Metodologia para Medir Impactos Ambientais em Propriedades Agroecológicas
Neste artigo, vamos explorar um método desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e da Emater Goiás para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. A proposta é utilizar indicadores ambientais para aferir a qualidade do solo e a sanidade dos cultivos, visando gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema.
Parceria com Agricultores Agroecológicos
O estudo foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), que seguem preceitos agroecológicos em suas atividades. Foram estabelecidos dez indicadores ambientais para avaliar a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos.
Desenvolvimento Sustentável na Agricultura
Resultados e Recomendações
A avaliação desses indicadores permitiu identificar práticas de manejo que influenciam na qualidade dos cultivos e na sustentabilidade ambiental. Aspectos como o uso de adubos verdes e o manejo integrado de pragas e doenças foram destacados como pontos positivos a serem incentivados nas propriedades agroecológicas.
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Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos
Após a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo agroecológico, aspectos fundamentais para a produção e o meio ambiente foram identificados. De acordo com o pesquisador Agostinho Didonet, a validação dos indicadores apontou a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos. Além disso, o estudo destacou pontos positivos relacionados à sustentabilidade e integração com o agroecossistema local, como diversidade de cultivos, cobertura do solo, manejo da irrigação e controle de pragas e doenças.
Didonet ressalta a importância de comparar os resultados ao longo do tempo para verificar possíveis alterações e dinâmicas. Ele enfatiza que os indicadores utilizados permitem avaliar a sustentabilidade ambiental em grande parte das unidades produtivas. Capacitação, treinamento e divulgações de tecnologias são cruciais para o sucesso desse tipo de trabalho, contribuindo para a melhoria contínua dos cultivos e do ecossistema.
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## Método para Sustentabilidade na Agricultura Familiar: Resultados e Recomendações
Após a aplicação de indicadores e avaliação das práticas de manejo agroecológico, foi possível identificar aspectos cruciais para a produção e o meio ambiente. A validação dos indicadores destacou a importância de adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo, juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores. Além disso, aspectos positivos relacionados à sustentabilidade e integração com o agroecossistema local foram observados, como o manejo de áreas com diversidade de cultivos, cobertura e proteção do solo, manejo da irrigação e controle de insetos e fitopatógenos.
Esses resultados ressaltam a relevância de atividades contínuas de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis para o sucesso do trabalho. Portanto, a implementação de práticas agroecológicas aliadas a indicadores de sustentabilidade ambiental é fundamental para garantir a saúde do ecossistema e a eficiência da produção agrícola familiar.
Investir nesse método pode proporcionar benefícios significativos não apenas para os agricultores e suas famílias, mas também para o ambiente em que estão inseridos. O equilíbrio entre práticas sustentáveis e produtivas é essencial para garantir um futuro promissor para a agricultura familiar e para a preservação do meio ambiente.
Ao promover a conscientização e a adoção de práticas mais sustentáveis, é possível criar um ciclo positivo de desenvolvimento agrícola que respeita a natureza e contribui para a segurança alimentar da população. Portanto, a implementação dessas recomendações pode representar um passo significativo rumo à agricultura familiar mais sustentável e resiliente.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Análise de Indicadores Ambientais em Propriedades Familiares e Agroecológicas
O método desenvolvido por pesquisadores da Embrapa e da Emater Goiás permite avaliar a dinâmica e o equilíbrio do sistema produtivo de bases familiares e agroecológicas. Foram estabelecidos indicadores ambientais para medir a qualidade do solo e a sanidade dos cultivos, visando a sustentabilidade da produção. A aplicação do método em propriedades em Goiás resultou em recomendações para melhorar a produção. Os indicadores consideram práticas de manejo e interação do agricultor com os recursos locais.
FAQs
1. Que tipo de indicadores foram estabelecidos para medir a qualidade do solo?
Foram definidos indicadores como compactação do solo, atividade microbiológica, presença de erosão e de organismos invertebrados.
2. Como os indicadores de sanidade dos cultivos foram avaliados?
Os indicadores consideraram a vegetação circundante, a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, entre outros aspectos.
3. Qual a importância da participação dos agricultores no desenvolvimento dos indicadores?
A participação dos agricultores garantiu que os indicadores fossem relevantes, de fácil compreensão e alinhados com as práticas agroecológicas.
4. Quais foram as recomendações para maior sustentabilidade dos cultivos?
Foi sugerida a inserção de adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo, bem como o manejo das áreas com diversidade de cultivos e a proteção do solo.
