Depois de herdar uma fazenda de seu sogro no Japão há 40 anos, Hiroo Takeuchi estava ordenhando 50 vacas.
Hoje, o agricultor administra uma empresa mista altamente intensiva, chamada ‘Wealthy Farm’, com 900 bovinos Wagyu e 1.000 vacas Holstein Friesian em duas fazendas de 40 hectares, e ele tem planos de expandir ainda mais.
Localizada em Tochigi, ao norte de Tóquio, faz parte de um grupo das chamadas ‘mega-fazendas’ da região que atendem à forte demanda por leite líquido da capital.
Os animais leiteiros e de corte em ambas as fazendas são alojados durante todo o ano em galpões de ripas com ventiladores para mantê-los frescos nos meses mais quentes.
No âmbito de uma recente visita à quinta com Bord Bia, terra agrícola também se juntou ao agricultor quando ele vendeu ações em um mercado local especializado na famosa raça Wagyu.
Você pode conferir a fazenda e o mercado clicando no vídeo abaixo:
A produção de carne bovina Wagyu se concentra no peso, na confirmação e, mais importante, no marmoreio da carne.
O gado termina aos 30 meses e pesa cerca de 850kg no abate. Em alguns casos, os animais podem inclinar a balança em 1t.
Takeuchi relatou uma taxa de morte de 68% e estabeleceu uma meta de pelo menos 550 kg de peso morto.
Dependendo da qualidade, os agricultores receberão um preço de carcaça de € 20-30/kg.
Takeuchi observou que as vacas de descarte podem atingir preços semelhantes aos novilhos mais jovens.
O agricultor também compra e vende o gado dentro de 20 meses quando pesa cerca de 550-600kg.
Há três trabalhadores em sua fazenda de engorda Wagyu, onde os animais são mantidos em currais forrados com serragem misturada com esterco que fermenta e esteriliza a cama.
Os animais são alimentados intensivamente com uma mistura de feno e concentrado. A fazenda é 25% autossuficiente para alimentação através do cultivo de milho, a demanda restante é atendida pela importação de soja, milho, feno e alfafa dos EUA e da Austrália.
O custo médio da produção de carne bovina Wagyu é anunciado mensalmente para cada prefeitura ou distrito do país.
Se o preço de mercado estiver abaixo do custo de produção, o governo japonês subsidia os agricultores para cobrir até 80% da diferença.
Não há touros nas fazendas de Takeuchi, a criação de bovinos e leiteiros é feita por meio de inseminação artificial (IA).
Takeuchi foi um dos primeiros agricultores no Japão a usar a transferência de embriões em seu rebanho leiteiro como forma de aumentar o número de gado Wagyu.
É um sistema que agora é comumente visto na produção de Wagyu no Japão para garantir um fluxo constante de progênie para os produtores.
O agricultor tem 300 reprodutores Wagyu para produção de bezerros e embriões; 180 criam seus próprios bezerros, enquanto 120 são usados para embriões.
Todos os sábados, um técnico de IA liga para a fazenda e dá descarga em até quatro vacas. A coleta de embriões começa por volta dos dois anos de idade e pode continuar até a vaca completar 10 anos, se a genética for desejável.
Vacas Wagyu que criam seus próprios bezerros podem continuar procriando até os 15 anos de idade.
Os bezerros são fracos e suscetíveis ao frio quando nascem, portanto, exigem um manejo cuidadoso e são mantidos juntos em um curral por até dois meses.
Os bezerros são castrados com um mês de idade, usando anéis de borracha.
Dos 80 bezerros nascidos todos os meses no rebanho leiteiro, 30 são de raça pura Wagyu e há cerca de 25 novilhas leiteiras para reposição.
Os 25 restantes são bezerros mestiços ‘F1’ Holandês/Wagyu, que são vendidos por um mês no mercado. O preço desses bezerros caiu pela metade para € 700/hd este ano devido ao aumento dos custos de alimentação.
40 trabalhadores estão empregados na operação de laticínios onde as vacas Holstein Friesian são ordenhadas três vezes ao dia.
O preço do leite no Japão é tradicionalmente estabelecido uma vez por ano após negociações entre cooperativas de agricultores e a associação de produtores de leite e é baseado em uma fazenda de tamanho médio de 50 a 60 vacas.
No entanto, devido ao forte aumento nos custos de alimentação, o preço está sendo aumentado em 10 ienes/L.
Takeuchi, que atualmente recebe um preço líquido do leite de 105 ienes/L (0,73c/L), disse que o aumento não é suficiente para cobrir o salto nos custos.
Uma viagem ao mercado
terra agrícola também se juntou ao agricultor quando ele trouxe um grupo de Wagyu de 10 meses de idade para vender em um mercado próximo.
O mercado, que comercializa exclusivamente a raça, realiza vendas de desmame duas vezes por mês.
Todos os veículos que entraram no pátio do mercado foram pulverizados com desinfetante como parte de medidas rigorosas de controle de doenças.
no dia terra agrícola Havia centenas de animais sendo oferecidos para venda com um comércio rápido ocorrendo.
Uma vez descarregados dos caminhões de gado, os desmamados, pesando cerca de 300kg, são colocados em currais.
Um cabresto e uma etiqueta de identificação individual são então colocados em cada um dos animais que são alinhados de acordo com o seu número de venda.
Os novilhos e novilhas eram lavados e tosados pelos vendedores antes de serem vendidos individualmente.
Os filhotes entravam no ringue de vendas em um sistema de tração com corrente móvel onde sua criação é exibida em uma placa eletrônica.
Uma vez vendidos, os desmamados são levados para a área de carga para transporte.
expansão
Hiroo Takeuchi está atualmente em modo de expansão, desenvolvendo uma segunda fazenda leiteira com uma sala rotativa, além de comprar mais terras para expandir sua empresa de engorda Wagyu.
O governo japonês está atualmente discutindo medidas de sustentabilidade, mas nenhuma regulamentação foi ainda colocada sobre os agricultores.
Atualmente, o chorume da Fazenda Rica é distribuído gratuitamente ou a um preço simbólico para as propriedades vizinhas.
