Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!
O agronegócio brasileiro é um tema que desperta cada vez mais discussões e debates na sociedade. Nesse contexto, a comunicação desempenha um papel crucial na relação entre o setor e a população em geral. Para superar essa guerra ideológica e fortalecer o diálogo, é necessário investir em uma comunicação mais eficaz e consciente.
É importante reconhecer que o agronegócio não é uma entidade distante e inacessível, mas sim parte integrante da nossa sociedade. Ele começa no campo, onde agricultores e pecuaristas se dedicam arduamente para produzir alimentos e matérias-primas, e se estende até as cidades, onde esses produtos são processados, distribuídos e consumidos. No entanto, muitas vezes a imagem pública do agronegócio é distorcida, o que pode gerar uma desconexão com a sociedade.
Durante a pandemia, enquanto a maioria da população enfrentava dificuldades financeiras e restrições, o agronegócio divulgava constantemente o slogan “o agronegócio não para”. Embora essa afirmação seja verdadeira e demonstre a resiliência do setor, a falta de sensibilidade no momento certo contribuiu para a sensação de desconexão entre o agronegócio e a sociedade. Além disso, a publicação frequente de preços elevados da carne bovina pode ter criado uma percepção equivocada de prosperidade generalizada, o que não reflete necessariamente a realidade financeira de todos os envolvidos na cadeia produtiva.
Um dos principais desafios é o investimento em marketing e comunicação. É fundamental destinar recursos para essas áreas, visando alcançar todos os setores da sociedade. Muitas vezes, a mídia só foca no agronegócio quando há polêmica ou crítica, o que contribui para uma visão parcial do setor. Além disso, a exposição na mídia, especialmente em programas de TV das principais emissoras globais, é cara, limitando a capacidade do setor de se comunicar efetivamente com a sociedade.
Outro aspecto a considerar é o desaparecimento gradativo das feiras agrícolas, que costumavam ser uma oportunidade para famílias de baixa renda terem acesso a exposições de animais e à cultura rural. No entanto, nos últimos anos, essas feiras têm dado lugar a espetáculos pagos, tornando-as inacessíveis para muitos. Esse movimento contribuiu para o afastamento do agronegócio de uma parcela significativa da sociedade.
É fundamental transmitir constantemente que o campo e a cidade são duas faces da mesma moeda. Tudo o que consumimos tem raízes no agronegócio, desde a carne que é utilizada nas lanchonetes até os produtos feitos com fibras agrícolas vendidos em lojas de roupas. Aproximadamente 70% da nossa população ganha um pouco mais que um salário mínimo, o que evidencia a importância de sermos mais acessíveis e sensíveis à realidade dessas pessoas.
Uma mudança na terminologia também pode contribuir para uma comunicação mais eficaz. No Uruguai, por exemplo, passaram a usar o termo “agroalimentar” em vez de “agronegócio”, destacando a conexão entre a produção agrícola e os alimentos que chegam à mesa das pessoas. Além disso, a transição do termo “bem-estar” para “gestão saudável” reflete uma abordagem mais abrangente e sensível às preocupações sobre o tratamento ético dos animais e a sustentabilidade.
Em última análise, a chave para superar essa guerra ideológica com o agronegócio é uma comunicação mais consciente e eficaz. É imprescindível investir em educação e marketing que alcancem todos os setores da sociedade. O agronegócio não pode ser percebido como algo distante e inacessível, mas sim como um setor que tem um impacto direto no dia a dia de todos nós. Ao fortalecer a comunicação com a sociedade, especialmente com os jovens, podemos construir uma compreensão mais profunda e uma apreciação genuína do setor. Assim, será possível superar essa guerra ideológica e construir pontes de entendimento e colaboração entre o agronegócio e a sociedade.
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Conclusão:
Em um mundo cada vez mais conectado, é essencial fortalecer a comunicação entre o agronegócio e a sociedade. Através de uma abordagem mais consciente e eficaz, é possível superar essa guerra ideológica e construir uma relação de entendimento e colaboração. Investir em educação, marketing e uma terminologia mais adequada são passos importantes nessa jornada. O agronegócio brasileiro é uma peça fundamental na nossa economia e no nosso cotidiano, e é essencial que todos tenham conhecimento disso.
Perguntas com respostas de alta demanda de visualizações:
1. Qual é a importância da comunicação no agronegócio?
R: A comunicação desempenha um papel crucial na relação entre o agronegócio e a sociedade, permitindo uma compreensão mais profunda e uma colaboração mais efetiva.
2. Como as feiras agrícolas contribuem para a conexão entre o agronegócio e a sociedade?
R: As feiras agrícolas são uma oportunidade para as famílias de baixa renda terem acesso à cultura rural e às exposições de animais, fortalecendo a conexão entre o agronegócio e a sociedade.
3. Por que é importante investir em marketing e comunicação no agronegócio?
R: O investimento em marketing e comunicação é fundamental para alcançar todos os setores da sociedade, aumentando a conscientização sobre a importância do agronegócio.
4. Como a mudança na terminologia pode contribuir para uma comunicação mais eficaz no agronegócio?
R: A mudança na terminologia, como o uso do termo “agroalimentar” em vez de “agronegócio”, destaca a conexão entre a produção agrícola e os alimentos consumidos pela sociedade.
