Importações de produtos lácteos continuam em alta, preocupa produtores brasileiros
A importação de produtos lácteos segue aumentando mesmo com a implementação do decreto do governo federal. Produtores estão preocupados com a eficácia da medida e o impacto no mercado nacional. O Ministério da Agricultura fala em “importações preventivas” realizadas antes da entrada em vigor da legislação.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Medida do governo para desestimular importações de lácteos
O Decreto nº 11.732 estabelece regras para as empresas que importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável. A preocupação dos produtores com a continuidade das importações mesmo com a nova legislação em vigor é crescente.
Impacto das importações de lácteos no Brasil
Os números de importação de lácteos seguem em alta, preocupando produtores e especialistas do setor. Com a manutenção desse cenário, é importante entender as consequências para o mercado nacional e a produção local de leite.
Desenvolvimento
As importações de produtos lácteos continuam em alta mesmo com a implementação do decreto do governo para desencorajar as compras do exterior.
Isso tem gerado preocupação entre os produtores, que temem pela eficácia da medida. O Ministério da Agricultura justifica as importações como sendo “preventivas”, realizadas anteriormente à entrada em vigor da legislação.
Impacto do decreto nas importações
O Decreto nº 11.732 estabelece regras para a compra de leite in natura de produtores brasileiros, visando incentivar as empresas a aderirem ao Programa Mais Leite Saudável. No entanto, apesar das medidas, os números indicam que as importações de lácteos não foram contidas, atingindo volumes significativos.
Efeito nas indústrias e no mercado interno
A alta na importação de lácteos impacta diretamente os produtores nacionais, que veem seu mercado enfraquecido devido à concorrência com produtos mais baratos vindos do exterior. Isso gera uma queda nos preços pagos aos produtores, afetando a rentabilidade do setor e desestimulando a produção local.
Perspectivas futuras
Com o aumento das importações e a pressão sobre os produtores nacionais, é importante avaliar as estratégias e medidas a serem tomadas para proteger a cadeia produtiva de lácteos no Brasil. A análise da efetividade do decreto em conter as importações e a busca por alternativas se tornam essenciais para garantir a sustentabilidade do setor no país.
Conclusão: Ineficácia das medidas para conter importações de lácteos
Diante do cenário atual, fica evidente a preocupação dos produtores de leite com a possível ineficácia das medidas governamentais para conter as importações de lácteos. Mesmo com a entrada em vigor do Decreto nº 11.732, as importações continuam em alta, prejudicando os produtores brasileiros.
A avaliação da efetividade do decreto ainda está em processo, mas os números apresentados indicam que as importações preventivas foram uma estratégia adotada por muitas empresas. A desaceleração esperada nos próximos meses dependerá da evolução dos preços internacionais e das cotações no Brasil.
A queda nos preços pagos aos produtores de leite, aliada ao excesso de oferta e à concorrência das importações, contribui para um cenário desfavorável para a produção nacional. É fundamental que medidas mais eficazes sejam adotadas para proteger os interesses dos produtores e garantir a sustentabilidade do setor lácteo no país.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Importações de produtos lácteos continuam em alta, apesar de medida do governo
As importações de produtos lácteos mantêm trajetória de alta neste mês, a despeito da entrada em vigor do decreto do governo federal para desestimular as compras no exterior. Diante do aumento, produtores revelam preocupação com uma possível ineficácia da medida.
O Ministério da Agricultura e Pecuária fala em “importações preventivas”, fechadas antes da legislação entrar em vigor.
FAQs sobre as Importações de Produtos Lácteos
1. Qual é o objetivo do Decreto nº 11.732 em relação às importações de lácteos?
O Decreto nº 11.732 estabelece que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável podem aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros. Os importadores têm o índice reduzido para 20%.
2. Qual foi o volume de importações de lácteos na primeira quinzena de fevereiro?
Só na primeira quinzena de fevereiro, as importações de lácteos alcançaram 187 milhões de litros em equivalente leite, superando todo o mês de fevereiro de 2023. A média diária de importação até o dia 24 ficou estável em relação ao mês anterior, em 1.184 toneladas.
3. Qual a origem dos lácteos importados e quem são os principais importadores?
Os lácteos importados têm como origem principalmente Argentina e Uruguai. Os maiores importadores são laticínios, tradings, indústrias de alimentos, redes de supermercado e de restaurantes.
4. Como o decreto impacta os laticínios que importam produtos lácteos?
O decreto só impacta os laticínios que importam produtos lácteos, não afetando varejistas e tradings. Há perspectiva de desaceleração nas importações nos próximos meses devido à alta dos preços internacionais.
