Publicado em 26/07/2023

Em um movimento polêmico na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu um novo “decreto de armas” que impôs restrições significativas à posse de armas por parte dos cidadãos comuns. No entanto, o governo também fez uma concessão ao agronegócio, incluindo uma iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro no decreto: a “posse estendida” nas propriedades rurais.

A “posse estendida” permite que os proprietários rurais portem suas armas em toda a extensão de suas terras, não se limitando apenas à área construída. Essa medida foi tomada com o objetivo de apaziguar os ânimos e conquistar votos da Frente Parlamentar da Segurança Pública, que possui 201 deputados que também são membros da Frente Parlamentar da Agropecuária. Analistas políticos acreditam que a inclusão desse conceito pode dificultar a obtenção dos votos necessários para anular o decreto.

As mudanças introduzidas pelo novo decreto têm um impacto significativo no acesso de civis a armas e munições. Entre as principais alterações estão a redução do acesso desses itens por caçadores, atiradores e colecionadores, além da diferenciação entre as armas de uso das forças de segurança e aquelas permitidas aos cidadãos comuns.

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O decreto também proíbe o porte de armas municiadas durante o trânsito para caçadores, atiradores e colecionadores, impõe restrições a entidades de tiro desportivo e reduz a validade dos registros de armas de fogo. Outra mudança relevante é a transferência gradual das atividades civis relacionadas a armas e munições para a responsabilidade da Polícia Federal. Todas essas mudanças têm sido alvo de críticas da Bancada da Segurança Pública, que terá que levar em consideração a influência da Bancada do Agronegócio para decidir sobre a possibilidade de anular o projeto.

Em relação à posse estendida para produtores rurais, a Lei nº 13.870/19 foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro, sem vetos. O Artigo 5º do Projeto estabelece que “o certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa”. 


Jornal do campo
**Presidente Lula emite “decreto de armas” com restrições à posse, exceto para o agronegócio**

Publicado em 26/07/2023

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Em um movimento polêmico na semana passada, o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, emitiu um novo “decreto de armas” que impôs restrições significativas à posse de armas por parte dos cidadãos comuns. No entanto, o governo também fez uma concessão ao agronegócio, incluindo uma iniciativa do ex-presidente Jair Bolsonaro no decreto: a “posse estendida” nas propriedades rurais.

A “posse estendida” permite que os proprietários rurais portem suas armas em toda a extensão de suas terras, não se limitando apenas à área construída. Essa medida foi tomada com o objetivo de apaziguar os ânimos e conquistar votos da Frente Parlamentar da Segurança Pública, que possui 201 deputados que também são membros da Frente Parlamentar da Agropecuária. Analistas políticos acreditam que a inclusão desse conceito pode dificultar a obtenção dos votos necessários para anular o decreto.

As mudanças introduzidas pelo novo decreto têm um impacto significativo no acesso de civis a armas e munições. Entre as principais alterações estão a redução do acesso desses itens por caçadores, atiradores e colecionadores, além da diferenciação entre as armas de uso das forças de segurança e aquelas permitidas aos cidadãos comuns.

O decreto também proíbe o porte de armas municiadas durante o trânsito para caçadores, atiradores e colecionadores, impõe restrições a entidades de tiro desportivo e reduz a validade dos registros de armas de fogo. Outra mudança relevante é a transferência gradual das atividades civis relacionadas a armas e munições para a responsabilidade da Polícia Federal. Todas essas mudanças têm sido alvo de críticas da Bancada da Segurança Pública, que terá que levar em consideração a influência da Bancada do Agronegócio para decidir sobre a possibilidade de anular o projeto.

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Em relação à posse estendida para produtores rurais, a Lei nº 13.870/19 foi sancionada pelo então presidente Jair Bolsonaro, sem vetos. O Artigo 5º do Projeto estabelece que “o certificado de Registro de Arma de Fogo, com validade em todo o território nacional, autoriza o seu proprietário a manter a arma de fogo exclusivamente no interior de sua residência ou domicílio, ou dependência desses, ou, ainda, no seu local de trabalho, desde que seja ele o titular ou o responsável legal pelo estabelecimento ou empresa”.

**Perguntas e Respostas Frequentes**

1. O que é a “posse estendida” para produtores rurais?
A “posse estendida” permite que os proprietários rurais portem suas armas em toda a extensão de suas terras, não se limitando apenas à área construída.

2. Por que o agronegócio recebeu a concessão da “posse estendida” no decreto de armas?
Essa medida foi tomada com o objetivo de apaziguar os ânimos e conquistar votos da Frente Parlamentar da Segurança Pública, que possui 201 deputados que também são membros da Frente Parlamentar da Agropecuária.

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3. Quais são as principais alterações introduzidas pelo novo decreto de armas?
Entre as principais alterações estão a redução do acesso de civis a armas e munições, a proibição do porte de armas municiadas durante o trânsito para caçadores, atiradores e colecionadores, restrições a entidades de tiro desportivo e a transferência gradual das atividades civis relacionadas a armas e munições para a responsabilidade da Polícia Federal.

4. Quem está criticando as mudanças no decreto de armas?
A Bancada da Segurança Pública tem criticado as mudanças, pois acredita que elas dificultam o acesso de civis a armas e munições.

5. A “posse estendida” para produtores rurais já estava prevista em alguma lei?
Sim, a Lei nº 13.870/19, sancionada pelo ex-presidente Jair Bolsonaro, estabelece a “posse estendida” para produtores rurais.

Fonte
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**

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