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Reduzindo estresse na desmama: interação e objetos para bezerros.

Introdução

Neste artigo, abordaremos a importância do enriquecimento social e físico para bezerros leiteiros, especialmente durante a fase de aleitamento. O experimento conduzido pela Embrapa Pecuária Sudeste buscou minimizar os impactos negativos dessa fase, avaliando os benefícios do enriquecimento social no comportamento dos animais. Veremos como a interação com objetos como escova, bola e espantalho pode influenciar positivamente o desenvolvimento dos bezerros, proporcionando bem-estar e reduzindo comportamentos indesejados. A criação coletiva de bezerros e a inserção de “brinquedos” pode ser uma solução simples e eficaz para melhorar a saúde e o desempenho produtivo dos animais.

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Resultados do Experimento

A pesquisa realizada pela Embrapa Pecuária Sudeste avaliou os efeitos do enriquecimento social e físico no comportamento dos bezerros leiteiros. Dentre os objetos oferecidos, a escova foi a mais utilizada pelos animais, seguida pela bola e espantalho. A interação social e o comportamento de explorar o ambiente foram observados com maior frequência nos lotes enriquecidos, resultando em menor tempo de pastejo e maior visita ao concentrado. Não houve influência dos enriquecimentos no ócio e na ruminação dos bezerros.

Interpretação dos Resultados

A pesquisadora Teresa Alves destacou que a interação dos bezerros com os objetos oferecidos durante o experimento foi positiva para o bem-estar dos animais. O tempo gasto com a escova pode estar relacionado ao instinto natural dos bovinos de se coçarem, enquanto a interação com o espantalho nos horários próximos ao fornecimento de leite pode ter sido associada ao contato humano-animal. A criação coletiva de bezerros promoveu interações sociais, contribuindo para um enriquecimento do ambiente.

Conclusão do Estudo

O experimento da Embrapa Pecuária Sudeste demonstrou que o enriquecimento social e físico pode influenciar positivamente o comportamento dos bezerros leiteiros, proporcionando benefícios funcionais e biológicos. A interação dos animais com os objetos disponibilizados promoveu um ambiente mais estimulante, favorecendo o bem-estar e o desenvolvimento cognitivo dos bezerros. Essa abordagem pode ser uma alternativa viável para minimizar os impactos negativos da separação dos filhotes de suas mães, contribuindo para o manejo mais adequado dos animais.

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Conclusão: Enriquecimento Social e Físico para Bezerros Leiteiros

O estudo realizado pela Embrapa Pecuária Sudeste evidencia os benefícios do enriquecimento social e físico para bezerros leiteiros em sistemas a pasto. A interação com objetos como escova, bola e espantalho promoveu uma melhoria no comportamento dos animais, reduzindo o estresse e estimulando o desenvolvimento cognitivo. Os resultados demonstram que a criação coletiva, aliada ao enriquecimento do ambiente, pode proporcionar um melhor bem-estar aos bezerros, impactando positivamente em sua saúde e desempenho produtivo. Portanto, investir nesse tipo de prática pode ser uma estratégia eficaz para melhorar as condições de criação e desenvolvimento dos bezerros leiteiros, visando a sustentabilidade e produtividade da atividade leiteira.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O impacto do enriquecimento social e físico na criação de bezerros leiteiros

A fase de aleitamento é um período sensível e estressante para os bezerros leiteiros, devido ao afastamento da mãe e ao isolamento social. Com o objetivo de minimizar os impactos negativos desse período, a Embrapa Pecuária Sudeste realizou um experimento para avaliar a eficácia do enriquecimento social e físico.

FAQs:

1. Por que a separação entre bezerro e mãe é tão comum na criação de bezerros leiteiros?

A separação entre bezerros e mães logo após o nascimento é frequente para garantir uma maior eficiência na ingestão de colostro. Isso ajuda a reduzir a transmissão de doenças e a competição por alimento.

2. Como o enriquecimento social e físico pode beneficiar os bezerros leiteiros?

O enriquecimento social e físico pode melhorar a capacidade dos animais em lidar com mudanças de ambiente, oferecendo estímulos cognitivos e interações sociais importantes para o desenvolvimento saudável.

3. Quais são os objetos de enriquecimento usados no experimento da Embrapa?

No experimento da Embrapa Pecuária Sudeste, foram utilizados objetos como escova, bola e espantalho para oferecer estímulos físicos e mentais aos bezerros leiteiros.

4. Qual foi o comportamento observado nos bezerros em relação aos objetos de enriquecimento?

No experimento, os bezerros interagiram principalmente com a escova (48,2%), seguida pela bola (26,5%) e pelo espantalho (25,6%). Essa interação contribuiu para reduzir o tempo ocioso e aumentar a atividade exploratória.

