Qual e a necessidade estimada de aumento na producao de

Qual é a necessidade estimada de aumento na produção de alimentos?

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Ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão é essencial para se manter atualizado e aproveitar as oportunidades dessa importante área da economia. Neste artigo, traremos informações essenciais sobre a necessidade de aumentar a produção alimentar e a importância da redução do desperdício para atender à demanda global. Além disso, exploraremos as perdas na cadeia de produção, transporte e processamento de alimentos, destacando os números alarmantes e as consequências econômicas e nutricionais dessas perdas.

A FAO estima que até 2050 será necessário aumentar a produção alimentar em 50% para suprir a demanda global. O crescimento populacional continuará ocorrendo nas próximas décadas, assim como o aumento da renda per capita. Esses dois fatores são os principais responsáveis pelo aumento da demanda por alimentos em todo o mundo. No entanto, a disponibilidade de área para a agricultura é restrita e as inovações tecnológicas e sua adoção são afetadas pelas mudanças climáticas em curso.

Diante desse cenário, a redução do desperdício alimentar se torna ainda mais importante. Estudos apontam que entre 30% e 50% dos alimentos produzidos no mundo são perdidos ao longo da cadeia, desde as colheitas até o consumo humano. Esses números se tornam ainda mais alarmantes quando consideramos que cerca de 828 milhões de pessoas em todo o mundo foram afetadas pela fome em 2021, segundo a FAO.

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Parte das perdas ocorre nos primeiros elos da cadeia, durante a produção, armazenamento, transporte e processamento dos produtos agrícolas. Estima-se que as perdas nessa fase cheguem a 15%. Entre 2000 e 2020, a produção global dos cinco principais grãos (arroz, trigo, milho, soja e cevada) aumentou em 50%, sendo o Brasil o principal responsável por um aumento de 109% na produção, segundo a Conab.

Ao analisarmos as perdas globais desses grãos em 2020, chegamos a uma perda de 458,1 milhões de toneladas, o que equivale ao dobro da produção brasileira. Essas perdas representam um prejuízo de US$ 176,1 bilhões, valor superior ao PIB combinado de mais da metade dos países da América Latina e do Caribe. Em termos de conteúdo calórico, as perdas de grãos chegam a 1.600 trilhões de kcal, o que seria suficiente para atender à demanda energética de 120% da população mundial afetada por deficiência nutricional.

No Brasil, a estimativa é que as perdas dos cinco principais grãos em 2020 atinjam 36,7 milhões de toneladas, o que representa um prejuízo de R$84,8 bilhões. Em termos de energia, essas perdas equivalem a 139,3 trilhões de kcal, o que seria suficiente para atender à demanda energética de oito vezes a população considerada nutricionalmente vulnerável no país. Convertendo o valor das perdas em cestas básicas, seria possível comprar 134,8 milhões delas, o suficiente para alimentar 11,2 milhões de pessoas por ano.

Esses números nos convidam à reflexão e à ação. Produtores, agrônomos, líderes do setor, formuladores de políticas públicas e autoridades governamentais precisam se concentrar na redução das perdas alimentares. Essa redução deve ser feita de forma cada vez mais sustentável, atendendo à demanda mundial por alimentos.

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Em conclusão, a necessidade de aumentar a produção de alimentos e reduzir o desperdício é crucial para suprir a demanda global e garantir a segurança alimentar. As perdas ao longo da cadeia de produção são alarmantes e representam prejuízos econômicos e nutricionais significativos. É essencial que todos os envolvidos no agronegócio brasileiro trabalhem juntos para minimizar essas perdas e fornecer alimentos de qualidade para a população.

Perguntas para geração de altas visualizações:
1. Como as mudanças climáticas afetam a produção agrícola e as perdas alimentares?
2. Qual é o impacto das perdas de alimentos na economia global?
3. Quais são os principais fatores responsáveis pelo desperdício alimentar ao longo da cadeia de produção?
4. Como o Brasil tem contribuído para o aumento da produção global dos principais grãos?
5. Quais são as estratégias e iniciativas adotadas no país para reduzir as perdas alimentares?

