita, com impacto significativo no desenvolvimento vegetativo, na produção e na qualidade da fibra. É exatamente isso que está sendo observado durante a safra da safra 2021/22 em várias regiões produtoras. Essas informações serão apresentadas e discutidas durante o XIV Encontro Técnico Algodão da Fundação Mato-grossense de Amparo à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT), de 29 a 31 de agosto, no hotel Gran Odara, em Cuiabá/MT.

Apesar da adequada janela de semeadura em janeiro em todas as regiões do Mato Grosso, o ciclo da cultura foi comprometido pelo excesso de chuvas (resultando em plantas com raízes rasas) e temperaturas mais amenas, decorrentes de dias nublados no final daquele mês e também no início do Fevereiro. “Assim, o aparecimento do primeiro botão floral e, consequentemente, o aparecimento da primeira flor, atrasou cerca de 10 a 15 dias”, explica o professor Ederaldo José Chiavegato, doutor em produção vegetal e orador convidado do Encontro. É exatamente isso que se observa em termos de qualidade e produtividade das penas colhidas até o momento.

Normalmente, a primeira flor de algodão aparece por volta de 55 dias após a emergência. No entanto, este ano, segundo Chiavegato, o aparecimento ocorreu em torno de 65 dias ou mais (10 a 15 dias de atraso, dependendo da região produtora) e isso aumentou o ciclo da cultura.

Na fase final de floração e início da fase seguinte de maturação, o fim das chuvas em abril influenciou diretamente na produção. “Em alguns anos pode haver algumas chuvas regionais em maio, principalmente na região de Campo Novo do Parecis. No entanto, não é prudente que o produtor conte com essas chuvas incertas neste mês, na maioria das regiões produtoras, para o enchimento das maçãs de topo, principalmente quando o sistema radicular é superficial como o que encontramos nesta safra”, alerta o especialista. .

40 dias valem uma safra inteira

Os primeiros 40 dias do ciclo do algodão (compreendendo germinação e emergência, desenvolvimento inicial e vegetativo) compreendem um dos períodos mais importantes da produção, ou seja, o potencial produtivo é definido nesta fase.

As regiões produtoras de algodão do Mato Grosso, com exceção da microrregião Primavera do Leste (no Sudeste do estado), semeiam a segunda safra de algodão a partir de janeiro, podendo iniciar até a primeira quinzena de fevereiro. É aí que começam as preocupações dos cotonicultores, pois nesse período, via de regra, as temperaturas são favoráveis ​​à rápida germinação e emergência, porém, como comenta Chiavegato, a alta umidade do solo favorece o estresse anóxico, que é a deficiência ou falta de oxigênio na o solo.

Com essa soma de fatores, o início inicial das mudas fica comprometido, reduzindo o vigor da cultura. “Temos que considerar que este é um fato real, com probabilidades de ocorrência muito altas, com consequências negativas nas fases seguintes do ciclo. Ou seja, essas condições nunca podem ser negligenciadas”, reforça.

Assim, os produtores devem sempre considerar ações de manejo para minimizar esse cenário, tais como: qualidade das sementes, profundidade de semeadura e descompactação do solo. Além disso, proporcionar o equilíbrio hormonal adequado para o processo de germinação e emergência, entre outros.

As raízes afetaram a produtividade

A temperatura e a umidade têm grande influência no crescimento das raízes do algodoeiro. Quando estão em alta nas primeiras semanas após o plantio, podem prejudicar muito toda a produção. Nesta fase, o algodoeiro prioriza o desenvolvimento do sistema radicular, ou seja, danos de qualquer natureza representam diretamente danos à planta. “Condições climáticas adversas e ações de manejo consideradas inevitáveis ​​(uso de herbicidas, atrasos na adubação nitrogenada, entre outros) contribuíram para um desenvolvimento deficiente do sistema radicular”, destaca o professor.

Quais são as consequências?

Via de regra, para todas as microrregiões produtoras da pluma na segunda safra em Mato Grosso, a probabilidade de longos períodos de dias chuvosos, incluindo grandes volumes, causando nebulosidade é alta. Segundo o especialista, os efeitos desse cenário no desenvolvimento inicial das plantas são evidentes na safra 2021/22.

Ainda segundo Chiavegato, observou-se aumento no número de nós vegetativos até o aparecimento do primeiro botão floral. “Geralmente, esse número fica entre cinco e seis nós. A alta cobertura de nuvens neste período condicionou as temperaturas mais baixas, pelo que era comum ver o aumento para sete a oito nós, atrasando o ciclo da cultura em cerca de 10 a 12 dias”, observa.

