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Nova cultivar de mandioca garante alta produtividade e muitos benefícios

Nova cultivar de mandioca garante alta produtividade e muitos beneficios

A recomendação para o uso da cultivar de mandioca de mesa BRS 429, variedade de polpa de raiz amarela precoce mais produtiva e com arquitetura vegetal que favorece práticas culturais e mecanização, foi apresentada a mais de 200 produtores, técnicos e demais interessados ​​no Dia de Campo realizado pela Embrapa Cerrados em parceria com a Emater-DF.

O evento contou com o apoio da Organização das Cooperativas do Brasil (OCB), Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), Fundação de Amparo à Pesquisa do Distrito Federal (FAPDF), Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae ), a Fundação Banco do Brasil e a Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb).

Sebastião Pedro, gerente geral da Embrapa Cerrados, afirmou, na abertura do evento, que a instituição trabalha buscando respostas para as dúvidas dos produtores. Ele lembrou que o lançamento de uma cultivar de mandioca é fruto de um longo trabalho de pesquisa em melhoramento genético, com cruzamentos e seleção de plantas.

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“Estamos lançando um material com características muito especiais, como polpa amarela, estabilidade ao cozimento e alta produtividade. Certamente, o trabalho de melhoramento genético participativo realizado pela Embrapa junto com a Emater-DF e os produtores fez da mandioca a segunda maior cultura do DF, atrás apenas do milho”, disse. “O Brasil caminha a passos largos para ser um dos grandes fornecedores de alimentos, fibras e bioenergia do mundo. E isso começa aqui, num dia como hoje”, finalizou, agradecendo à família Aquiles, proprietária da fazenda, por sediar o evento.

“A mandioca é um produto de alto rendimento e tem um valor que o mercado hoje reconhece. Você pode investir e pode colher e ter rentabilidade. E a BRS 429 é uma mandioca que vale a pena produzir”, comentou Loiselene Trindade, diretora executiva da Emater-DF, agradecendo aos produtores, extensionistas rurais e pesquisadores que contribuíram para o desenvolvimento das tecnologias da mandioca para a região.

Leonardo Zimmer, analista de gestão de projetos do Sebrae-DF, lembrou o papel da instituição na promoção do empreendedorismo urbano e rural e elogiou a iniciativa. “Todos os presentes aqui estão investindo em conhecimento, que é o principal fator que faz com que vocês possam evoluir como empreendedores. Todo o conhecimento aqui presente é novo”, disse.

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Melhoramento genético da mandioca e da cultivar BRS 429

Segundo o pesquisador Josefino Fialho, da Embrapa Cerrados, a Unidade vem fortalecendo as pesquisas sobre o cultivo da mandioca desde 1990, buscando atender à crescente demanda da cadeia produtiva da região. “O produtor precisa aumentar o rendimento, os processadores precisam de um material de ótima qualidade e o consumidor quer comprar uma variedade de mandioca com boas propriedades culinárias. Isso nos leva a trabalhar para gerar novas variedades com essas características”, explicou.

Fialho lembrou que em 2015 a Embrapa lançou seis variedades de mandioca de polpa amarela, creme e rosa, mas o atual cenário de mercado, que exige mais qualidade, exige novos materiais. “A mandioca de mesa tem que ter alta produtividade de raízes e qualidade culinária. Tivemos que desenvolver variedades para plantio mecanizado, pois os produtores estão ampliando áreas e plantando com máquinas; que respondem à irrigação e têm uniformidade radicular. Mas para reunir todas essas características, tivemos que recorrer ao melhoramento genético”, disse ele.

Também pesquisador da Embrapa Cerrados, Eduardo Alano detalhou as pesquisas de melhoramento genético, realizadas a partir de 2008, para obtenção da cultivar BRS 429. Na época, os dois materiais mais plantados no DF eram IAPAR 19 (Pioneira) e IAC 576 -70 (Japonesinha), cultivares de média a alta produtividade com polpa de raiz de cor creme, que ficou amarela na cocção.

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“Precisávamos desenvolver materiais mais amarelos do que os dois e combinar o que havia de bom em ambos: produtividade e resistência à bacteriose, uma importante doença das culturas na época”, disse Alano, acrescentando que essas cultivares, por outro lado, apresentam diferenças entre si em termos de altura do primeiro ramo, capacidade de resposta à irrigação, estabilidade de cozedura e nível de dificuldade de colheita.

Do primeiro cruzamento entre as duas cultivares, obtiveram-se 15.000 sementes que deram origem a 15.000 plantas, que por sua vez foram descartadas quando não apresentavam polpa radicular amarela, resistência à bacteriose e arquitetura ereta. Ao longo de cinco safras, produtividade, uniformidade radicular e estabilidade ao cozimento foram adicionados como critérios de seleção.

Na safra 2013/14, os clones elite foram selecionados na Embrapa Cerrados, tendo sido validados em conjunto com outras unidades da Embrapa e testados durante quatro safras (de 2018 a 2021) por 23 produtores do DF e Entorno selecionados pela Emater-DF. Os agricultores tiveram a mandioca como um dos carros-chefe das propriedades e avaliaram os clones em relação aos materiais já plantados. “Queríamos obter a resposta de quem vendia mandioca quanto ao desempenho dos materiais. Além disso, teríamos a resposta dos consumidores”, lembrou Alano.

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Nas áreas desses produtores, que utilizam diferentes sistemas de produção – irrigados e de sequeiro; orgânico e convencional – em diferentes tipos de solo, a produtividade média de raízes nas quatro épocas foi de 51,1 t/ha, enquanto a do material testemunha foi de 36,1 t/ha. A maior produtividade atingiu mais de 105 t/ha em um ciclo de 11 meses, contra 56,7 t/ha da testemunha. “Isso significa que a cultivar responde à melhoria do ambiente. Você pode fertilizar, ela vai responder. Existe a genética, mas também existe o manejo da adubação e irrigação, que é fundamental”, ressaltou o pesquisador.

Além de DF e Entorno, a cultivar já foi recomendada para cultivo comercial em São Paulo e Paraná. Além disso, vem se destacando em estados como Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Roraima, Pará e Alagoas. Além da Emater-DF, as ações de pesquisa têm como parceiros Emater-MG, Emater Goiás, Emater-MT, equipe de pesquisa Simanihot, Fundação Banco do Brasil, CNPq e FAPDF.

Alano recomendou aos interessados ​​em desenvolver projetos de plantio a compra de mudas certificadas produzidas por empresas licenciadas pela Embrapa. O produto é comercializado livre de pragas e doenças em todo o Brasil. Os viveiros de mudas licenciados são:

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Clona-Gen – (47) 3439-6607 e WhatsApp (47) 99784-4023 e-mail [email protected]
Vivetech Agrosciences – (45) 99916-1488 e-mail [email protected]
Benedito Dutra Luz de Sousa – ME (91) 98876-4760

Leia a pesquisa completa AQUI.

(Débora Damasceno/Sou Agro com Embrapa)

(Foto: Embrapa)



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