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Paraná: Emergência Fitossanitária

Combate ao greening no Paraná: Emergência Fitossanitária

O estado do Paraná decreta situação de emergência para combater praga que afeta os citros

Descubra a importância e as medidas tomadas para controlar o greening, principal doença que afeta as plantações de citros no estado

O estado do Paraná decretou nesta terça-feira (26/12), situação de emergência fitossanitária para combater o greening, principal praga que afeta os citros no mundo. O objetivo é ter maior mobilidade e possibilidade de agir com mais rapidez e efetividade para o controle da doença.

“O decreto de emergência fitossanitária irá possibilitar tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

A praga tem aparecido com mais frequência na região noroeste do Paraná, onde está a maior parte do plantio de citros comerciais, mas também se estende pelo norte do Estado. Desde a detecção de aumento anormal da doença, o Estado juntou forças para ações de prevenção e controle do greening, também conhecido como HLB ou amarelinho.

Ainda não há cura conhecida para a doença do greening. A erradicação das plantas contaminadas e boas práticas de controle do psilídeo são as alternativas recomendadas. Em vários municípios das regiões afetadas, as prefeituras entraram com determinação no processo e estão cortando as plantas.

O trabalho é realizado tanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar quanto em pomares comerciais. Ao mesmo tempo há um esforço de fiscalização para banir a venda de mudas clandestinas. A comercialização, feita normalmente em carros ou nas calçadas, é proibida no Paraná.

Citricultura no Paraná

A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 ha de laranjas, 7.000 ha de tangerinas e 1.500 ha de lima ácida tahiti. O Valor Bruto da Produção da citricultura, levantado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, somou em 2022 R$ 826,8 milhões com produção de 842,4 mil toneladas de frutos.

Destacam-se os municípios de Paranavaí, Alto Paraná, Guairaçá, Nova Esperança e Cruzeiro do Oeste, com produção de laranjas; Altônia, com produção de limas ácidas, e os municípios de Cerro Azul e Doutor Ulisses, com a produção de tangerina ponkan.

O que é o greening?

O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. A bactéria Candidatus Liberibacter spp é o agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp., e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri Kuwayama.

O greening afeta seriamente as plantas cítricas provocando queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção e pode levar à morte precoce. Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia o seu sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.

Recomendações e boas práticas

Uma das práticas para evitar a doença é o plantio de mudas sadias, de qualidade e oriundas de viveiros registrados. No Paraná o comércio de plantas por venda ambulante é proibido. O controle do psilídeo também pode ser feito com a Tamarixia radiata, uma vespa parasitóide criada em laboratório, incluindo o do IDR-Paraná.

No campo as Tamarixia buscam os ninhos da Diaphorina citri para se reproduzir. Depositam seus ovos embaixo das ninfas (forma jovem), que servirão de alimento para as larvas. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos. Com isso promovem a redução no número dos vetores e da incidência da doença. O uso desse componente biológico, que é uma alternativa complementar de combate ao greening, também implica em menor aplicação de inseticida.

A boa adubação, irrigação de qualidade e cobertura vegetal também são boas aliadas para o desenvolvimento rápido da planta, reduzindo a exposição ao inseto, visto que a transmissão é mais comum em brotos que em folhas adultas. O monitoramento e controle do inseto vetor deve ser realizado de acordo com recomendações técnicas, instalando-se armadilhas amarelas e contagem a cada sete dias.

As pulverizações em intervalos que respeitam as orientações agronômicas são importantes, prevendo-se uso de inseticidas químicos e biológicos com eficiência comprovada. Também é imprescindível a rotação dos grupos químicos dos inseticidas, que devem ser aplicados com todas as técnicas que eliminem possibilidades de deriva.

Com o decreto, a erradicação do HLB pelos Poderes Públicos Estadual e Municipal, em áreas públicas ou particulares, e pelos proprietários de estabelecimentos rurais ou urbanos torna-se obrigatória, inclusive em Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal, independentemente de prévia autorização ou pagamento de taxa.

