Como funciona o controle biológico do carrapato bovino?

O serviço pioneiro da Decoy consolida tecnologia que simboliza menor risco para o gado e economia para os pecuaristas

De acordo com dados divulgados pela Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), o Pecuária brasileira soma US$ 2 bilhões em perdas anuais com infestação de carrapatos, o que causa doenças e sérios problemas ao animal. Diante desse cenário, o mercado vem consolidando o controle biológico como a resposta mais assertiva e menos danosa ao parasita.

Segundo Marcus Vinícius Jordão, Analista de Pesquisa e Desenvolvimento da Decoy Smart Control, AgTech de biotecnologia que oferece soluções sustentáveis ​​em controle de pragas para o mercado de saúde animal, o controle biológico baseia sua proteção desde o uso de organismos vivos até o controle da população de uma praga, fazendo com que a densidade populacional desse parasita em questão fique abaixo do chamado “nível de dano econômico”, ou seja, abaixo do nível de dano aos produtores.

“Na Decoy, esse controle é feito com fungos acaropatogênicos, que infectam os ácaros, sendo os inimigos naturais do carrapato. Do ponto de vista da ecologia populacional, não há um extermínio da população da praga, mas um controle que leva à redução da densidade populacional de carrapatos para abaixo do limiar de dano econômico e desequilíbrio ecológico, consequentemente, garantindo a manutenção de bem-estar. ser. de gado”, explica o especialista.

Esse tipo de controle conta com a ação dos esporos fúngicos que, ao entrarem em contato com os carrapatos, aderem e iniciam o processo de germinação, que dá origem ao chamado tubo germinativo. Este tubo, por sua vez, exerce pressão mecânica e produz enzimas para penetrar no interior do carrapato. Dentro dos parasitas, os fungos começam a consumir os nutrientes da praga através da liberação de enzimas e toxinas, causando sua morte. Em condições ambientais favoráveis, após a morte do carrapato, os fungos podem se exteriorizar e liberar novos esporos no ambiente, podendo assim reiniciar esse ciclo infeccioso.

Além de garantir o controle efetivo da população de carrapatos adultos por meio da aplicação da tecnologia em bovinos, a Decoy também oferece a aplicação da tecnologia em pastagens – onde são encontrados 95% dos carrapatos – resultando em uma redução significativa do número de larvas no pastagem, levando, posteriormente, à diminuição do número de indivíduos adultos e, consequentemente, à diminuição do número de ovos que serão depositados no ambiente. “Com isso, há uma quebra no ciclo de crescimento populacional desenfreado da peste”, reforça Jordão.

“Todos esses fatores simbolizam vantagens comerciais do controle biológico em relação aos defensivos químicos. Isso porque, além de oferecer muito menos risco ao gado e ao aplicador, esse tipo de tecnologia de proteção também se beneficia do fato de não ter o perigo de enfrentar uma resistência adquirida, como comumente acontece no caso de produtos químicos” , adiciona o Analista de Pesquisa e Desenvolvimento.

Mercado forte e promissor

Por mais que esteja consolidado no mercado agrícola nacional – o Brasil é líder mundial na utilização dessa ferramenta no campo com mais de 23 milhões de hectares utilizando a tecnologia segundo a Embrapa -, o controle biológico ainda é considerado uma estratégia relativamente nova, principalmente no setor. rancheiro. Segundo o CEO da Decoy, Lucas von Zuben, essa realidade só começou a mudar graças à entrada da startup no mercado, pois foi a primeira a conseguir replicar o sucesso do setor agrícola também na pecuária.

“O controle biológico de pragas na pecuária, principalmente quando falamos em controle de carrapatos, traz diversos desafios. Isso é evidenciado quando observamos a grande quantidade de pesquisas acadêmicas na área de controle biológico para artrópodes pecuários, mas poucos resultados foram realmente eficientes em campo. A Decoy alcançou a posição de pioneira nesse tipo de controle, conseguindo levar ao produtor uma tecnologia realmente eficaz contra carrapatos e segura para os animais e o meio ambiente”, enfatiza.

Dados do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) revelam que o uso de bioinsumos no controle biológico de pragas em plantas pode trazer economia de US$ 13 bilhões por ano ao setor agrícola do país. O empresário acredita que o pioneirismo da Decoy também trará benefícios para o segmento pecuário nos próximos anos.

“A tecnologia da empresa vem abrindo muitas portas para os biopesticidas em geral na pecuária, mostrando que é possível, não só cientificamente, mas também na prática, obter um controle eficaz de pragas, que tenha um manejo viável para os produtores e que seja 100% natural, não causando nenhum tipo de dano aos aplicadores, animais domésticos e meio ambiente”, conclui o CEO.