5. Qual é o papel dos jovens na construção de uma comunicação mais eficaz no agronegócio?
R: Os jovens são fundamentais para uma comunicação mais eficaz, pois são o futuro do setor e podem trazer uma perspectiva renovada e inovadora para essa relação.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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A comunicação, relação complexa entre o agronegócio e a sociedade, é um tema que exige reflexão e diálogo contínuo. Nos últimos anos, temos testemunhado um aumento nas discussões e debates sobre o papel do agronegócio no nosso dia a dia. É fundamental analisar esta questão com clareza e compreender que esta guerra ideológica pode ser superada com uma comunicação mais eficaz e consciente.
A origem do agronegócio: do campo à cidade
Em primeiro lugar, é fundamental reconhecer que o agronegócio não é uma entidade distante, mas sim parte integrante da nossa sociedade. Começa no campo, onde agricultores e pecuaristas trabalham incansavelmente para produzir alimentos e matérias-primas, e se estende às cidades, onde esses produtos são processados, distribuídos e consumidos.
Contudo, o desafio que enfrentamos é que o agronegócio é muitas vezes percebido como algo distante e inacessível a grande parte da população. Isto se deve, em parte, à falta de educação e marketing voltados para a sociedade em geral. A imagem pública do agronegócio é moldada por letras de músicas e imagens de luxo, enquanto a realidade de muitos brasileiros é marcada por dificuldades financeiras e desafios cotidianos.
Desconexão em meio à pandemia
Durante a pandemia, enquanto a maioria da população enfrentava dificuldades financeiras e restrições rígidas, o agronegócio repetia frequentemente o slogan “o agronegócio não para”. Embora esta afirmação seja verdadeira e demonstre a resiliência do setor, a falta de sensibilidade no momento certo tem contribuído para o sentimento de desconexão entre o agronegócio e a sociedade.
Além disso, a constante publicação de preços elevados da carne bovina pode ter criado uma percepção equivocada de prosperidade generalizada no setor, o que não reflete necessariamente a realidade financeira de todos os envolvidos na cadeia produtiva.
Marketing e Comunicação: Um papel essencial
Uma das principais questões é o investimento em marketing e comunicação. Quantos recursos são alocados para essas áreas? Quantos artistas são patrocinados? A resposta mostra que há espaço para melhorias significativas.
A mídia muitas vezes foca no agronegócio apenas quando há polêmica ou crítica. A produção de materiais rurais é cara, o que encarece a exposição na mídia, especialmente em programas de TV transmitidos pelas principais emissoras globais. Contudo, este custo elevado limita a capacidade do sector de comunicar eficazmente com a sociedade.
O desafio das Feiras Agrícolas
Outro aspecto a considerar é o desaparecimento gradual das feiras agrícolas. Esses eventos costumavam ser uma oportunidade para famílias de baixa renda terem acesso a exposições de animais e à cultura rural. Porém, nos últimos anos, estas feiras deram lugar a espetáculos pagos, tornando-as inacessíveis a muitos. Esse movimento contribuiu para afastar o agronegócio de uma parcela significativa da sociedade.
A necessidade de uma mensagem unificada
É fundamental transmitir constantemente que o campo e a cidade são duas faces da mesma moeda. A lanchonete que oferece hambúrguer utiliza carne produzida no campo, a loja de roupas vende produtos feitos com fibras agrícolas, e assim por diante. Tudo está conectado agronegócio.
Aproximadamente 70% da nossa população ganha um pouco mais que um salário mínimo, o que nos lembra a importância de sermos mais acessíveis e sensíveis à realidade dessas pessoas.
A evolução da comunicação: agroalimentar e gestão saudável
Um ponto importante a considerar é a mudança na terminologia. No Uruguai, por exemplo, passaram a usar o termo “agroalimentar” em vez de “agronegócio”. Esta mudança realça a ligação entre a produção agrícola e os alimentos que chegam à mesa das pessoas.
Além disso, a transição do “bem-estar” para a “gestão saudável” reflecte uma abordagem mais abrangente e sensível às preocupações sobre o tratamento ético dos animais e a sustentabilidade.
Comunicação consciente é fundamental
Em última análise, a chave para superar esta guerra ideológica com o agronegócio é uma comunicação mais consciente e eficaz. É importante investir em educação e marketing que alcancem todos os setores da sociedade. O agronegócio não pode ser percebido como algo distante e inacessível.
A mudança começa com a consciência de que o campo e a cidade são uma só entidade e que tudo o que consumimos tem raízes no agronegócio. Precisamos de investir mais na comunicação com a sociedade, especialmente com os jovens, para criar uma compreensão mais profunda e uma apreciação genuína do sector.
Fazendo isso conseguiremos superar essa guerra ideológica e construir pontes de entendimento e colaboração entre o agronegócio e a sociedade. É hora de evoluirmos a nossa comunicação e nos posicionarmos de forma mais consciente perante quem consome o que produzimos – os nossos clientes.
Por Dr. Faber Monteiro, especialista em pecuária de corte, revisão de Vicente Delgado – AGRONEWS®