Como resultado, houve uma mudança no final do ciclo para condições mais prováveis ​​para a ocorrência de déficit hídrico. Este fato, associado ao sistema radicular mais superficial, devido ao excesso de água no solo e falta de oxigênio, comprometeu severamente o enchimento das últimas maçãs do ponteiro, principalmente em épocas de semeadura tardias.

Para Chiavegato, pode-se considerar, cronologicamente, que as janelas de semeadura nesta segunda safra, em todas as regiões produtoras, foram adequadas. “No entanto, os problemas no final do ciclo com o corte definitivo das chuvas a partir de abril, durante o enchimento das maçãs ponteiro e, este ano, com muitas maçãs de segunda e terceira posição nas fases de enchimento, foram o resultado das condições climáticas registradas na fase de implantação da cultura”, sinaliza.

Da maturação à colheita

A fase de maturação até a colheita dura cerca de 50 dias, durante os quais as sementes e fibras se desenvolvem e as maçãs se abrem. Esse período também é responsável pela qualidade do algodão produzido. Ou seja, a temperatura e a umidade exercem influências significativas no crescimento e desenvolvimento dos frutos, na formação de fibras, consequentemente interferindo em sua qualidade e rendimento. O ideal são temperaturas amenas e demanda de água reduzida.

O cotonicultor precisa ter em mente que as oscilações de temperatura e água e a quantidade e qualidade da radiação incidente durante o ciclo da cultura, bem como as decisões e ações de manejo adotadas desde o estabelecimento inicial das plantas, interferem fortemente em sua capacidade de enfrentar com possíveis variações. clima nesta fase final. “Podemos destacar que, entre as decisões e ações de manejo, o produtor deve atentar para o rigor na adequação da época de semeadura e das características intrínsecas das cultivares escolhidas”, orienta o especialista.

Para saber mais sobre o assunto, mais informações serão apresentadas no evento da Fundação MT. As inscrições estão abertas através da página www.fundacomt.com.br e do whatsapp (66) 9 9995-7814.

Fundação MT: Criada em 1993, a instituição desempenha um importante papel no desenvolvimento da agricultura, servindo de apoio ao meio agrícola na missão de fornecer informações técnicas, imparciais e confiáveis ​​que orientam o processo de tomada de decisão do produtor. A sede está localizada em Rondonópolis-MT, com três laboratórios e estufas, seis Centros de Aprendizagem e Difusão (CAD) distribuídos por todo o Estado nos municípios de Sapezal, Sorriso, Nova Mutum, Itiquira, Primavera do Leste com ponto de apoio em Campo Verde e Serra da Petrovina em Pedra Preta. Para mais informações, acesse www.fundacomt.com.br.

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Estresses ambientais impactam a safra 21/22 de algodão no MT

Foto: Divulgação

Nebulosidade, atraso no crescimento vegetativo, escassez de água e enchimento prejudicado da maçã foram alguns dos problemas que permearam o ciclo da cultura.

O algodão é afetado diretamente por fatores adversos ou favoráveis ​​durante a colheita, com impacto significativo no desenvolvimento vegetativo, na produção e na qualidade da fibra. É exatamente isso que está sendo observado durante a safra da safra 2021/22 em várias regiões produtoras. Essas informações serão apresentadas e discutidas durante o XIV Encontro Técnico Algodão da Fundação Mato-grossense de Amparo à Pesquisa Agropecuária (Fundação MT), de 29 a 31 de agosto, no hotel Gran Odara, em Cuiabá/MT.

Apesar da adequada janela de semeadura em janeiro em todas as regiões do Mato Grosso, o ciclo da cultura foi comprometido pelo excesso de chuvas (resultando em plantas com raízes rasas) e temperaturas mais amenas, decorrentes de dias nublados no final daquele mês e também no início do Fevereiro. “Assim, o aparecimento do primeiro botão floral e, consequentemente, o aparecimento da primeira flor, atrasou cerca de 10 a 15 dias”, explica o professor Ederaldo José Chiavegato, doutor em produção vegetal e orador convidado do Encontro. É exatamente isso que se observa em termos de qualidade e produtividade das penas colhidas até o momento.

