Impasse entre agentes quanto a preço deve manter mercado de milho lento no Brasil

No cenário internacional, a Bolsa de Chicago opera em leve baixa, estendendo as perdas da semana. Já o dólar, que opera em baixa frente ao real, deve pressionar os preços nos portos.

O mercado brasileiro de milho manteve preços pouco alterados e negociações pontuais nesta terça-feira. Segundo a SAFRAS Consultoria, algumas regiões ainda contam com grande disparidade entre intenção de venda e de compra, como Rio Grande do Sul e Santa Catarina. O desenvolvimento das lavouras na região Sul ainda é foco de atenção neste momento. No acumulado de sete dias a expectativa é de precipitação entre 10 e 40 milímetros no Rio Grande do Sul.

No Porto de Santos, o preço ficou entre R$ 87,00 (compra) a R$ 91,00 (venda) a saca (CIF) para dezembro. No Porto de Paranaguá, cotação entre R$ 87,00/91,00 a saca para dezembro.

No Paraná, a cotação ficou em R$ 82,00/85,00 a saca em Cascavel. Em São Paulo, preço de R$ 84,00/86,00 na Mogiana. Em Campinas CIF, preço de R$ 87,50/90,00 a saca.

No Rio Grande do Sul, preço ficou em R$ 92,00/94,00 a saca em Erechim. Em Minas Gerais, preço em R$ 78,00/80,00 a saca em Uberlândia. Em Goiás, preço esteve em R$ 73,00/R$ 77,00 a saca em Rio Verde – CIF. No Mato Grosso, preço ficou a R$ 70,00/76,00 saca em Rondonópolis.

CHICAGO

Os contratos com entrega em março de 2023 operam com baixa de 0,50 centavo em relação ao fechamento anterior, ou 0,07%, cotada a US$ 6,36 3/4 por bushel.

O mercado de milho mantém o tom negativo da terça-feira, pressionado pelo indício de um aumento nos estoques norte-americanos para 2022/23 e pela entrada de oferta mais barata de cereais na região do Mar Negro.

O Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) vai divulgar na sexta-feira (9), a partir das 14h (horário de Brasília), o relatório de oferta e demanda de dezembro.

Analistas consultados pelas agências internacionais apostam que os estoques finais de passagem da safra 2022/23 norte-americanos devem ser indicados em 1,241 bilhão de bushels, ante os 1,182 bilhão de bushels indicados no mês passado.

Para a safra global 2022/23, os estoques finais de passagem devem ser indicados em 307,7 milhões de toneladas, sem mudanças frente ao número estimado em novembro. A previsão é de que os estoques finais de passagem da safra mundial 2021/22 sejam apontados em 300,9 milhões de toneladas, levemente acima das 300,8 milhões de toneladas indicadas no mês passado.

Ontem (5), os contratos de milho com entrega em março fecharam a US$ 6,37 1/4 por bushel, baixa de 3,25 centavos de dólar, ou 0,50%, em relação ao fechamento anterior. A posição maio fechou a sessão a US$ 6,39 por bushel, recuo de 3,25 centavos, ou 0,50% em relação ao fechamento anterior.

CÂMBIO

• O dólar comercial registra baixa de 0,74% a R$ 5,2300. O Dollar Index recua 0,30% a 105,26 pontos.

INDICADORES FINANCEIROS

• As principais bolsas da Ásia encerraram em baixa. Xangai, -0,40%. Tóquio, -0,72%.
• As principais bolsas na Europa registram índices baixos. Londres, -0,15%; Paris, -0,27% e Frankfurt, -0,62%.
• O petróleo opera em baixa. Janeiro do WTI em NY: US$ 74,39 o barril (+0,18%).

AGENDA

• EUA: A posição dos estoques de petróleo até sexta-feira da semana passada será publicada às 12h30 pelo Departamento de Energia (DoE).
• A Fundação Getulio Vargas (FGV) divulga, às 8h, o IGP-DI referente a novembro.
• A Anfavea divulga, às 10h, os dados de exportação, importação e produção de veículos referentes a novembro.
• Segundo dia da reunião do Copom e divulgação da Selic.