embrapa apresenta novas cultivares de trigo na feira rural de inverno

Embrapa apresenta novas cultivares de trigo na Feira Rural de Inverno

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O mercado de cultivares de cereais de inverno evoluiu muito na última década, tanto em qualidade quanto em diversidade. Os usos incluem cultivares de trigo que atendem tanto à indústria de moagem (pães, massas e biscoitos) quanto à indústria de proteína animal (carne, leite, ovos). Novas oportunidades também incentivam a área de cultivo com cereais de inverno, com demanda para exportação e produção de biocombustíveis. Além do trigo, o triticale tem sido o cereal mais demandado na fabricação de ração animal e com grande potencial para o mercado de biocombustíveis, devido a sua rusticidade e alto potencial produtivo no campo, além de atributos tecnológicos como maiores teores de lisina e triptofanos na ração, e melhor conversão de amido para produção de etanol.

Para atender às demandas do mercado, a Embrapa apresenta no Winter Rural Show as cultivares de trigo BRS Gralha-Azul, BRS Sabia, BRS Sanhaço, BRS Atobá, BRS Jacana, BRS Belajoia e BRS Reponte. A Embrapa também apresentará uma cultivar de triticale – BRS Surubim – além de cultivares de trigo para forrageamento animal. “Selecionamos cultivares com alta produtividade, estabilidade, sanidade e qualidade tecnológica para diferentes usos na alimentação humana ou animal”, destaca o pesquisador André Prando, da Embrapa Soja.

Trigo BRS Jacana
Recentemente lançada, a cultivar BRS Jacana é um trigo da classe Pão, ideal para a fabricação do tradicional “pão francês”. Tem ciclo precoce, grão duro e é moderadamente resistente ao acamamento. Seu rendimento de grãos e estabilidade de produção, aliados à qualidade tecnológica, proporcionam ao agricultor e à indústria uma opção lucrativa de trigo para panificação. As regiões de indicação são: Paraná (região 1, 2 e 3), Santa Catarina (regiões 1 e 2) e São Paulo (região 2).

Trigo – BRS Atobá
BRS Atobá é uma cultivar de trigo melhoradora de ciclo precoce com ampla adaptabilidade e estabilidade de rendimento de grãos nas três regiões de trigo. A cultivar apresenta porte pequeno e boa resistência ao acamamento, germinação pré-colheita e debulha natural, além de boa tolerância à ferrugem. Esta cultivar também apresenta excelente sanidade, sendo moderadamente resistente à FHB, mancha foliar e crestamento das folhas. Devido à sua grande força de glúten, sua principal aplicação é na fabricação de pães industriais, mistura com farinhas fracas e produção de massas. As regiões de indicação são: Paraná (1, 2 e 3), Santa Catarina (1 e 2), São Paulo (2) e Mato Grosso do Sul (3).

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Trigo – BRS Sanhaço
O BRS Sanhaço é um trigo de ciclo médio, com boa capacidade de perfilhamento em regiões mais frias. A cultivar apresenta boa resistência à mancha foliar, FHB, debulha e acamamento. Este trigo é da classe Pão, considerando as médias de força do glúten e estabilidade da farinha. Possui maior destaque nas regiões trigueiras 1 e 2 para produtividade de grãos, com alta estabilidade em todas as épocas de semeadura. O ciclo médio é de 112 dias e a altura média das plantas é de 77 cm. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (Regiões 1 e 2); Paraná (Regiões 1, 2 e 3); São Paulo (Região 2) e Mato Grosso do Sul (Região 3).

BRS Gralha-Azul
A cultivar BRS Gralha-Azul é um trigo da classe Pão/Melhoramento indicado para a produção de farinha utilizada na fabricação do pão tradicional “francês”. Além da alta resistência e tenacidade ao glúten, o BRS Gralha-Azul apresenta estabilidade pela qualidade tecnológica, boa resistência à germinação pré-colheita, garantindo a qualidade do grão e boa resistência a doenças. Tem resistência moderada à ferrugem da folha, oídio, mancha foliar, vírus do mosaico comum do trigo e vírus do anão amarelo da cevada. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (regiões 1 e 2), Paraná (regiões 1, 2 e 3), São Paulo (região 2) e Mato Grosso do Sul (região 3). Possui ciclo médio de 124 dias e altura média de 83 cm, lembrando que as características dependem das condições edafoclimáticas.

Trigo – BRS Sabiá
A cultivar BRS Sabiá é um trigo da classe Pão, ideal para a fabricação do tradicional “pão francês”. Além de precoce e produtiva, a cultivar possui ampla adaptação e pode ser semeada em qualquer época recomendada para a cultura. A BRS Sabiá tem estabilidade em termos de qualidade tecnológica e rendimento de grãos, e um rápido start-up. Tem boa tolerância à ferrugem e boa resistência ao oídio e resistência moderada à mancha foliar, vírus do mosaico comum do trigo e vírus do anão amarelo da cevada. As regiões de adaptação são: Santa Catarina (regiões 1 e 2), Paraná (regiões 1, 2 e 3), São Paulo (região 2) e Mato Grosso do Sul (região 3).

