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Potencial de produção de biogás em MG é gigantesco

Potencial de producao de biogas em MG e gigantesco

Consultora de biogás do referido instituto, Leidiane Ferronato Mariani explica que esse volume pode vir de três nichos importantes: indústria, pecuária e saneamento. “São nichos que contribuirão significativamente para a diversificação econômica da energia verde no estado”.

“Quando falamos em números, essa representatividade a partir da indústria pode chegar a 73% na capacidade volumétrica de colaboração com a geração de biogás. A pecuária também entra nessa esfera com a destinação do desperdício de alimentos. Este destino pode favorecer a produção com 12% do volume. Saneamento, com a contribuição dos aterros dos municípios mineiros, a participação pode chegar a 14%”, detalha o consultor.

Para que esse desenvolvimento seja implementado de forma acelerada em Minas, Leidiane Mariani sugere alguns pontos importantes. “É fundamental que haja uma norma estadual de licenciamento ambiental para projetos de biogás, o incentivo de cadeias produtivas por municípios, métodos que permitam cálculos locais sobre os benefícios desses projetos e condições fiscais de diferentes tecnologias para esse tipo de energia”, aponta fora o especialista.

À frente das negociações para promover o conhecimento sobre o mercado de biogás no Estado, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) aposta em boas perspectivas para transformar Minas Gerais em uma grande usina de energia verde. “Precisamos difundir esse tema, porque essa matriz energética tem as mesmas características e talvez até maior que a eólica e solar no país”, enfatiza o presidente da Fiemg, Flávio Roscoe.

“Observamos que o viés ambiental por meio da produção de açúcar e álcool está bem à frente. Eles estão impulsionando o mercado de energia limpa, que tem desempenhado um papel importante nesse sentido. No entanto, resíduos como bagaço de cana, bagaço de banana, entre outros, muitas vezes descartados, servirão para gerar uma nova matriz energética verde. Isso reverterá uma imagem existente de que o setor produtivo é altamente poluente. E precisamos mostrar que o Brasil é um país referência na produção de energia renovável e verde”, completa o executivo.

Em junho, o Projeto de Lei (PL) 5.240/18, que dispõe sobre a Política Estadual de Biogás e Biometano, foi aprovado em primeiro turno na Assembleia Legislativa de Minas Gerais. Com a aprovação, há grandes expectativas sobre o potencial de geração no estado. Tal otimismo se deve principalmente às diversas fontes de biomassa oriundas tanto do agronegócio quanto da indústria e da modernização da política de saneamento em andamento.

Na prática, o texto trata da cadeia produtiva de combustíveis, citando, entre outros, o conjunto de atividades, empreendimentos e arranjos produtivos com alguma relação com produtos derivados da biodigestão, incluindo resíduos sólidos e efluentes. Menciona também os objetivos da nova política, como aumentar, em bases econômicas, sociais e ambientais, a participação do biogás e do biometano na matriz energética do estado.

regulamento

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A Fiemg destaca que em relação aos avanços na regulamentação da atividade de biogás e biometano no Estado, estão sendo realizadas diversas reuniões com a Companhia Mineira de Gás (Gasmig), Secretaria Estadual de Desenvolvimento e Inovação (Sedi), Secretaria da Fazenda (SEF ), entre outras instituições, bem como investidores. Essas reuniões servem para mostrar quais são os gargalos desse processo. “Estamos trabalhando na simplificação da regulamentação, na questão da política de biogás que já existe na Assembleia Legislativa de Minas Gerais, só falta colocar a votação no plenário. Na verdade, já colocamos o Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) em financiamento de crédito para viabilizar e fomentar esse mercado”, informa a gerente de Energia da Fiemg, Tânia Santos.

Ela explica que estão sendo firmadas parcerias com potenciais fornecedores do setor sucroenergético, aterros sanitários e o Sindicato dos Empregadores da Limpeza Urbana de Minas Gerais (Sindilurb). Todos os sindicatos da indústria alimentícia que geram biomassa para geração de energia também estão incluídos nos procedimentos. “Para isso, já estamos com os produtores, investidores, o Estado, que regula, e a política está sendo desenvolvida para viabilizar em breve projetos-piloto para acelerar os investimentos regionais”, diz.

Pela Gasmig, foram mapeadas 40 cidades mineiras que atualmente possuem cobertura de rede de gasodutos. Segundo a empresa, isso representa 5% dos municípios mineiros que têm potencial para iniciar a tecnologia verde. “Podemos fazer desenvolvimentos regionais contando com as indústrias locais interessadas em dispor de seus resíduos. Essa parceria ganhará mais significado e aderência por meio de uma ferramenta que estamos construindo e que terá um mapa de calor identificando os locais para acelerar o desenvolvimento”, afirma Tânia Santos.

Meta

Até novembro, a Fiemg espera que a etapa de estudos e instrumentação com a ferramenta seja concluída.

Esse tipo de tecnologia verde a partir do biogás e biometano, segundo Tânia Santos, é uma aposta que já despertou o interesse de várias empresas para a instalação de plantas verdes, como é o caso da fabricante de cervejas Heineken. Recentemente a cervejaria anunciou a instalação de uma unidade de produção em Passos, no sul de Minas. Em linha com os compromissos ambientais da marca traçados até 2040, a unidade será uma das referências em práticas ESG no país.

Procurada para comentar a possibilidade de instalação de uma usina verde no estado, a empresa disse em nota que está avaliando inovações focadas em energia 100% renovável com o objetivo de reduzir os impactos ambientais gerados.



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