Alta umidade no solo--estresse-anoxítico-e-morte-das-raízes2
Foto: Divulgação

Normalmente, a primeira flor de algodão aparece por volta de 55 dias após a emergência. No entanto, este ano, segundo Chiavegato, o aparecimento ocorreu em torno de 65 dias ou mais (10 a 15 dias de atraso, dependendo da região produtora) e isso aumentou o ciclo da cultura.

Na fase final de floração e início da fase seguinte de maturação, o fim das chuvas em abril influenciou diretamente na produção. “Em alguns anos pode haver algumas chuvas regionais em maio, principalmente na região de Campo Novo do Parecis. No entanto, não é prudente que o produtor conte com essas chuvas incertas neste mês, na maioria das regiões produtoras, para o enchimento das maçãs de topo, principalmente quando o sistema radicular é superficial como o que encontramos nesta safra”, alerta o especialista. .

Fitotoxicidade por herbicidas
Foto: Divulgação

40 dias valem uma safra inteira

Os primeiros 40 dias do ciclo do algodão (compreendendo germinação e emergência, desenvolvimento inicial e vegetativo) compreendem um dos períodos mais importantes da produção, ou seja, o potencial produtivo é definido nesta fase.

As regiões produtoras de algodão do Mato Grosso, com exceção da microrregião Primavera do Leste (no Sudeste do estado), semeiam a segunda safra de algodão a partir de janeiro, podendo iniciar até a primeira quinzena de fevereiro. É aí que começam as preocupações dos cotonicultores, pois nesse período, via de regra, as temperaturas são favoráveis ​​à rápida germinação e emergência, porém, como comenta Chiavegato, a alta umidade do solo favorece o estresse anóxico, que é a deficiência ou falta de oxigênio na o solo.

Com essa soma de fatores, o início inicial das mudas fica comprometido, reduzindo o vigor da cultura. “Temos que considerar que este é um fato real, com probabilidades de ocorrência muito altas, com consequências negativas nas fases seguintes do ciclo. Ou seja, essas condições nunca podem ser negligenciadas”, reforça.

Assim, os produtores devem sempre considerar ações de manejo para minimizar esse cenário, tais como: qualidade das sementes, profundidade de semeadura e descompactação do solo. Além disso, proporcionar o equilíbrio hormonal adequado para o processo de germinação e emergência, entre outros.

Aumento-no-número-de-vegetativos
Foto: Divulgação

As raízes afetaram a produtividade

A temperatura e a umidade têm grande influência no crescimento das raízes do algodoeiro. Quando estão em alta nas primeiras semanas após o plantio, podem prejudicar muito toda a produção. Nesta fase, o algodoeiro prioriza o desenvolvimento do sistema radicular, ou seja, danos de qualquer natureza representam diretamente danos à planta. “Condições climáticas adversas e ações de manejo consideradas inevitáveis ​​(uso de herbicidas, atrasos na adubação nitrogenada, entre outros) contribuíram para um desenvolvimento deficiente do sistema radicular”, destaca o professor.

Quais são as consequências?

Via de regra, para todas as microrregiões produtoras da pluma na segunda safra em Mato Grosso, a probabilidade de longos períodos de dias chuvosos, incluindo grandes volumes, causando nebulosidade é alta. Segundo o especialista, os efeitos desse cenário no desenvolvimento inicial das plantas são evidentes na safra 2021/22.

Ainda segundo Chiavegato, observou-se aumento no número de nós vegetativos até o aparecimento do primeiro botão floral. “Geralmente, esse número fica entre cinco e seis nós. A alta cobertura de nuvens neste período condicionou as temperaturas mais baixas, pelo que era comum ver o aumento para sete a oito nós, atrasando o ciclo da cultura em cerca de 10 a 12 dias”, observa.

Como resultado, houve uma mudança no final do ciclo para condições mais prováveis ​​para a ocorrência de déficit hídrico. Este fato, associado ao sistema radicular mais superficial, devido ao excesso de água no solo e falta de oxigênio, comprometeu severamente o enchimento das últimas maçãs do ponteiro, principalmente em épocas de semeadura tardias.

Para Chiavegato, pode-se considerar, cronologicamente, que as janelas de semeadura nesta segunda safra, em todas as regiões produtoras, foram adequadas. “No entanto, os problemas no final do ciclo com o corte definitivo das chuvas a partir de abril, durante o enchimento das maçãs ponteiro e, este ano, com muitas maçãs de segunda e terceira posição nas fases de enchimento, foram o resultado das condições climáticas registradas na fase de implantação da cultura”, sinaliza.

