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arroba : O mercado físico do boi gordo registrou preços em alta no Centro-Norte do país nesta segunda-feira (20).
Segundo o analista da Safras & Mercado, Fernando Henrique Iglesias, no geral, os frigoríficos brasileiros ainda operam com escalas de abate encurtadas, em compasso de espera, aguardando o aval da China para retomar suas exportações.
Em São Paulo e em Minas Gerais, o mercado está acomodado, com menos propensão a reajustes, algo compreensível diante da importância das exportações na formação de preço desses estados.
Além disso, os preços do atacado recuaram no mercado paulista neste início de semana, tornando o quadro mais complicado.
Hoje, representantes do Ministério da Agricultura e do agronegócio brasileiro partiram em direção à China. Vale a menção que mesmo com a comitiva, a decisão pela retomada das exportações será da China. Questões mercadológicas costumam ter maior peso na decisão se comparado ao contexto político/diplomático.
Arroba do Boi no atacado
Os preços da carne bovina iniciaram a semana em queda no atacado, algo natural diante do perfil de consumo definido para a segunda quinzena do mês, período que conta com menor apelo ao consumo.
Além disso, a carne de frango segue mais competitiva neste momento, o que também acaba por interferir na formação de preços das proteínas concorrentes.
O quarto traseiro foi precificado a R$ 20,25 por quilo, queda de R$ 0,05.
O quarto dianteiro foi precificado a R$ 14,20 por quilo, queda de R$ 0,10.
A ponta de agulha foi precificada a R$ 14,30 por quilo, queda de R$ 0,20.
Com escalas curtas, preços da arroba sobem no Brasil
O mercado do boi gordo tem registrado altas expressivas nos preços da arroba em diversas regiões do país. A oferta restrita de animais terminados e a demanda aquecida pela carne bovina são os principais fatores que sustentam esse cenário.
Segundo dados da consultoria Safras & Mercado, em São Paulo, o preço da arroba do boi gordo passou de R$ 300 na terça-feira (16), um novo recorde nominal. Em relação ao início do mês, a alta foi de 6%. No Centro-Norte do país, os preços também subiram na segunda-feira (20), com destaque para o Pará, onde a arroba atingiu R$ 290.
Os frigoríficos brasileiros estão operando com escalas de abate encurtadas, em média de três a quatro dias úteis. Isso se deve à dificuldade de encontrar boiadas prontas para o abate e à expectativa pela retomada das exportações para a China, que estão suspensas desde o final de janeiro por causa de um caso atípico de vaca louca.
A China é o principal destino das exportações brasileiras de carne bovina e representa cerca de 40% do volume total embarcado. Uma comitiva do Ministério da Agricultura e do agronegócio brasileiro está na China desde segunda-feira (20) para negociar a reabertura do mercado.
Enquanto isso, os preços da carne bovina no atacado seguem firmes, refletindo o repasse dos custos mais altos da matéria-prima e a boa demanda interna e externa. O quarto traseiro foi cotado a R$ 20,25 por quilo na terça-feira (16), uma alta de 8% no mês. O quarto dianteiro foi cotado a R$ 14,20 por quilo, uma alta de 7%. A ponta de agulha foi cotada a R$ 14,30 por quilo, uma alta de 9%.
A tendência é que os preços da arroba e da carne bovina permaneçam elevados nos próximos meses, diante da oferta limitada e da demanda aquecida. Além disso, fatores sazonais como o fim do período das águas e o aumento do consumo no segundo semestre podem reforçar esse cenário.
Fontes:
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