5. Como o experimento foi conduzido e quais foram os resultados obtidos?

O estudo contou com 35 bezerros leiteiros de raças Holandês e Jersolando, divididos em grupos com e sem enriquecimento social e físico. Os resultados mostraram que os bezerros que tiveram acesso aos objetos de enriquecimento apresentaram comportamentos mais ativos e menos estresse durante o aleitamento.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

bezerros leiteiros Foto Gisele Rosso embrapa
Na imagem, o experimento que contou com bolas e escovas (marcadas com um círculo) e espantalhos como enriquecimento físico do ambiente. Foto: Gisele Rosso

A fase de aleitamento é um período sensível e estressante  para os bezerros leiteiros, por conta do afastamento da mãe e, em alguns casos, do isolamento social. Buscando alternativas para  minimizar os impactos negativos dessa fase, a Embrapa Pecuária Sudeste conduziu um experimento para testar a efetividade do enriquecimento social e físico.

A pesquisa avaliou os efeitos do enriquecimento social no comportamento dos bezerros leiteiros em sistemas a pasto. O intuito, de acordo com a pesquisadora Teresa Alves, foi melhorar a capacidade dos animais em lidar com mudanças de ambiente. Além disso, o enriquecimento físico, com a disponibilização de objetos como escova, bola e espantalho, buscou identificar benefícios funcionais e biológicos.

A separação do filhote e a mãe logo após o nascimento é uma prática corriqueira entre os produtores de leite, principalmente para assegurar maior eficiência no recebimento do colostro. Quando separados, muitos são colocados em baias individuais, a fim de diminuir a transmissão de doenças e a competição por alimento.

Por outro lado, a criação coletiva de bezerros oferece um ambiente com espaço e estímulos necessários ao bom desenvolvimento cognitivo. A interação com outros animais pode melhorar a capacidade de lidar com mudanças de ambiente e situações de estresse. Porém, um desafio frequente nesse modelo é a ocorrência da mamada cruzada (ato de bezerros em sugar um ao outro).

Tal ação pode resultar em ferimentos de partes do corpo do animal sugado e interferir no desempenho produtivo. Nesse caso, a inserção de “brinquedos” é uma forma de reduzir o problema, melhorando sanidade, índices reprodutivos, aumento da aptidão inclusiva e redução de comportamento doloroso. E não é necessário um grande investimento para o produtor.

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Resultados

Nos lotes com enriquecimentos social e físico a interação social e o comportamento de explorar o ambiente foram menores, visto que os animais ocuparam parte do tempo interagindo com os objetos oferecidos. Os bezerros interagiram em maior frequência com a escova (48,2%), seguida da interação com bola (26,5%) e com o  espantalho (25,6%). Além disso, neste grupo houve maior frequência de visita ao concentrado e menor tempo em pastejo. Em relação ao ócio e à ruminação, não ocorreu influência dos enriquecimentos entre os lotes.

Para Teresa, o maior tempo gasto com a escova pode ser explicado pelo fato dos bovinos se coçarem para remover sujeira, restos de excrementos, ectoparasitas e fluídos corporais. Assim, a incorporação de objetos com algum tipo de função específica é eficaz para o bem-estar. “A criação de bezerros em grupo promove um importante enriquecimento que são as interações sociais, embora quando disponibilizado ‘brinquedos’, eles gastam tempo interagindo com esses recursos”, destacou Teresa.

A pesquisadora considera que a interação dos bezerros com o espantalho nos horários próximos ao fornecimento do leite pode estar relacionada com o contato humano-animal. É provável que os bezerros tenham associado à imagem do espantalho à pessoa responsável pelo manejo, uma vez que os bonecos usavam a mesma vestimenta dos tratadores.

Experimento

Participaram do estudo 35 bezerros das raças Holandês e Jersolando distribuídos em dois tratamentos: um apenas com enriquecimento social – piquetes coletivos de criação; e outro com enriquecimento social e físico. Nesses, além dos piquetes serem coletivos, foram colocados diferentes objetos (espantalho, bola e escova), oferecidos simultaneamente.

O experimento foi conduzido no Sistema de Produção de Leite da Embrapa Pecuária Sudeste, em São Carlos (SP). A distribuição dos grupos foi aleatória, com a condição de que os animais não tivessem diferença de idade maior do que 15 dias e, no máximo, cinco filhotes.

Os bezerros foram separados de suas mães logo após o nascimento e receberam o colostro por meio de baldes individuais com bico. Desde o primeiro dia de vida, tiveram acesso livre à água e ao concentrado. O desaleitamento ocorreu, gradativamente, próximo aos dois meses de idade.

O sistema de criação coletivo possui área composta por capim Cynodon, com 12 piquetes de 64m² cada, com sombra artificial. A pesquisadora explicou que o sistema foi planejado para que houvesse piquetes ociosos para mudança do lote para áreas com melhor qualidade sanitária, principalmente no período das chuvas.

Os animais foram avaliados diariamente e pesados a cada 14 dias, com a avaliação de mucosa, infestação de carrapatos e temperatura retal. As observações comportamentais também foram a cada 14 dias, anotadas durante 10 horas, com identificação dos bezerros. Foram 60 dias de observações do comportamento do nascimento ao desmame.

 

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