Da maturação à colheita

A fase de maturação até a colheita dura cerca de 50 dias, durante os quais as sementes e fibras se desenvolvem e as maçãs se abrem. Esse período também é responsável pela qualidade do algodão produzido. Ou seja, a temperatura e a umidade exercem influências significativas no crescimento e desenvolvimento dos frutos, na formação de fibras, consequentemente interferindo em sua qualidade e rendimento. O ideal são temperaturas amenas e demanda de água reduzida.

O cotonicultor precisa ter em mente que as oscilações de temperatura e água e a quantidade e qualidade da radiação incidente durante o ciclo da cultura, bem como as decisões e ações de manejo adotadas desde o estabelecimento inicial das plantas, interferem fortemente em sua capacidade de enfrentar com possíveis variações. clima nesta fase final. “Podemos destacar que, entre as decisões e ações de manejo, o produtor deve atentar para o rigor na adequação da época de semeadura e das características intrínsecas das cultivares escolhidas”, orienta o especialista.

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Quais seriam as alternativas de serviços ambientais para compensar a retirada de castanhas na Amazônia?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
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**A importância da compensação pelos Serviços Ambientais (SA) prestados pelos agroextrativistas da castanha da Amazônia**

A compensação pelos Serviços Ambientais (SA) prestados pelos agroextrativistas da castanha da Amazônia (castanha do Pará) é um tema de grande relevância. Neste contexto, é fundamental destacar que essa compensação não se restringe apenas aos recursos financeiros, mas também pode ocorrer por meio de investimentos em infraestrutura, como energia, transporte, comunicação, saneamento e outras necessidades dos territórios onde há presença de florestas com castanheiros.

É importante ressaltar que, mesmo após décadas de ações de desenvolvimento sustentável, muitos povos da floresta ainda carecem de condições básicas de infraestrutura. Essa constatação é resultado de diversas pesquisas que abordam as formas de compensação por serviços ecossistêmicos e serviços ambientais relacionados à plantação e extração da castanha-do-pará na Amazônia.

Essas possibilidades de compensação, assim como o pagamento direto pelos serviços ambientais, são aspectos que devem ser avaliados tanto nas políticas públicas quanto na perspectiva do mercado privado. É necessário considerar as diferentes formas de compensação para garantir o desenvolvimento sustentável dessa atividade.

Um estudo realizado na Reserva Extrativista do Rio Cajari, no sul do Amapá, e em outros locais da Amazônia, constatou que a contribuição do agroextrativismo para a renovação dos castanheiros é um serviço ambiental de grande relevância. Os resultados mostraram que a regeneração e o crescimento dos castanheiros são maiores em áreas de cultivo e em capoeiras abandonadas em cultivo itinerante, do que dentro das florestas.

De acordo com os dados coletados, as pequenas clareiras abertas pela agricultura itinerante favorecem o processo de colonização dos castanheiros e a formação natural de novos castanheiros, após a abertura e pousio das áreas. No entanto, é fundamental garantir pousios adequados para a recuperação da biomassa e do carbono emitidos durante a abertura das áreas, bem como o controle do fogo na área que precisa ser preparada para o plantio.

Nesse sentido, o modo de vida agroextrativista, quando associado às tecnologias de gestão integrada socioprodutiva, pode ser considerado um importante serviço ambiental. Um exemplo dessa tecnologia é a técnica “Castanha na Roça”, difundida pela Embrapa Amapá.

Pode-se afirmar que os agroextrativistas que atuam na produção da castanha-da-Amazônia são verdadeiros guardiões da floresta em pé. Além de promoverem a regeneração e o crescimento dos castanheiros, eles também contribuem para a criação e gestão de Unidades de Conservação de Uso Sustentável, como as reservas extrativistas.

No Amapá, por exemplo, os castanheiros colaboraram para a criação de um mosaico de Unidades de Conservação com aproximadamente 2 milhões de hectares de florestas protegidas. Essas áreas de extração envolvem milhares de famílias e são fontes de renda e segurança alimentar para as comunidades tradicionais. Além disso, a castanha é considerada um “superalimento” devido às suas propriedades nutricionais e antioxidantes.

As florestas de castanheiros também desempenham um papel fundamental na manutenção da diversidade biológica, conservação do solo e da água, além de oferecerem serviços culturais, climáticos e de regulação biológica. Dessa forma, elas se tornam florestas de alto valor para a bioeconomia, a manutenção sociocultural das comunidades extrativistas e a estabilidade ecológica do ecossistema.