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1. O que é greening e por que é uma ameaça para a citricultura no Paraná?
Resposta: O greening é uma doença que afeta as plantas cítricas, causando queda prematura dos frutos, redução da produção e até mesmo morte precoce das árvores. Isso representa uma séria ameaça para a citricultura no Paraná, que possui uma área significativa destinada a essa cultura.

2. Quais são as medidas de controle e prevenção recomendadas para combater o greening?
Resposta: Medidas como erradicação de plantas contaminadas, controle do psilídeo – inseto transmissor da doença, uso de mudas sadias, adubação e irrigação de qualidade, monitoramento e utilização de técnicas de pulverização de inseticidas são algumas das recomendações para combater o greening.

3. Qual é a importância da citricultura para a economia do Paraná?
Resposta: A citricultura ocupa uma área de aproximadamente 29.200 hectares no Paraná, com uma produção significativa de frutas cítricas. Em 2022, a produção de citros somou um valor bruto de R$ 826,8 milhões, destacando a importância econômica dessa atividade para o estado.

4. Qual a relevância do decreto de emergência fitossanitária para o controle do greening no Paraná?
Resposta: O decreto de emergência fitossanitária permite que medidas de controle e erradicação da doença sejam realizadas com maior rapidez e efetividade, visando proteger a citricultura, que é uma atividade muito importante para o estado.

5. Além do controle do psilídeo, quais outras estratégias são adotadas para combater o greening?
Resposta: Além do controle do psilídeo, são adotadas estratégias como o uso da vespa parasitóide Tamarixia radiata, boas práticas de adubação, irrigação e cobertura vegetal, monitoramento do inseto vetor, e a utilização de inseticidas químicos e biológicos com eficiência comprovada. Essas estratégias visam reduzir a incidência da doença e proteger as plantações de citros.

O decreto de emergência fitossanitária no Paraná

O estado do Paraná decretou nesta terça-feira (26/12), situação de emergência fitossanitária para combater o greening, principal praga que afeta os citros no mundo. O objetivo é ter maior mobilidade e possibilidade de agir com mais rapidez e efetividade para o controle da doença.

Medidas necessárias para o controle do greening

“O decreto de emergência fitossanitária irá possibilitar tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado”, disse o secretário de Estado da Agricultura e do Abastecimento, Norberto Ortigara.

Aparição do greening no Paraná

A praga tem aparecido com mais frequência na região noroeste do Paraná, onde está a maior parte do plantio de citros comerciais, mas também se estende pelo norte do Estado. Desde a detecção de aumento anormal da doença, o Estado juntou forças para ações de prevenção e controle do greening, também conhecido como HLB ou amarelinho.

Gravidade do greening e as ações de controle

Ainda não há cura conhecida para a doença do greening. A erradicação das plantas contaminadas e boas práticas de controle do psilídeo são as alternativas recomendadas. Em vários municípios das regiões afetadas, as prefeituras entraram com determinação no processo e estão cortando as plantas.

O trabalho é realizado tanto em propriedades rurais e urbanas com frutas para consumo familiar quanto em pomares comerciais. Ao mesmo tempo há um esforço de fiscalização para banir a venda de mudas clandestinas. A comercialização, feita normalmente em carros ou nas calçadas, é proibida no Paraná.

Situação da citricultura no Paraná

A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 ha de laranjas, 7.000 ha de tangerinas e 1.500 ha de lima ácida tahiti. O Valor Bruto da Produção da citricultura, levantado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, somou em 2022 R$ 826,8 milhões com produção de 842,4 mil toneladas de frutos.

Regiões produtoras no Paraná

Destacam-se os municípios de Paranavaí, Alto Paraná, Guairaçá, Nova Esperança e Cruzeiro do Oeste, com produção de laranjas; Altônia, com produção de limas ácidas, e os municípios de Cerro Azul e Doutor Ulisses, com a produção de tangerina ponkan.

O que é o greening e suas consequências

O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. A bactéria Candidatus Liberibacter spp é o agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp., e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri Kuwayama.