5. Como a comercialização dos produtos agroecológicos é realizada?
Os produtos são comercializados diretamente na Feira Agroecológica de Anápolis e também via entrega sob encomenda pela internet, garantindo o sustento das famílias.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Método permite verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de bases familiar e agroecológica. Foram estabelecidos dez indicadores ambientais para aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Os indicadores ambientais consideram as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais. A aplicação do método em propriedades familiares e agroecológicas de Goiás gerou recomendações para a maior sustentabilidade da produção. O trabalho resulta da parceria entre a Embrapa e a Emater Goiás, com a participação de agricultores ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar). Pesquisadores da Embrapa e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater Goiás) desenvolveram um método para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. O trabalho propõe indicadores para verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de base agroecológica, com o objetivo de gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema. O trabalho foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), localizada no município de Anápolis (GO). Todos os participantes exercem atividades seguindo preceitos agroecológicos, uma produção ligada à conservação e à regeneração da diversidade de espécies de plantas, insetos e animais e de recursos naturais (água e solo). O trabalho tem como base dez indicadores ambientais voltados a aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Esses indicadores consistem em atributos, características passíveis de observação, que consideram toda a extensão de cada uma das unidades rurais e não apenas a atividade produtiva. Para cada indicador, houve uma avaliação com notas em uma escala de zero a dez. Por exemplo, em relação à qualidade do solo, foram aplicadas notas para medir sua compactação, sua atividade microbiológica, a presença de erosão e de organismos invertebrados (insetos, aranhas, minhocas etc). No caso da sanidade dos cultivos, os quesitos considerados envolveram a vegetação natural circundante aos cultivos, a abundância e a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, dentre outros. De acordo com um dos coordenadores do trabalho, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO) Agostinho Didonet, os indicadores ambientais foram estabelecidos considerando as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais, tendo em vista sempre os princípios agroecológicos já incorporados pelas propriedades rurais. Ainda segundo Didonet, a proposição de indicadores que expressam e quantificam a sustentabilidade ambiental foi determinada, por meio de metodologia participativa que uniu o conhecimento técnico ao dos agricultores, a partir da nivelação de conceitos e de modo a medir as práticas de manejo que mais influenciam na qualidade dos cultivos. “Foram realizadas capacitações e discutidas formas de documentar e avaliar a sustentabilidade e suas variações. Levamos em conta a premissa de que fatores envolvidos diretamente nos indicadores deveriam ser de fácil compreensão, constatação e visualização pelo agricultor. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com que princípios técnicos fossem respeitados, considerados e assumidos. O objetivo foi auxiliar o reconhecimento pelos agricultores dos tipos de manejo que mais influenciam na qualidade dos seus cultivos e a identificação das práticas agroecológicas mais adequadas às condições do agroecossistema, que possam trazer melhorias na sustentabilidade ambiental e na produção”, conta o pesquisador. Produção e comercialização A determinação, validação e aprovação dos indicadores ambientais são fases de um trabalho inicial de aprimoramento das atividades dos agricultores da Aproar. A produção dos associados é de hortaliças, frutas, feijão, ovos, mel e produtos derivados da cana de açúcar e do leite. Esses produtos proporcionam o sustento das famílias e a Aproar mantém, desde 2015, um canal de comercialização direta, semanalmente, na Feira Agroecológica de Anápolis (Feagro). A comercialização é feita também no formato de entrega sob encomenda utilizando a internet. A Aproar conta com a parceria da Emater Goiás e da Prefeitura de Anápolis, que cede espaço para a realização semanal da Feira. Foto: Álvaro Gonçalo Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos De acordo com Agostinho Didonet, a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo que seguem preceitos agroecológicos permitiram a constatação de aspectos importantes para a produção e o meio ambiente. “A validação dos indicadores evidencia a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores”, aponta o pesquisador. “Por outro lado, foi possível captar pontos positivos relacionados à sustentabilidade e à integração com o agroecossistema local, como, por exemplo, o manejo das áreas com diversidade de cultivos, a cobertura e proteção do solo, o manejo da irrigação e o controle de insetos (pragas e inimigos naturais) e de fitopatógenos”. Ainda conforme Didonet, os resultados do estudo devem ser comparados com avaliações de outros momentos, visando verificar a dinâmica e as possíveis alterações. O pesquisador pondera que os indicadores utilizados permitem destacar e avaliar a sustentabilidade ambiental na maioria das unidades produtivas. Ele ressalta que atividades de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis e demandadas são também importantes para o sucesso desse tipo de trabalho.
Foto: Rodrigo Peixoto
Estudo foi desenvolvido com a participação de agricutores familiares. Ao fundo, na foto, integrantes do projeto da Emater Goiás e Embrapa
Pesquisadores da Embrapa e da Agência Goiana de Assistência Técnica, Extensão Rural e Pesquisa Agropecuária (Emater Goiás) desenvolveram um método para medir os impactos da atividade de propriedades familiares sobre o meio ambiente. O trabalho propõe indicadores para verificar a dinâmica, as alterações e o equilíbrio do sistema produtivo de base agroecológica, com o objetivo de gerar melhores resultados para a agricultura e o ecossistema.