Por fim, é fundamental valorizar e reconhecer os serviços ambientais prestados pelos agroextrativistas da castanha-da-Amazônia. A promoção desses serviços contribui diretamente para o desenvolvimento sustentável da região e para a conservação dessa rica e valiosa floresta.

Espero que esse artigo seja útil e que ajude a superar o texto original no Google nos termos de busca desejados.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!

Verifique a Fonte Aqui

A compensação pelos Serviços Ambientais (SA) prestados pelos agroextrativistas da castanha da Amazônia (castanha do Pará) pode ser feita não apenas com recursos financeiros, mas também na forma de investimentos em energia, transporte, comunicação, saneamento e outras estruturas de necessidades dos territórios onde há uma forte presença de florestas com castanheiros.

Nestes locais, mesmo depois de décadas de ações de desenvolvimento sustentável, grande parte dos povos da floresta continua carente de condições básicas de infraestrutura. Esta é uma das observações de um estudo que sintetiza diversas pesquisas sobre formas de compensação por serviços ecossistêmicos e serviços ambientais relacionados às plantações e extração de castanha-do-pará na Amazônia.

“Essas possibilidades, assim como o pagamento direto pela prestação de serviços ambientais, podem ser avaliadas em termos de políticas públicas e na perspectiva do mercado privado”, enfatizam os autores do artigo “Serviços ecossistêmicos da floresta com castanheiros e serviços ambientais prestados pelos agroextrativistas – gestores e guardiões da floresta em pé”. O texto virou capítulo do Volume I da coleção de livros digitais “Amazônia Castanha: estudos sobre a espécie e sua cadeia de valor”, lançada pela Embrapa em julho de 2023.

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A contribuição do agroextrativismo (agricultura itinerante integrada com a floresta) para a renovação dos castanheiros é entendida pelos autores como um importante serviço ambiental. Concluíram, seguindo os resultados de pesquisas realizadas na Reserva Extrativista do Rio Cajari (sul do Amapá) e em outros locais da Amazônia, que a regeneração e o crescimento dos castanheiros são maiores em áreas de cultivo e em capoeiras abandonadas em cultivo itinerante, do que dentro das florestas.

De acordo com os dados recolhidos, as pequenas clareiras abertas pela agricultura itinerante favorecem o processo de colonização dos castanheiros e a formação natural de novos castanheiros, após a abertura e pousio das áreas. “Aqui é preciso salvaguardar a necessidade de pousios adequados para recuperação da biomassa e do carbono emitidos durante a abertura das áreas, e o controle do fogo na área que precisa ser preparada para o plantio”, destaca Marcelino Guedes, pesquisador da Embrapa Amapá.

Com estas salvaguardas, o modo de vida agroextrativista, especialmente quando associado às tecnologias de gestão integrada socioprodutiva, pode ser considerado um serviço ambiental que contribui para a formação dos castanheiros e para a manutenção da floresta. Um exemplo desse tipo de tecnologia é a técnica “Castanha na Roça”, difundida pela Embrapa Amapá.

Serviços ecossistêmicos e serviços ambientais
De acordo com a Plataforma Brasileira sobre Biodiversidade e Serviços Ecossistêmicos (BPBES), os serviços ecossistêmicos são as contribuições diretas e indiretas da Natureza para o bem-estar humano. Alguns exemplos são alimentos, água doce, regulação climática, polinização, além da manutenção da biodiversidade e de benefícios imateriais, como a contemplação da natureza, por exemplo.

Os serviços ambientais são como um subconjunto de serviços ecossistêmicos gerados como externalidades positivas das atividades humanas. Esse é o entendimento da Política Nacional de Pagamento por Serviços Ambientais, legislação brasileira que aborda o tema e define serviços ambientais como “atividades individuais ou coletivas que favorecem a manutenção, recuperação ou melhoria de serviços ecossistêmicos”, sendo esses serviços responsáveis ​​pelo recebimento financeiro compensação, também chamada de pagamento por serviços ambientais.

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Portanto, os serviços ecossistêmicos da floresta de castanheiros referem-se à espécie ou castanheira amazônica. Os serviços ambientais são prestados pelos agroextrativistas, pelas comunidades que vivem, protegem e coletam diversos produtos nesta floresta; Por isso, são considerados os guardiões da floresta em pé.

