No ano de 2022, a produção brasileira de proteína suína ultrapassou 4,9 milhões de toneladas e cerca de 22,48% desse montante, aproximadamente 1,12 milhão de toneladas, foi destinado à exportação. A atuação do Brasil no mercado mundial de proteína suína é cada vez mais relevante, o que exige maior cuidado com a saúde do rebanho, principalmente contra doenças respiratórias que impactam consideravelmente os índices de produção.

“A boa situação sanitária da suinocultura brasileira é reconhecida mundialmente, relacionada aos esforços na prevenção, vigilância, controle e erradicação de algumas doenças. No entanto, as doenças respiratórias, que são doenças de rebanho, ainda ocorrem com certa frequência nos rebanhos nacionais”, comenta Marcio Dahmer, médico veterinário e gerente de marketing da linha suína da Ceva Saúde Animal.

As doenças respiratórias dos suínos ainda estão disseminadas na maioria das granjas nacionais, e têm um impacto financeiro muito relevante em todos os elos da cadeia produtiva. Os prejuízos vão desde gastos com tratamento, incluindo mão de obra e medicamentos, piora na conversão alimentar e ganho de peso dos animais, além de proteína de menor qualidade e descarte de carcaças em decorrência de lesões pulmonares encontradas no abate.

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“A Pneumonia Enzoótica, o Circovírus e a Pleuropneumonia Suína são as doenças respiratórias que mais se destacam nas granjas brasileiras, com taxas de morbidade que variam entre 10 e 40%, e mortalidade que pode chegar a 20%. Os números são grandes, principalmente porque os animais mais suscetíveis são os leitões em fase de creche, e os leitões que sobrevivem carregam as consequências dessas infecções por toda a vida produtiva”, alerta Marcio.

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Um ponto importante que essas doenças têm em comum é a relação direta com o meio ambiente e o mau manejo, que facilitam a disseminação de agentes infecciosos. Segundo Marcio, “a mistura de animais de diferentes procedências e com diferentes protocolos sanitários é um dos principais desencadeadores de endemias respiratórias nas fazendas. Além disso, rebanhos com densidade muito alta, altos níveis de dióxido de carbono e amônia no ar e pouca ventilação, geram um ambiente mais favorável para a contaminação dos animais”.

Adequação de instalações e manejo são importantes para o controle dessas doenças, mas não atuam isoladamente. “Investir na saúde do plantel é essencial. A imunização de leitões e novos animais soma-se ao grupo com vacinas consagradas no mercado nacional e internacional, como a Circovac®, que previne o Circovírus, a Hyogen®, que atua contra a Pneumonia Enzoótica, e a Coglapix®, que auxilia na prevenção de Pleuropneumonia, deve fazer parte do protocolo sanitário da granja. A imunização contra essas três doenças é fundamental para limitar a proliferação dos agentes entre os animais e mitigar os impactos causados ​​pelas doenças”, reforça Marcio.

Da mesma forma, o profissional destaca a importância do acompanhamento da situação sanitária da granja por meio dos dados obtidos no momento do abate. Informações relevantes que auxiliam os suinocultores a adotarem programas de biossegurança mais precisos para a granja e seu entorno.

“Muitas informações encontradas através da observação dos pulmões de suínos abatidos, incluindo a diferenciação de lesões e suas localizações, são essenciais para melhorar o status de doenças respiratórias em suínos no Brasil. Hoje temos tecnologias gratuitas, como o Programa Ceva Lung (CLP), que é uma ferramenta de alto valor para o suinocultor com um banco de dados alimentado por fazendas de todo o mundo e que, aliado às informações da fazenda local, traz sugestões específicas para aquela propriedade com abordagens mais específicas para as doenças respiratórias que acometem aquele rebanho”, explica o veterinário.

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Ter uma visão 360º da saúde pulmonar da granja orientando com precisão o que precisa ser melhorado é essencial na suinocultura moderna. “Com as ferramentas certas e conhecimento direcionado, é possível melhorar o estado sanitário das granjas e garantir suínos mais saudáveis, reduzir perdas com descarte de carcaças no abatedouro e fornecer proteína suína de maior qualidade ao consumidor”, finaliza.

(Com Assis Comunicações)

(Emanuely/Sou Agro)



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