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Na semana do Carnaval fora de época, frigoríficos e pecuaristas optam pela calmaria, se ausentando dos negócios

Na véspera do feriado de Tiradentes

As escalas de abate das indústrias brasileiras seguem relativamente confortáveis, resultando em estabilidade nos preços do boi gordo na grande maioria das praças pecuárias

Repetindo o mesmo comportamento registrado na terça-feira, o mercado brasileiro do boi gordo fechou a quarta-feira (20/4) com poucos negócios realizados nas principais praças pecuárias, informam as consultorias que acompanham diariamente o setor pecuário.

“Com a semana mais curta em função do feriado nacional (de 21 de abril/Tiradentes) e escalas de abate relativamente confortáveis (girando ao redor de sete dias entre as indústrias de São Paulo), as cotações do boi gordo permaneceram estáveis nas praças paulistas”, informa a Scot Consultoria.

No entanto, dizem os analistas da Scot, algumas indústrias de São Paulo tentam, ainda sem sucesso, reduzir em até R$ 15/@ o valor de referência para o macho gordo direcionado ao mercado interno.

Pelos dados da Scot, o preço do boi gordo segue valendo R$ 315/@ em São Paulo, enquanto a vaca e a novilha gordas são negociadas por R$ 279/@ e R$ 312/@ (valores brutos e a prazo).

Para o chamado boi-China (abatido mais jovem, geralmente abaixo dos 30 meses de idade), os negócios no mercado paulista giram hoje em torno de R$ 325/@, acrescenta a Scot.

Na avaliação dos analistas da IHS Markit, o mercado pecuário ainda segue avaliando os impactos negativos gerados pela recente decisão da China em bloqueou, temporariamente (pelo prazo de sete dias) as compras de carne bovina oriundas de quatro grandes unidades brasileiras de abate, alegando a presença do vírus de Covid-19 nas cargas exportadas.

Assim, diz a IHS, o ambiente ainda é de incerteza no mercado do boi gordo, o que explica a morosidade dos negócios.

“Nesta quarta-feira, véspera do feriado, as indústrias e os pecuaristas se mantiveram ausentes das operações e não apontaram referencias para formação de preço para a arroba bovina”, reforçam os analistas da IHS.

Segundo apurou a consultoria, muitos pecuaristas também decidiram pela cautela, mantendo os animais gordos nas propriedades durante o atual período de turbulência gerado pelos importadores chineses.

No lado da demanda, grande parte dos frigoríficos brasileiros possuem escalas alongadas.

Nas regiões do Centro-Sul, informa a IHS, muitas unidades frigoríficas já conseguiram preencher as escalas de abates para até o final de abril.

“Há relatos de algumas plantas com programações de abate para até a primeira semana de maio”, informa os analistas.

Nesta quarta-feira, a IHS detectou apenas alguns recuos nos preços de vacas gordas, um reflexo do baixo consumo de carne bovina no mercado doméstico (para onde os cortes advindos de fêmeas normalmente é direcionado).

Na praça do Rio Verde/GO, o valor da vaca terminada recuou de R$ 280/@ para R$ 275/@. No Triângulo Mineiro/MG, o preço da categoria caiu de R$ 290/@ para R$ 285/@.

Em Belo Horizonte/MG, saiu de R$ 270/@ para R$ 260/@. Em Araguaína/TO, a cotação da fêmea terminado foi de R$ 270/@ para 265/@.

Veja abaixo as cotações máximas de machos e fêmeas desta quarta-feira, 20 de abril, segundo dados levantados pela IHS Markit:

SP-Noroeste:

boi a R$ 332/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MS-Dourados:

boi a R$ 300/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MS-C.Grande:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MS-Três Lagoas:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cáceres:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Tangará:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-B. Garças:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MT-Cuiabá:

boi a R$ 290/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MT-Colíder:

boi a R$ 292/@ (à vista)
vaca a R$ 275/@ (à vista)

GO-Goiânia:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca R$ 275/@ (prazo)

GO-Sul:

boi a R$ 300/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

PR-Maringá:

boi a R$ 305/@ (à vista)
vaca a R$ 280/@ (à vista)

MG-Triângulo:

boi a R$ 305/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

MG-B.H.:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 260/@ (prazo)

BA-F. Santana:

boi a R$ 285/@ (à vista)

vaca a R$ 275/@ (à vista)

RS-Porto Alegre:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

RS-Fronteira:

boi a R$ 340/@ (à vista)
vaca a R$ 310/@ (à vista)

PA-Marabá:

boi a R$ 282/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Redenção:

boi a R$ 280/@ (prazo)
vaca a R$ 272/@ (prazo)

PA-Paragominas:

boi a R$ 290/@ (prazo)
vaca a R$ 285/@ (prazo)

TO-Araguaína:

boi a R$ 285/@ (prazo)
vaca a R$ 270/@ (prazo)

TO-Gurupi:

boi a R$ 285/@ (à vista)
vaca a R$ 265/@ (à vista)

RO-Cacoal:

boi a R$ 265/@ (à vista)
vaca a R$ 255/@ (à vista)

RJ-Campos:

boi a R$ 295/@ (prazo)
vaca a R$ 280/@ (prazo)

MA-Açailândia:

boi a R$ 280/@ (à vista)
vaca a R$ 260/@ (à vista)

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