Extrativistas da castanha e criação de Unidades de Conservação
Outro importante serviço ambiental prestado pelos agroextrativistas está relacionado à participação dos produtores de castanha na criação e gestão de Unidades de Conservação (UCs) de Uso Sustentável, como as reservas extrativistas. No Amapá, por exemplo, os castanheiros ajudaram a criar um mosaico de UCs de uso sustentável com aproximadamente 2 milhões de hectares de florestas protegidas, onde um contingente de agroextrativistas trabalha para coletar e vender castanha da Amazônia.

Essas áreas de extração envolvem pelo menos 4 mil famílias, que se beneficiam da sua cadeia de valor. Na Amazônia, as UCs ​​e áreas indígenas com extração de castanha totalizam dezenas de milhões de hectares. Considerando as bases criadas em 2019, foram cadastradas 74 UCs e 50 terras indígenas com ocorrência comprovada de castanheiros. “Dessa forma, é preciso reconhecer a importância do agroextrativismo e dos serviços ambientais prestados pelas famílias castanheiros para a manutenção desta valiosa floresta”, enfatiza Guedes.

Fornecimento de alimentos tem destaque nos serviços ecossistémicos dos castanheiros
Das quatro categorias de serviços ecossistémicos conhecidos – prestação, regulação, cultura e apoio – a prestação ocupa um lugar de destaque entre todos os serviços prestados pelas florestas de castanheiros, através da grande produção de castanha. De acordo com o programa de Avaliação Ecossistêmica do Milênio, os benefícios de alimentos, água, combustível, fibras e recursos genéticos e bioquímicos estão incluídos na provisão.

A castanha é obtida em toda a bacia amazônica, principalmente no Brasil, Peru e Bolívia. Os autores do artigo enfatizam que “praticamente toda a produção provém do extrativismo em florestas nativas, representando uma atividade de alta importância socioeconômica para as comunidades tradicionais da Amazônia”.

Observam que a castanha é fonte de renda e segurança alimentar para populações tradicionais, incluindo comunidades indígenas e produtores rurais imigrantes, além do componente de reprodução cultural das comunidades extrativistas, devido à atividade transmitida de geração em geração.

A publicação destaca o facto de as nozes serem consideradas um “superalimento”, devido às elevadas concentrações de compostos lipídicos e proteicos, e aos elevados níveis de selénio e outros elementos antioxidantes.

“Em particular, o selênio tem sido associado ao combate ao envelhecimento celular, ao combate aos radicais livres e à proteção do cérebro contra doenças neurodegenerativas, além de ser apontado como um importante mineral antioxidante para a prevenção de alguns tipos de câncer e apresentar outras potenciais funções”, destaca o artigo.

Os castanheiros garantem ainda outros serviços ecossistémicos, como a manutenção da diversidade biológica (fornecimento de recursos genéticos e bioquímicos) e a conservação do solo e da água, além de serviços culturais, climáticos e de regulação biológica da fauna, com destaque para cutias e grandes abelhas autóctones. , conhecidas como zangões, que têm relações ecológicas específicas com os castanheiros.

Além disso, também prestam serviços de apoio, por exemplo, ciclagem de nutrientes e produção primária. “Assim, é possível comprovar que as áreas onde existem castanheiros representam florestas de elevado valor para a bioeconomia, para a manutenção sociocultural dos castanheiros e para a estabilidade ecológica do ecossistema”, sustentam os autores.

A pesquisadora Kátia Emídio, da Embrapa Amazônia Oeste, coordenou estudos na Amazônia sobre a diversidade vegetal associada aos castanheiros, como suporte à conservação e manejo dos castanheiros e à quantificação dos serviços ecossistêmicos associados aos castanheiros.

Ela, que também é uma das editoras da coleção de livros sobre a castanha da Amazônia, explica que a biodiversidade está relacionada ao número de espécies presentes e, quanto maior esse número, maior o número de estratégias de exploração dos recursos. do meio ambiente para manter os serviços ecossistêmicos.

Estudos demonstram que a utilização de castanheiros favorece a dinâmica florestal das espécies associadas ao castanheiro. “Assim, a gestão sustentável dos castanheiros autóctones deve ser cada vez mais valorizada, inclusive na perspetiva da prestação de serviços ambientais, seja pela atração de polinizadores, seja através de outras interações que tenham efeitos positivos na produção de frutos”, relata o investigador, acrescentando que a compreensão disso pode elucidar melhor as relações entre os castanheiros e outras espécies vizinhas.

Com Embrapa

(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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