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Como controlar essa praga?

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cigarrinha-das-pastagens praga
Como controlar essa praga? 7

Sumário

1. Controle cultural da cigarrinha-das-pastagens

1.1 Diversificação das pastagens

1.2 Manejo de pastagens

2. Correção do pH e adubação de pastagens

3. Consorciação de gramíneas x leguminosas

4. Sementes forrageiras

5. Uso do fogo

6. Controle químico das cigarrinhas-das-pastagens

7. Controle biológico das cigarrinhas-das-pastagens

Introdução

O manejo da cigarrinha-das-pastagens requer a adoção de medidas integradas e ecológicas para redução do nível populacional da praga e proteção das gramíneas forrageiras.

Neste artigo, serão apresentados diferentes métodos de controle, desde o controle cultural até o controle químico e biológico.

Cada um desses métodos desempenha um papel importante na manutenção da saúde das pastagens e na preservação dos inimigos naturais da cigarrinha-das-pastagens. Através do uso combinado dessas medidas, é possível minimizar os danos causados pela praga e garantir a produtividade das áreas de pastagem.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

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Para o manejo da cigarrinha-das-pastagens não se deve pensar em um método isolado e sim em um conjunto de medidas que devem ser adotadas de maneira integrada e ecológica, visando a redução do nível populacional da praga, a preservação dos inimigos naturais e a proteção das gramíneas forrageiras na sua fase de maior suscetibilidade ao ataque.

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Controle cultural da cigarrinha-das-pastagens

Diversificação das pastagens: consiste no estabelecimento de pastos com diferentes espécies de gramíneas e com variável nível de suscetibilidade às cigarrinhas.

Nos períodos de maior incidência do inseto, os pastos formados com gramíneas de suscetibilidade alta (Brachiaria decumbens cv Basilisk, Brachiaria ruziziensis) e tolerantes (Brachiaria humidicola) devem ser submetidos a pastejo leve, enquanto os animais são manejados nos pastos com capins resistentes (Brachiaria brizantha cv Marandu, Panicum maximum cv Massai).

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Assim, os suscetíveis mantêm seu vigor, suportando os danos causados pela praga. Recomenda-se evitar a formação de extensas áreas de pastagens com uma única espécie, na tentativa de impedir que a resistência seja superada.

Manejo de pastagens

Através da subdivisão dos pastos e controle da pressão de pastejo. Durante o período de maior ocorrência do inseto (novembro a abril), evitar o superpastejo, principalmente das gramíneas suscetíveis.

As gramíneas com hábito de crescimento rasteiro devem ser mantidas a altura entre 25 cm e 30 cm e as de crescimento cespitoso entre 40 e 45 cm, mantendo o vigor das plantas e permite a preservação dos inimigos naturais da cigarrinha-das-pastagens.

Recomenda-se que pastagens de capins suscetíveis sejam rebaixadas, sem sobra de matéria senescente durante o período de maior concentração de postura de ovos em diapausa (março/abril).

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Pastagem de tifton danificada por cigarrinha-das-pastagensPastagem de tífton danificada por cigarrinha-das-pastagens

Praga : Correção do pH e adubação de pastagens

Com o decorrer do tempo de utilização dos pastos, há uma constante e crescente queda no vigor da rebrota das forrageiras e infestação por plantas invasoras. Além disso, o ataque de pragas e doenças e o manejo inadequado resultam no processo de degradação das pastagens.

A reposição periódica dos nutrientes limitantes ao crescimento das gramíneas (fósforo, potássio e nitrogênio) deve ser determinada pela análise de solo e exigências da forrageira, a fim de manter as plantas vigorosas e resistentes ao ataque não só da cigarrinha-das-pastagens, mas de outras pragas também.

Consorciação de gramíneas x leguminosas

Baseia-se no princípio de que as cigarrinhas alimentam-se exclusivamente de gramíneas, assim quando essas estiverem consorciadas com leguminosas, há redução do substrato livre para praga. Quando as leguminosas são plantadas em faixas, essas atuam como barreira na dispersão dos adultos.

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Além disso, deve-se considerar que pastagens consorciadas, quando bem manejadas, apresentam melhor valor nutritivo que reflete positivamente no desempenho animal.

Sementes forrageiras

Ao se adquirir sementes para formação e reforma de pastagens, deve-se certificar de que apresentam boa qualidade e ausência de ovos de cigarrinhas em quiescência.

Uso do fogo

O uso indiscriminado da queimada traz prejuízos à ecologia (extermínio dos inimigos naturais) e propriedades físico-químicas e biológicas do solo, que contribuem no processo de degradação das pastagens.

Deve-se restringir a pastos que tradicionalmente apresentam altas infestações através de queimada controlada durante a estação seca, buscando-se inviabilizar os ovos quiescentes, o que nem sempre é alcançado, podendo ter pouco ou nenhum controle. Recomenda-se, portanto, evitar o uso de tal medida.

