O cenário do trigo: incertezas e oportunidades
Um setor fundamental para a economia agrícola, o mercado do trigo enfrenta desafios e oportunidades constantes. O recente 9º Fórum do Trigo reuniu especialistas e produtores para discutir as incertezas da política argentina e as oportunidades no mercado nacional. Neste artigo, vamos analisar os principais pontos abordados no evento e como eles podem impactar o cenário do trigo nos próximos tempos.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!As promessas e desafios da política argentina
O analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, trouxe insights sobre a nova política para o trigo adotada pelo governo argentino, liderado pelo presidente Javier Milei. As promessas de zerar as retenciones e desvalorizar o câmbio podem impactar diretamente a rentabilidade dos produtores. No entanto, a situação fiscal delicada do país levanta dúvidas sobre a viabilidade dessas medidas. Como isso pode afetar o mercado brasileiro? Vamos explorar essa questão em detalhes ao longo deste artigo.
Subtítulo 3
Os desafios e oportunidades do mercado nacional
Subtítulo 4
Como as tendências do mercado internacional influenciam a produção nacional
Subtítulo 5
A importância da qualidade do trigo gaúcho e a busca por melhorias contínuas
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Desenvolvimento
O 9º Fórum do Trigo foi um evento crucial para debater as incertezas da política argentina e as oportunidades do mercado nacional. Especialistas e produtores se reuniram para discutir as possíveis mudanças na política de exportação agrícola do governo argentino e como isso poderia impactar o Brasil. Uma das principais questões levantadas foi a intenção do presidente Javier Milei de zerar as retenciones sobre as exportações de trigo, o que poderia resultar em preços mais baixos para o produto no mercado brasileiro. No entanto, as condições fiscais da Argentina podem dificultar a concretização dessa proposta, levantando dúvidas sobre a viabilidade das promessas feitas.
Impacto no mercado nacional
A possibilidade de uma maior oferta de trigo argentino no Brasil poderia impactar diretamente os preços e a competitividade dos produtores nacionais. Com a presença de mais trigo no mercado, os preços tendem a cair, o que pode ser prejudicial para os agricultores brasileiros. Além disso, a incerteza em relação à política argentina cria um ambiente de instabilidade no setor, o que pode afetar as decisões de investimento e produção dos produtores locais.
Conclusão
O 9º Fórum do Trigo foi um evento importante para analisar os possíveis impactos das mudanças na política argentina no mercado brasileiro. As discussões levantadas durante o encontro destacaram a necessidade de os produtores estarem atentos às novidades e às incertezas do cenário internacional. A cooperação entre os países produtores de trigo e a busca por soluções que beneficiem toda a cadeia produtiva são fundamentais para garantir a sustentabilidade do setor. É essencial que os produtores estejam preparados para lidar com as possíveis mudanças e se adaptem rapidamente às novas condições do mercado para se manterem competitivos e sustentáveis.
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Conclusão: O Futuro do Mercado do Trigo
Diante das incertezas políticas na Argentina e das oportunidades do mercado nacional, é fundamental que os produtores e especialistas estejam atentos às mudanças no cenário internacional. O aumento da produção de trigo no Brasil, aliado à melhoria genética e tecnológica, traz perspectivas positivas para o setor. É necessário manter a qualidade do trigo gaúcho, buscando a substituição de importações e garantindo a rentabilidade da cultura. Investir no longo prazo e entender as tendências do mercado são essenciais para se adaptar e prosperar na indústria do trigo.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
9º Fórum do Trigo: Oportunidades e Incertezas no Mercado Nacional e Internacional
O 9º Fórum do Trigo reuniu especialistas e produtores para discutir as oportunidades e desafios do mercado nacional e internacional. O evento, que aconteceu no Auditório Central da Expodireto Cotrijal, abordou as incertezas da política argentina e como isso impacta o Brasil, além de destacar as perspectivas para o setor tritícola.
Palestra sobre a Nova Política do Trigo na Argentina
O analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, abriu o evento com uma palestra sobre a nova política para o trigo na Argentina. Ele discutiu as promessas do governo de Javier Milei, que incluem zerar as retenciones e desvalorizar o câmbio. Bento ressaltou que essas medidas podem aumentar a rentabilidade dos produtores argentinos, mas também impactar o mercado brasileiro com a entrada de mais trigo barato.
