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A safra 2023/24 de trigo no Brasil deve apresentar uma produção inferior à temporada anterior, que foi recorde, apesar do aumento nas estimativas divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento). No entanto, na Argentina, a Bolsa de Rosário prevê um aumento na produção nacional, embora as estimativas tenham diminuído a partir de junho. A produção mundial de trigo, por sua vez, deve ser maior na safra de 2023/24.
De acordo com os dados divulgados pela Conab neste mês, a produção brasileira de trigo está estimada em 10,42 milhões de toneladas, um aumento de 6,7% em relação à estimativa de junho. No entanto, ainda está 1,2% abaixo do recorde da temporada passada, representando uma diminuição de 124,7 mil toneladas.
A área destinada à cultura do trigo no Brasil apresenta um aumento de 11,1% em comparação com a safra anterior, totalizando 3,43 milhões de hectares. A estimativa de produtividade também aumentou para 3,04 t/hectare em relação ao mês de junho, mas ainda é 11,1% menor do que em 2022, segundo a Conab.
Em relação às importações, a Conab reduziu em 100 mil toneladas o volume estimado no relatório anterior, totalizando 5,5 milhões de toneladas neste mês (entre ago/23 e jul/24). As estimativas de exportação foram mantidas em 2,6 milhões de toneladas. O consumo interno é estimado pela Conab em 12,43 milhões de toneladas, um aumento ligeiro de 0,4% em relação à safra passada (ago/22 a jul/23). A disponibilidade doméstica está estimada em 16,61 milhões de toneladas (ago/23 a jul/24), um aumento de 5,3% em relação à safra anterior. Dessa forma, os estoques finais até jul/24 seriam de 1,57 milhão de toneladas.
Na Argentina, a área destinada à cultura do trigo voltou a diminuir, chegando a 5,4 milhões de hectares, a menor desde a safra 2015/16, devido ao clima seco no país. As estimativas de produção também foram revisadas para baixo, totalizando 15,6 milhões de toneladas. No entanto, esse número ainda é superior ao da temporada passada.
De acordo com o USDA, a produção mundial de trigo na safra 23/24 é estimada em 796,66 milhões de toneladas, uma diminuição de 0,4% em relação à previsão de junho, mas ainda 0,8% acima da produção da safra 22/23. Na Argentina, a produção deve apresentar um aumento de 39,4%.
Até o dia 8 de julho, 91,5% da área brasileira destinada ao cultivo do trigo já havia sido semeada, segundo dados da Conab. Na Argentina, até o dia 12 de julho, 86,2% da área já havia sido semeada, de acordo com a Bolsa de Cereais.
Em conclusão, a safra de trigo no Brasil deve ser inferior à temporada anterior apesar do aumento nas estimativas recentes, enquanto na Argentina, a produção nacional ainda será superior à do ano passado, apesar das revisões para baixo nas estimativas. A produção mundial de trigo deve apresentar um aumento na safra 23/24. O cultivo do trigo no Brasil e na Argentina está avançando, com a maioria da área já semeada em ambos os países.
Perguntas e Respostas:
1. Qual é a previsão de produção de trigo no Brasil para a safra 2023/24?
– A estimativa da Conab é de 10,42 milhões de toneladas, um aumento de 6,7% em relação à previsão de junho.
2. Qual é a área destinada à cultura do trigo no Brasil na safra atual?
– A área destinada ao trigo no Brasil é de 3,43 milhões de hectares, um aumento de 11,1% em relação à safra anterior.
3. Quais são as previsões de importação e exportação de trigo no Brasil?
– As importações estão estimadas em 5,5 milhões de toneladas e as exportações em 2,6 milhões de toneladas.
4. Qual é a previsão de produção de trigo na Argentina?
– A estimativa da Bolsa de Rosário é de 15,6 milhões de toneladas, ainda superior à temporada passada.
5. Qual é a estimativa da produção mundial de trigo na safra 23/24?
– O USDA estima que a produção mundial de trigo seja de 796,66 milhões de toneladas, um aumento de 0,8% em relação à safra anterior.
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Cepea, 18 de julho de 2023 – A safra 2023/24 de trigo no Brasil deve ser inferior à anterior (que foi recorde), apesar do aumento nas estimativas divulgadas pela Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) neste mês. Por outro lado, na Argentina, a Bolsa de Rosário prevê alta na produção nacional – embora as estimativas tenham diminuído a partir de junho. Já a produção mundial de trigo deve ser maior em 23/24.
Dados divulgados neste mês pela Conab mostram que a produção brasileira de trigo está estimada em 10,42 milhões de toneladas, 6,7% acima da prevista em junho, mas ainda 1,2% abaixo (-124,7 mil toneladas) do que o recorde da temporada passada.
A área destinada à cultura do trigo no Brasil é 11,1% maior que a da safra passada, totalizando 3,43 milhões de hectares. A estimativa de produtividade aumentou para 3,04 t/hectare em relação à registrada em junho, mas ainda é 11,1% menor do que em 2022 (3,43 t/ha), segundo a Conab.
Quanto às importações, a Conab reduziu em 100 mil toneladas o volume estimado no relatório anterior (de junho), para 5,5 milhões de toneladas neste mês (entre ago/23 e jul/24). As estimativas de exportação foram mantidas em 2,6 milhões de toneladas. O consumo é estimado pela Conab em 12,43 milhões de toneladas, ligeiramente 0,4% superior ao da safra passada (ago/22 a jul/23). A disponibilidade doméstica está estimada em 16,61 milhões de toneladas (23/ago e 24/07), 5,3% superior à anterior. Assim, até jul/24, os estoques finais totalizariam 1,57 milhão de toneladas.
ARGENTINA – Segundo o Bolsa de Rosário, a área destinada à cultura do trigo na Argentina voltou a cair, para 5,4 milhões de hectares, a menor desde a safra 2015/16, devido ao atual clima seco no país. Assim, as estimativas de produção também foram revisadas para baixo, para 15,6 milhões de toneladas; no entanto, ainda é mais alto do que na temporada passada.
PRODUÇÃO MUNDIAL – O USDA estima que a produção mundial de trigo totalize 796,66 milhões de toneladas na safra 23/24, 0,4% abaixo da previsão de junho, mas ainda 0,8% acima da produção de 22/23. Na Argentina, a produção deve crescer 39,4%.
SAFRAS – Segundo a Conab, até o dia 8 de julho, 91,5% da área brasileira destinada à cultura do trigo já havia sido semeada. Na Argentina, 86,2% foram semeados até 12 de julho, segundo a Bolsa de Cereais.
(Cepea-Brasil)
**Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo**
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Fonte: Cepea