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Controle químico das cigarrinhas-das-pastagens

O emprego de inseticidas no controle de adultos de cigarrinhas-das-pastagens, só se justifica em caso de pastagens que tenham um alto valor agregado, como às destinadas à produção de sementes.

Para efetuar o controle, deve-se monitorar a população das ninfas, através de observações periódicas no campo. Recomenda-se, o controle somente após a constatação da existência de 20 a 25 ninfas de últimos instares (quase adultos)/m2.

Como existem ninfas de diferentes instares (“idades”), pode ser necessário repetir a aplicação sete dias após. Jamais utilizar inseticidas após a constatação do amarelecimento, pois a expressão dos sintomas se dá cerca de três semanas após o ataque das cigarrinhas adultas, período no qual os insetos responsáveis pelo dano já completaram seu ciclo. Ao conciliar o controle químico ao biológico numa mesma área de pastagem, deve-se optar por inseticidas compatíveis ao agente biológico.

O maior desafio ao controle químico das formas jovens das cigarrinhas, evitando-se assim que o adulto injete a saliva tóxica e cause o dano às pastagens, é fazer com que os produtos consigam vencer a barreira de proteção oferecida pela espuma na base da planta forrageira.

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Controle biológico das cigarrinhas-das-pastagens

Os inimigos naturais atuam em maior ou menor grau para redução da população das cigarrinhas, devendo-se adotar medidas que visem manter e/ou aumentar as suas populações, na busca do equilíbrio biológico.

Em condições de campo, as cigarrinhas são parcialmente controladas por vários inimigos naturais, entre eles o mais importante é o fungo Metarhizium anisopliae que coloniza as ninfas e os adultos. No entanto, a efetividade do fungo depende dos fatores ambientais, principalmente, temperatura e umidade relativa do ar.

Também tem-se observado larvas das moscas, Salpingogaster nigra e Salpingogaster pygophora, penetrando a massa espumosa para se alimentarem das ninfas e outros inimigos naturais, tais como: aranhas, formigas, microhimenópteros e nematóides entomopatogênicos.

O fungo M. anisopliae tem-se mostrado uma alternativa válida no controle das cigarrinhas em canaviais, com eficiência variando de 10 a 60%.

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Em regiões ecologicamente favoráveis ao entomopatógeno, o uso do fungo tem superado o efeito real dos inseticidas químicos na evolução da praga. Embora ainda não se tenha definido um nível de dano econômico para a cigarrinha-das-pastagens, sugere-se que sejam feitos levantamentos populacionais da praga antes do controle, levando-se em consideração todas as medidas citadas anteriormente.

Para tanto, no período de máxima precipitação, quando ocorre a maior incidência do inseto, sugere-se realizar levantamentos de insetos a cada 15 dias.

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Manejo integrado e ecológico da cigarrinha-das-pastagens para redução populacional e proteção das gramíneas forrageiras

Introdução: A cigarrinha-das-pastagens é uma praga que causa danos significativos nas gramíneas forrageiras, afetando a produção e produtividade das pastagens. Para o manejo eficiente dessa praga, é necessário adotar um conjunto de medidas integradas e ecológicas que visem reduzir a população da cigarrinha, preservar seus inimigos naturais e proteger as gramíneas em sua fase mais suscetível ao ataque.

Controle cultural da cigarrinha-das-pastagens:
– Diversificação das pastagens: O estabelecimento de pastos com diferentes espécies de gramíneas de suscetibilidade variável às cigarrinhas é uma estratégia importante.

Durante os períodos de maior incidência do inseto, os pastos formados com gramíneas de alta suscetibilidade devem ser submetidos a pastejo leve, enquanto os animais são manejados em pastos com capins resistentes.

Isso permite que as gramíneas suscetíveis mantenham seu vigor e suportem os danos causados pela praga. É recomendado evitar a formação de extensas áreas de pastagens com uma única espécie, a fim de impedir que a resistência seja superada.

Manejo de pastagens:
– Subdivisão dos pastos e controle da pressão de pastejo: Durante o período de maior ocorrência da cigarrinha-das-pastagens, é importante evitar o superpastejo das gramíneas suscetíveis.

As gramíneas com hábito de crescimento rasteiro devem ser mantidas a altura entre 25 cm e 30 cm, enquanto as de crescimento cespitoso devem ser mantidas entre 40 cm e 45 cm. Isso permite manter o vigor das plantas e preservar os inimigos naturais da praga.

Recomenda-se rebaixar as pastagens de capins suscetíveis sem sobra de matéria senescente durante o período de maior concentração de ovos em diapausa.

Correção do pH e adubação de pastagens:
– A reposição periódica de nutrientes limitantes ao crescimento das gramíneas, como fósforo, potássio e nitrogênio, é essencial para manter as plantas vigorosas e resistentes ao ataque da cigarrinha-das-pastagens e de outras pragas.