5. Como as importações de lácteos afetam os produtores brasileiros?
Há um desestímulo à produção de leite no país, especialmente para pequenos produtores, devido ao excesso de oferta que afeta o valor pago pelo leite cru. As importações corresponderam a 6% da oferta total no ano passado, afetando os preços e a rentabilidade dos produtores.
Fique por dentro das últimas informações sobre as importações de produtos lácteos e como elas impactam o mercado nacional. Saiba mais sobre as medidas do governo e as preocupações dos produtores em relação às importações em alta.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
As importações de produtos lácteos mantêm trajetória de alta neste mês, a despeito da entrada em vigor do decreto do governo federal para desestimular as compras no exterior. Diante do aumento, produtores revelam preocupação com uma possível ineficácia da medida.
O Ministério da Agricultura e Pecuária fala em “importações preventivas”, fechadas antes da legislação entrar em vigor.
O Decreto nº 11.732, assinado em outubro passado, estabelece que apenas empresas que não importam lácteos de países do Mercosul e participam do Programa Mais Leite Saudável, do Ministério da Agricultura, podem aproveitar até 50% do crédito presumido de PIS e Cofins da compra do leite in natura de produtores brasileiros.
Os importadores têm o índice reduzido para 20%.
Só na primeira quinzena de fevereiro, as importações de lácteos alcançaram 187 milhões de litros em equivalente leite, superando todo o mês de fevereiro de 2023, quando as compras somaram 156,5 milhões de litros, de acordo com dados do Ministério da Indústria, Comércio Exterior e Serviços.
A média diária de importação até o dia 24 ficou estável em relação ao mês anterior, em 1.184 toneladas. Em janeiro, as importações somaram 207 milhões de litros em equivalente leite, 32% mais que no mesmo mês do ano passado.
“A importação continua alta. É difícil saber se a nova regra vai ou não funcionar”, afirmou Geraldo Borges, presidente da Associação Brasileira dos Produtores de Leite (Abraleite), ressaltando que em 2023, as importações bateram recorde, chegando a 2,25 bilhões de litros em equivalente leite, alta de 68,8% em relação a 2022.
Procurado, o Ministério da Agricultura e Pecuária disse que a efetividade do decreto está em “processo de avaliação” e que os volumes que entraram no país em janeiro e fevereiro referem-se a negócios fechados anteriormente. “A avaliação inicial indica que ocorreram importações preventivas antes da vigência da alteração.
A partir de fevereiro será possível realizar uma análise mais aprofundada para avaliar a efetividade da medida”, informou em nota.
O ministério acrescentou que a entrada da medida em vigor não está diretamente relacionada aos procedimentos de fiscalização, que são internos e estão em processo de publicação. A fiscalização das fábricas deverá ser conduzida pela pasta e Receita Federal.
Os lácteos importados têm como origem principalmente Argentina e Uruguai. Segundo Borges, os maiores importadores são laticínios, tradings, indústrias de alimentos, redes de supermercado e de restaurantes. “Se eles veem o preço mais baixo importam e isso prejudica o produtor de leite no Brasil, que não tem subsídio”, disse.
Glauco Carvalho, economista e pesquisador da Central de Inteligência do Leite (Cileite) da Embrapa, ponderou que o decreto só impacta os laticínios que importam produtos lácteos. Varejistas e tradings não são afetados pela regra. “Provavelmente o volume de importação será alto em fevereiro”, disse.
Ele acrescentou que há perspectiva de desaceleração nas importações nos próximos meses devido à alta dos preços internacionais, mas isso também vai depender da evolução das cotações no Brasil.
Em dezembro de 2023, dado mais recente do Cepea/Esalq, o preço do leite pago ao produtor atingiu R$ 2,03 por litro, queda de 19,4% em 12 meses. O custo de produção, segundo a Abraleite, varia de R$ 1,80 a R$ 2,25 por litro, dependendo da região.
A rentabilidade do produtor em janeiro, segundo Carvalho, ficou 19,6% abaixo da registrada em igual mês de 2023.
De acordo com a Abraleite, há hoje um desestímulo à produção de leite no país, sobretudo para pequenos produtores. Isso porque o excesso de oferta afeta o valor pago pelo leite cru. No ano passado, as importações corresponderam a 6% da oferta total.
A Cileite estima que a disponibilidade de lácteos no Brasil cresceu 5,07% em 2023, enquanto a captação pelas indústrias aumentou 1,6%. Os preços dos lácteos ficaram, na média, 2,5% mais baixos em 2023.