Trigo – BRS Reponte
Trigo com baixo custo de produção e alto potencial produtivo, o BRS Reponte está entre os campeões de produtividade nos ensaios realizados na Região Sul. Apresenta qualidade tecnológica Pão nas regiões de adaptação 1 (RS, SC e PR) e Doméstica nas regiões 2 (RS e SC). Também se enquadra no perfil de trigo de exportação, uma nova modalidade de comercialização em desenvolvimento, caracterizada por trigos produtivos com teor de glúten W entre 200-220 e teor de proteína acima de 12%. Com ciclo precoce e maturação em 133 dias, altura média de 87 cm. Destaque para resistência ao oídio e resistência moderada ao FHB. Rendimentos entre 80 e 100 sc/ha.

Trigo – BRS Belajoia
Cultivar de ciclo precoce, indicada para as regiões 1 e 2 do RS e SC e região 1 do PR, que entrega o melhor pacote fitossanitário do mercado, permitindo redução de custos no controle de doenças. Além disso, possui potencial produtivo competitivo, proporcionando aos agricultores melhor custo-benefício. Apresenta também características diferenciadas do tipo de planta como porte pequeno, tolerância ao acamamento e excelente perfilhamento. Todas essas características combinadas permitem que a cultivar BRS Belajoia seja o trigo para o produtor que busca rentabilidade com menor custo. Rendimentos médios entre 50 e 65 sc/ha.

Triticale BRS Surubim
BRS Surubim é uma cultivar de triticale produtiva, com ciclo precoce para espigamento e médio para maturação. Além disso, possui grande
estabilidade e adaptação e excelente comportamento agronômico, pois incorpora características como rusticidade e resistência ao acamamento. Tem resistência ao oídio e ferrugem da folha, bem como boa tolerância à ferrugem. Sua principal aplicação é na mistura em farinha de trigo para fabricação de biscoitos. As regiões de indicação são: Paraná (1, 2 e 3), Santa Catarina (1,2) e São Paulo (2). “Esta nova cultivar se destaca pela sanidade e produtividade, sendo uma excelente opção para diversificar as culturas de inverno para a produção de grãos, com foco também na alimentação animal”, diz Prando.

Trigo para ração animal
A Embrapa desenvolveu cultivares de trigo destinadas aos sistemas de produção da agricultura familiar da região Sul, especialmente voltadas para a agricultura na atividade leiteira e engorda de novilhas em integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF). Com um ciclo vegetativo mais longo, o trigo permite que os animais pastam na época de escassez de forragem, chamada de vazio de outono e vazio de primavera. As cultivares destinam-se a múltiplos usos pela agricultura, como pastagem, silagem, colheita de feno ou grãos para abastecimento no cocho. Durante a Mostra Rural de Inverno, estarão em exposição as cultivares BRS Pastoreio e BRS Tarumaxi.

Trigo – BRS Pastoreio
Trigo de dupla finalidade, destinado tanto à produção de grãos quanto à ração animal. O ciclo tardio (descabeçamento em 133 dias e maturação em 156 dias) garante alta produção de forragem (2.442 kg/ha na soma de dois cortes) com grande oferta de pastagem ou feno. Desenvolvido com presença reduzida de bordas, o trigo BRS Pastoreio é especialmente indicado para silagem de planta inteira. O rendimento de silagem (massa verde) chega a 28.059 kg/ha e o rendimento de grãos (após dois cortes) é de 3.037 kg/ha (média de cinco locais no RS). A cultivar é adaptada às regiões 1 e 2 do Rio Grande do Sul.

Trigo – BRS Tarumax
Cultivar indicada para produção de forragem, com ênfase na produção a pasto em sistemas integrados lavoura-pecuária no sul do Brasil. Trata-se de uma cultivar de ciclo tardio, adaptada ao período prolongado de pastejo, com semeadura em março/abril com oferta de forragem até o final de outubro, o que possibilita forragem de alto valor nutricional no outono/inverno, quando as pastagens tradicionais apresentam taxa de crescimento. reduzido no sul do Brasil. Para suprir o vazio outonal, a cultivar de trigo BRS Tarumaxi foi adaptada a curtos períodos de calor, suportando oscilações de temperatura de 10ºC a 30ºC, que são frequentes no outono e na primavera na Região Sul. Outro avanço da cultivar é a tolerância ao alumínio do solo, além de excelente sanidade, resistente à ferrugem e moderadamente resistente à mancha foliar, mosaico, germinação na espiga, debulha e acamamento. Rendimento entre 3 e 16 ciclos de pastejo, com potencial de conversão animal de 1,66 kg de leite ou ganho de 1,09 peso vivo por kg de MS consumido.

(Tatiane Bertolino/Sou Agro – com a Embrapa)

Foto: Manoel Carlos Bassoi



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