A análise de solo e as exigências da forrageira devem ser consideradas para determinar as quantidades adequadas de nutrientes a serem aplicadas.

Consorciação de gramíneas x leguminosas:
– A consorciação de gramíneas com leguminosas reduz o substrato livre para a praga, uma vez que as cigarrinhas se alimentam exclusivamente de gramíneas.

As leguminosas, quando plantadas em faixas, atuam como barreiras na dispersão dos adultos. Além disso, as pastagens consorciadas apresentam melhor valor nutritivo, o que beneficia o desempenho animal.

Sementes forrageiras:
– Ao adquirir sementes para a formação e reforma de pastagens, é importante certificar-se de que estão livres de ovos de cigarrinhas em quiescência. A qualidade das sementes é essencial para evitar a introdução da praga na pastagem.

Uso do fogo:
– O uso indiscriminado da queimada traz prejuízos à ecologia e propriedades do solo, contribuindo para a degradação das pastagens. Recomenda-se restringir o uso do fogo apenas em pastos com altas infestações, porém, essa medida pode ter pouco ou nenhum controle sobre os ovos quiescentes da cigarrinha.

Controle químico das cigarrinhas-das-pastagens:
– O controle químico dos adultos de cigarrinhas só é recomendado em pastagens de alto valor agregado, como as destinadas à produção de sementes.

É necessário monitorar a população das ninfas através de observações periódicas no campo e realizar o controle somente quando forem constatadas 20 a 25 ninfas de últimos instares por metro quadrado. É importante utilizar inseticidas compatíveis com os agentes biológicos.

Controle biológico das cigarrinhas-das-pastagens:
– Os inimigos naturais, como o fungo Metarhizium anisopliae e larvas das moscas Salpingogaster nigra e Salpingogaster pygophora, atuam no controle da população das cigarrinhas.

A efetividade do fungo depende das condições ambientais, como temperatura e umidade. Em regiões favoráveis ao fungo, seu uso tem se mostrado mais eficiente do que os inseticidas químicos. Recomenda-se realizar levantamentos populacionais da praga antes de adotar medidas de controle.

O manejo integrado e ecológico da cigarrinha-das-pastagens envolve a adoção de medidas como diversificação das pastagens, manejo de pastagens, correção do pH e adubação, consorciação de gramíneas com leguminosas, uso de sementes forrageiras de qualidade, restrição do uso do fogo, controle químico e biológico.

A aplicação dessas medidas de forma integrada é essencial para reduzir o nível populacional da praga, preservar os inimigos naturais e proteger as gramíneas forrageiras.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Conclusão:

Em conclusão, o manejo da cigarrinha-das-pastagens requer a adoção de medidas integradas e ecológicas. Não é suficiente utilizar apenas um método isolado, mas sim implementar um conjunto de ações que visem reduzir a população da praga, preservar os inimigos naturais e proteger as gramíneas forrageiras.

Medidas como diversificação das pastagens, manejo adequado dos pastos, correção do pH e adubação, consorciação de gramíneas com leguminosas, utilização de sementes de boa qualidade e controle químico e biológico são importantes para o manejo eficiente da cigarrinha-das-pastagens.

Perguntas com respostas:

1. Quais são as medidas que devem ser adotadas para o manejo da cigarrinha-das-pastagens?

Resposta: Diversificação das pastagens, manejo adequado dos pastos, correção do pH e adubação, consorciação de gramíneas com leguminosas, utilização de sementes de boa qualidade e controle químico e biológico.

2. Por que é importante diversificar as pastagens?

Resposta: A diversificação das pastagens consiste em estabelecer pastos com diferentes espécies de gramíneas e níveis de suscetibilidade às cigarrinhas. Isso ajuda a manter o vigor das gramíneas suscetíveis, suportando os danos causados pela praga.

3. Qual é a importância do manejo adequado dos pastos?

Resposta: O manejo adequado dos pastos, como a subdivisão dos pastos e o controle da pressão de pastejo, ajuda a preservar os inimigos naturais da cigarrinha-das-pastagens e manter o vigor das plantas.

4. Por que é necessário corrigir o pH e adubar as pastagens?

Resposta: Com o tempo, as pastagens podem sofrer degradação, tornando-se menos resistentes ao ataque da cigarrinha-das-pastagens. A correção do pH e a adubação ajudam a manter as plantas vigorosas e resistentes não só à cigarrinha, mas também a outras pragas.

5. Por que é importante realizar o controle químico e biológico da cigarrinha-das-pastagens?

Resposta: O controle químico e biológico são medidas importantes para reduzir a população da cigarrinha-das-pastagens. O controle químico deve ser realizado apenas em casos específicos, como pastagens de alto valor agregado. O controle biológico, por sua vez, utiliza os inimigos naturais da praga para reduzir sua população de forma sustentável.

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