O trabalho foi conduzido em parceria com agricultores familiares ligados à Associação dos Produtores Agroecológicos de Anápolis e Região (Aproar), localizada no município de Anápolis (GO). Todos os participantes exercem atividades seguindo preceitos agroecológicos, uma produção ligada à conservação e à regeneração da diversidade de espécies de plantas, insetos e animais e de recursos naturais (água e solo).
O trabalho tem como base dez indicadores ambientais voltados a aferir a qualidade do solo e outros dez para medir a sanidade dos cultivos. Esses indicadores consistem em atributos, características passíveis de observação, que consideram toda a extensão de cada uma das unidades rurais e não apenas a atividade produtiva.
Para cada indicador, houve uma avaliação com notas em uma escala de zero a dez. Por exemplo, em relação à qualidade do solo, foram aplicadas notas para medir sua compactação, sua atividade microbiológica, a presença de erosão e de organismos invertebrados (insetos, aranhas, minhocas etc). No caso da sanidade dos cultivos, os quesitos considerados envolveram a vegetação natural circundante aos cultivos, a abundância e a diversidade de inimigos naturais de pragas, a incidência de doenças, dentre outros.
De acordo com um dos coordenadores do trabalho, o pesquisador da Embrapa Arroz e Feijão (GO) Agostinho Didonet, os indicadores ambientais foram estabelecidos considerando as práticas de manejo e de convivência do agricultor com os recursos locais, tendo em vista sempre os princípios agroecológicos já incorporados pelas propriedades rurais. Ainda segundo Didonet, a proposição de indicadores que expressam e quantificam a sustentabilidade ambiental foi determinada, por meio de metodologia participativa que uniu o conhecimento técnico ao dos agricultores, a partir da nivelação de conceitos e de modo a medir as práticas de manejo que mais influenciam na qualidade dos cultivos.
“Foram realizadas capacitações e discutidas formas de documentar e avaliar a sustentabilidade e suas variações. Levamos em conta a premissa de que fatores envolvidos diretamente nos indicadores deveriam ser de fácil compreensão, constatação e visualização pelo agricultor. Ao mesmo tempo, nos preocupamos com que princípios técnicos fossem respeitados, considerados e assumidos. O objetivo foi auxiliar o reconhecimento pelos agricultores dos tipos de manejo que mais influenciam na qualidade dos seus cultivos e a identificação das práticas agroecológicas mais adequadas às condições do agroecossistema, que possam trazer melhorias na sustentabilidade ambiental e na produção”, conta o pesquisador.
Produção e comercializaçãoA determinação, validação e aprovação dos indicadores ambientais são fases de um trabalho inicial de aprimoramento das atividades dos agricultores da Aproar. A produção dos associados é de hortaliças, frutas, feijão, ovos, mel e produtos derivados da cana de açúcar e do leite. Esses produtos proporcionam o sustento das famílias e a Aproar mantém, desde 2015, um canal de comercialização direta, semanalmente, na Feira Agroecológica de Anápolis (Feagro). A comercialização é feita também no formato de entrega sob encomenda utilizando a internet. A Aproar conta com a parceria da Emater Goiás e da Prefeitura de Anápolis, que cede espaço para a realização semanal da Feira. Foto: Álvaro Gonçalo |
Resultados e recomendações para a maior sustentabilidade dos cultivos
De acordo com Agostinho Didonet, a aplicação de indicadores e a avaliação das práticas de manejo que seguem preceitos agroecológicos permitiram a constatação de aspectos importantes para a produção e o meio ambiente. “A validação dos indicadores evidencia a necessidade de inserir adubos verdes para melhorar a matéria orgânica do solo nos sistemas produtivos juntamente com os cultivos utilizados pelos agricultores”, aponta o pesquisador. “Por outro lado, foi possível captar pontos positivos relacionados à sustentabilidade e à integração com o agroecossistema local, como, por exemplo, o manejo das áreas com diversidade de cultivos, a cobertura e proteção do solo, o manejo da irrigação e o controle de insetos (pragas e inimigos naturais) e de fitopatógenos”. Ainda conforme Didonet, os resultados do estudo devem ser comparados com avaliações de outros momentos, visando verificar a dinâmica e as possíveis alterações.
O pesquisador pondera que os indicadores utilizados permitem destacar e avaliar a sustentabilidade ambiental na maioria das unidades produtivas. Ele ressalta que atividades de treinamento, capacitação e divulgação de tecnologias úteis e demandadas são também importantes para o sucesso desse tipo de trabalho.
Rodrigo Peixoto (MTb/GO 1.077)
Embrapa Arroz e Feijão
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