Como controlar a saúva nas plantações?

Como controlar a saúva nas plantações?

A saúva é um dos principais inimigos do agronegócio brasileiro, já que pode reduzir a capacidade foliar de quase todos os cultivos e até atrapalhar o trânsito de máquinas agrícolas.

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Com população e complexidade semelhantes às das grandes cidades humanas, a saúva faz ninhos em profundidades de mais de 5 metros.

As colônias surgem a partir do voo nupcial entre a tanajura (fêmea) e o bitus (macho) durante o período de chuvas. Depois de fecundada, a tanajura perde as asas, cai no chão e inicia um formigueiro.

Conhecida também como formiga-cortadeira, existem dez espécies e três subespécies de saúva no Brasil, entretanto apenas seis causam impacto comercial.

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Na agricultura, as espécies Atta sexdens rubropilosa e Atta laevigata são as mais danosas tanto pela abrangência da ocorrência, pelo tamanho do ninho e pela quantidade de formigas quanto pela desfolha que provocam.

As saúvas têm apetite voraz pelas plantas, superior à de qualquer outro animal maior, inclusive mamíferos.

As formigas operárias cortam folhas de mudas e de árvores, podendo causar até a morte das plantas. Para manter um sauveiro durante um ano, pesquisadores calculam que é necessária 1 tonelada de vegetais.

A Atta sexdens, conhecida como saúva-limão, é capaz de dizimar lavouras inteiras da noite para o dia, atacando até áreas de reflorestamento, pomares e viveiros de mudas. Essa espécie está mais presente em Estados da Região Sudeste, além de Goiás, Mato Grosso e Paraná.

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Formiga saúva bem avermelhada na frente de um pedaço de capim cortado

Quando as formigas operárias cortam as plantas, acabam se nutrindo um pouco da seiva vegetal, mas as folhas não são o principal alimento do inseto. Embora seja conhecida como praga agrícola, a saúva é uma formiga agricultora.

Ao longo da evolução e antes dos humanos, ela se tornou capaz de cultivar o próprio alimento.

A maior parte do material “colhido” das plantas é levada para a colônia, onde as saúvas mantêm o fungo Leucoagaricus gongylophorus, responsável por degradar as folhas e produzir açúcares importantes para as formigas adultas.

Além disso, o próprio fungo é base da nutrição para a rainha e o único alimento das larvas.

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As formigas chegam a produzir até os próprios defensivos em uma relação de mutualismo com bactérias que protegem os fungos contra patógenos.

As particularidades ecofisiológicas, comportamentais e reprodutivas das saúvas fazem que alguns princípios do manejo integrado de pragas não sejam aplicados para esse controle. O inseto pode ser combatido com armadilhas que apresentem efeitos tóxicos e repelentes, como gergelim, mamona e batata-doce.

Nas colônias com até quatro meses, a rainha ainda está localizada a poucos centímetros da superfície, então é possível escavar e a eliminar para acabar com o formigueiro ou arar o terreno antes do cultivo. Contudo, a tática é ineficiente para colônias mais antigas, que têm profundidade maior.

Outra estratégia é fazer controle químico por meio de inseticidas, mas esse método também é limitado. Uma nova abordagem propõe a aplicação de substâncias que sejam tóxicas para o fungo, porque com a eliminação dele a rainha e as larvas ficam sem alimento e o formigueiro tende a sumir.

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