O greening afeta seriamente as plantas cítricas provocando queda prematura dos frutos, que resulta em redução da produção e pode levar à morte precoce. Além disso, os frutos ficam menores, deformados, podendo apresentar sementes abortadas, açúcares reduzidos e acidez elevada, o que deprecia o seu sabor, diminuindo a qualidade e o valor comercial, tanto para consumo in natura como para processamento industrial.

Métodos de controle da praga

Uma das práticas para evitar a doença é o plantio de mudas sadias, de qualidade e oriundas de viveiros registrados. No Paraná o comércio de plantas por venda ambulante é proibido. O controle do psilídeo também pode ser feito com a Tamarixia radiata, uma vespa parasitóide criada em laboratório, incluindo o do IDR-Paraná.

No campo as Tamarixia buscam os ninhos da Diaphorina citri para se reproduzir. Depositam seus ovos embaixo das ninfas (forma jovem), que servirão de alimento para as larvas. Cada vespinha pode eliminar até 500 psilídeos. Com isso promovem a redução no número dos vetores e da incidência da doença. O uso desse componente biológico, que é uma alternativa complementar de combate ao greening, também implica em menor aplicação de inseticida.

Práticas agrícolas para o controle do greening

A boa adubação, irrigação de qualidade e cobertura vegetal também são boas aliadas para o desenvolvimento rápido da planta, reduzindo a exposição ao inseto, visto que a transmissão é mais comum em brotos que em folhas adultas. O monitoramento e controle do inseto vetor deve ser realizado de acordo com recomendações técnicas, instalando-se armadilhas amarelas e contagem a cada sete dias.

As pulverizações em intervalos que respeitam as orientações agronômicas são importantes, prevendo-se uso de inseticidas químicos e biológicos com eficiência comprovada. Também é imprescindível a rotação dos grupos químicos dos inseticidas, que devem ser aplicados com todas as técnicas que eliminem possibilidades de deriva.

Com o decreto, a erradicação do HLB pelos Poderes Públicos Estadual e Municipal, em áreas públicas ou particulares, e pelos proprietários de estabelecimentos rurais ou urbanos torna-se obrigatória, inclusive em Áreas de Preservação Permanente ou Reserva Legal, independentemente de prévia autorização ou pagamento de taxa.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Perguntas Frequentes sobre a Emergência Fitossanitária no Paraná

O que é o greening?

O HLB ou greening dos citros é uma praga importante devido à severidade, rápida disseminação e dificuldades de controle. A bactéria Candidatus Liberibacter spp é o agente causal do HLB. A doença afeta plantas de praticamente todas as espécies cítricas, além da murta (Murraya paniculata), Fortunella spp. e Poncirus spp., e é transmitida pelo psilídeo asiático dos citros Diaphorina citri Kuwayama.

Quais são as recomendações e boas práticas para o controle do greening?

Uma das práticas para evitar a doença é o plantio de mudas sadias, de qualidade e oriundas de viveiros registrados. No Paraná o comércio de plantas por venda ambulante é proibido. O controle do psilídeo também pode ser feito com a Tamarixia radiata, uma vespa parasitóide criada em laboratório, incluindo o do IDR-Paraná.

Qual a importância da citricultura no Paraná?

A área ocupada pela citricultura no Paraná é de aproximadamente 29.200 hectares, sendo 20.700 ha de laranjas, 7.000 ha de tangerinas e 1.500 ha de lima ácida tahiti. O Valor Bruto da Produção da citricultura, levantado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Seab, somou em 2022 R$ 826,8 milhões com produção de 842,4 mil toneladas de frutos.

O que o decreto de emergência fitossanitária irá possibilitar?

O decreto de emergência fitossanitária irá possibilitar tomar as medidas necessárias de forma mais efetiva na tentativa de controlar o problema, pois a citricultura é uma atividade muito importante para o Estado. O objetivo é ter maior mobilidade e possibilidade de agir com mais rapidez e efetividade para o controle da doença.

O estado do Paraná decretou nesta terça-feira (26/12), situação de emergência fitossanitária para combater o greening, principal praga que afeta os citros no mundo. O objetivo é ter maior mobilidade e possibilidade de agir com mais rapidez e efetividade para o controle da doença.

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