FAQs sobre a Política do Trigo na Argentina
1. Quais são as principais propostas do governo de Javier Milei para o setor tritícola na Argentina?
O governo de Javier Milei propôs zerar as retenciones (impostos sobre exportações agrícolas), acabar com as cotas de exportação e desvalorizar o câmbio.
2. Como essas medidas podem afetar o mercado brasileiro?
A entrada de mais trigo argentino no mercado brasileiro pode resultar em preços mais baixos para os produtores locais.
3. Qual é a expectativa quanto à implementação dessas medidas?
É pouco provável que todas as promessas de Milei sejam cumpridas em curto prazo, devido à situação fiscal complicada da Argentina.
4. Como os produtores brasileiros podem se preparar para essas mudanças no mercado?
Os produtores brasileiros precisam estar atentos às movimentações políticas na Argentina e buscar estratégias para garantir a competitividade no mercado nacional e internacional.
5. Qual é a importância do trigo para a economia brasileira?
O trigo é um insumo fundamental para a indústria de alimentos no Brasil, sendo utilizado na produção de pães, massas, biscoitos e outros produtos. A busca por qualidade e sustentabilidade na produção nacional tem impulsionado a substituição de importações e o crescimento do setor.
No Fórum do Trigo, também foi discutida a visão da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo) sobre o mercado nacional e internacional, ressaltando a importância da qualidade do trigo gaúcho e as perspectivas para o setor tritícola no Brasil. O evento proporcionou insights valiosos e estimulou a troca de experiências entre os participantes, destacando a importância do setor para a economia do país.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
O 9º Fórum do Trigo reuniu especialistas e produtores na tarde de quarta-feira, 6, no Auditório Central da Expodireto Cotrijal. As incertezas da política Argentina e as oportunidades do mercado nacional foram os temas debatidos.
O evento foi aberto com a palestra do analista da Safras & Mercado, Élcio Bento, que tratou da nova política para o trigo pelo governo do presidente Javier Milei e os impactos no Brasil. O especialista relatou que o principal plano da Casa Rosada é zerar as retenciones (impostos sobre exportações agrícolas), atualmente em 12%, o que aumentaria a rentabilidade do produtor. Porém, a situação fiscal do país ainda não permitiu essa isenção.
Outras promessas são acabar com as cotas de exportação, prorrogar o prazo de declarações juradas de vendas ao exterior e desvalorizar o câmbio. “Como tudo isso impacta o Brasil” Basicamente, mais trigo argentino significa mais trigo barato no Brasil, o que derruba os preços”, afirma Bento.
Questionado sobre a sua expectativa quanto a Milei cumprir suas promessas, Bento disse que é pouco provável que todas sejam cumpridas em curto prazo. “Eu não gosto muito de falar de política, pois sou economista e não cientista político e nem especialista nessa área, mas dada toda a situação bastante complicada, econômica e fiscal, na Argentina, é muito provável que nem tudo que ele está prometendo vá conseguir cumprir, especialmente, em relação às isenções das retenciones. Isso é bastante complicado de se conseguir agora”, analisa Bento.
Na sequência, o presidente do Conselho Deliberativo da Associação Brasileira da Indústria do Trigo (Abitrigo), Rogério Tondo, tratou da visão da entidade sobre o mercado nacional e internacional. Ele destacou que a Argentina é sempre uma surpresa e sinalizou que é preciso ficar atento aos rumos do governo Milei.
“A questão política diz muito se vai ou não ter retenciones. Isso mexe com toda a precificação de mercado internacional e é sempre uma luz na frente, mas a gente não sabe se é a luz de um trem ou de uma saída boa”, explica Tondo.
Em relação ao Brasil, o presidente da Abitrigo comenta que há mercados diferentes para trigos diferentes, com potenciais clientes em todo país. No Brasil, segundo números da entidade, 42,6% da produção é destinada para produção de pão francês, 12,5% para massas, 10% para biscoitos e 9,6% para uso doméstico.
“Continuem acreditando, pois a qualidade do trigo gaúcho cresceu muito nos últimos anos. Tanto é que houve mais substituição de importação do trigo argentino, especialmente, no Rio Grande do Sul. E continuem com essa batida de melhoria genética e tecnológica. Além disso, é preciso olhar no longo prazo – haverá anos ruins e bons – sempre pensando que o trigo é um redutor de custos para a lavoura de soja ou de milho”, afirma Tondo.