Acompanhe as últimas notícias e informações sobre o agronegócio brasileiro em nosso site. Mantenha-se atualizado e contribua para uma produção agrícola mais eficiente e sustentável. Juntos, podemos superar os desafios e garantir a oferta de alimentos de qualidade para o mundo todo.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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As estimativas da FAO apontam para a necessidade de aumentar a produção alimentar em 50%, a fim de satisfazer a procura global em 2050. A população mundial continuará a crescer durante pelo menos mais 40 anos; A renda per capita continuará a aumentar por muito tempo. Os dois fatores, atuando em conjunto, são os principais responsáveis ​​pelo aumento da demanda por alimentos no mundo. Por outro lado, a oferta depende, principalmente, da disponibilidade de área adicional, que já é restrita; e a produtividade, que depende das inovações tecnológicas e da sua adopção, mas ambos os factores serão afectados negativamente pelas alterações climáticas em curso.

Neste contexto, toda contribuição para atender ao consumo global torna-se importante. E uma delas é a redução do desperdício alimentar para os valores mínimos tecnicamente possíveis. Um estudo realizado pelo Instituto de Engenharia Mecânica do Reino Unido descobriu que cerca de 30-50% do total de alimentos produzidos no mundo podem ser perdidos ao longo da cadeia, entre as colheitas e o estômago humano. Estes números tornam-se ainda mais inaceitáveis ​​quando a FAO nos informa que, em 2021, cerca de 828 milhões de pessoas no mundo foram afetadas pela fome.

Parte da responsabilidade pelas perdas reside nos elos iniciais da cadeia, envolvendo produção, armazenamento, transporte e processamento de produtos agrícolas. O valor estimado para perdas nesta fase é de 15%. Entre 2000 e 2020, a produção global dos cinco principais grãos (arroz, trigo, milho, soja e cevada) cresceu 50%, sendo o Brasil o principal responsável, com um aumento de 109% na produção, segundo a Conab. Como a referência de perdas é um valor percentual, à medida que aumenta a produção agrícola, as perdas aumentam na mesma proporção.

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Os técnicos da Conab focaram na questão da perda de grãos na etapa inicial das cadeias dos cinco principais grãos, obtendo os resultados apresentados a seguir.

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Perdas globais

A produção global combinada de arroz, cevada, milho, soja e trigo, em 2020, foi de 3,05 Gt. Com base nesse número, os autores projetaram uma perda de 458,1 Mt, o que equivale ao dobro da produção brasileira. Considerando os preços médios de mercado de março de 2022, para cada produto, as perdas totalizaram US$ 176,1 bilhões. Este valor é superior ao PIB combinado de mais da metade dos países da América Latina e do Caribe.

Em termos de conteúdo calórico, as perdas de grãos chegam a 1.600 trilhões de kcal, o que permitiria atender à demanda energética de 120% da população mundial afetada por deficiência nutricional, segundo estimativas da FAO.

Perdas no Brasil

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Em 2020, a Conab estima a produção brasileira dos cinco principais grãos em 244,8 milhões de toneladas. Utilizando o mesmo índice acima (15%), o valor das perdas é estimado em 36,7 Mt. De acordo com o preço dos produtos nos dias 21 a 25/03/2022, a estimativa dos técnicos da Conab é de perdas equivalentes a R$84,8 bilhões. Em termos de energia contida nos alimentos, o valor equivale a 139,3 trilhões de kcal, o que atenderia à demanda energética de oito vezes a população considerada nutricionalmente vulnerável no Brasil.

Outro cálculo feito pelos técnicos da Conab foi a conversão do valor das perdas (R$ 84,8 bilhões) em cestas básicas, o que permitiria a compra de 134,8 milhões delas. Como são projetados para atender às necessidades de um trabalhador adulto por 30 dias, seria possível alimentar 11,2 milhões de pessoas por ano, ou quase 60% dos brasileiros que passaram fome em 2020, segundo estimativas do Governo Federal.

Os números acima convidam à reflexão de produtores, agrônomos, líderes do setor, formuladores de políticas públicas, autoridades governamentais e todos os brasileiros. O foco deve ser a redução da maior quantidade possível de perdas alimentares, no menor tempo possível, para satisfazer a procura mundial de alimentos, de forma cada vez mais sustentável.

Com artigo de Décio Luiz Gazzoni, Engenheiro Agrônomo, pesquisador da Embrapa.

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(Tatiane Bertolino/Sou Agro)

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