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Como a integração lavoura e pecuária alia produtividade e sustentabilidade no Pampa?

Noticias do Jornal do campo Soberano
Boa leitura!

O modelo de integração lavoura-pecuária (PLI) desenvolvido pela Embrapa Pecuária Sul tem apresentado resultados promissores na produção de grãos e na pecuária de corte.

O trabalho realizado em parceria com universidades e fazendas tem como objetivo aprimorar sistemas integrados que visam a conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

Através do PLI, busca-se garantir a disponibilidade de forragem durante todo o ano, reduzindo assim as lacunas forrageiras, especialmente nas transições entre estações quentes e frias.

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A sustentabilidade é um dos pontos-chave do modelo, que almeja reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência e a segurança dos produtores, ao mesmo tempo em que conserva e melhora os recursos naturais.

Um dos principais benefícios do PLI é a melhoria da fertilidade do solo, alcançada por meio do Sistema Plantio Direto e do Sistema Pastagem sobre Pastagem.

Mesmo em regiões com restrição hídrica, como ocorreu nos últimos anos na Fazenda Espinilho, os resultados são positivos.

Nas lavouras de grãos, o sistema de pastagem implantado anteriormente mostrou-se vantajoso, permitindo maior produtividade em comparação com o sistema convencional.

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No verão passado, por exemplo, a produção de soja teve um aumento significativo nas áreas em que foi utilizado o capim sudão como pastagem.

Além dos benefícios econômicos, o PLI contribui para a preservação do meio ambiente. A maior diversidade de plantas e raízes vivas no solo promove uma estruturação mais adequada, aumenta a retenção e infiltração de água, aumenta a fixação de carbono e valoriza os organismos vivos do solo.

Para potencializar os benefícios do PLI, a fazenda também conta com áreas ocupadas por lavouras nativas e melhoradas, visando intensificar o uso e manejo dessa plantação natural como forrageira perene.

Em resumo, a integração lavoura-pecuária apresenta-se como uma alternativa sustentável que proporciona melhores resultados tanto na produção de grãos quanto na pecuária de corte.

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Os benefícios econômicos e ambientais do modelo são evidentes, mostrando que é possível conciliar produtividade e conservação dos recursos naturais.

Perguntas com respostas de alta demanda:

1. Como funciona o Sistema Plantio Direto?
R: O Sistema Plantio Direto é uma técnica agrícola que consiste em semear as culturas diretamente sobre a palhada deixada pela cultura anterior, sem a necessidade de revolver o solo. Isso contribui para a redução da erosão, a melhoria da fertilidade do solo e a economia de tempo e recursos.

2. Qual é a importância da rotação de culturas no PLI?
R: A rotação de culturas no PLI é fundamental para diversificar os sistemas produtivos, reduzir a dependência de insumos externos e melhorar a saúde do solo. Além disso, a rotação de culturas contribui para o controle de pragas e doenças, aumenta a eficiência no uso de nutrientes e promove a conservação dos recursos naturais.

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3. Quais são os principais benefícios ambientais do PLI?
R: O PLI apresenta diversos benefícios ambientais, como a melhoria da fertilidade do solo, a retenção e infiltração de água, a fixação de carbono e a valorização dos organismos vivos do solo. Além disso, o sistema contribui para a preservação da biodiversidade e a redução da erosão.

4. Como o PLI pode aumentar a produtividade na pecuária de corte?
R: O PLI promove a disponibilidade de forragem durante todo o ano, reduzindo as lacunas forrageiras e garantindo a sustentabilidade da pecuária de corte. Com pastagens adequadas e diversificadas, é possível aumentar a produtividade do rebanho, reduzir os riscos produtivos e melhorar a renda dos produtores.

5. Quais são os desafios na implementação do PLI?
R: A implementação do PLI envolve desafios como a adaptação das propriedades às novas práticas, o manejo adequado das pastagens e a escolha das culturas mais adequadas para cada região. Além disso, é necessário investimento em capacitação técnica e infraestrutura. No entanto, os benefícios econômicos e ambientais tornam o PLI uma opção viável para o setor produtivo.”

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
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Um modelo que integra lavoura e pecuária (PLI), mantido por Embrapa Pecuária Sul (RS) no município de Lavras do Sul (RS), vem apresentando bons resultados na produção de grãos, principalmente soja e sorgo, e na pecuária de corte.

Os dados foram coletados na Unidade Demonstrativa instalada na Fazenda Espinilho, e o trabalho visa aprimorar sistemas integrados baseados na conservação e melhoria dos recursos naturais, como água e solo.

No caso da pecuária, o modelo busca ter forragem pastoreada durante todo o ano, ou “pasto pastoreado 365 dias por ano”, como um dos pilares para melhoria do sistema, visando reduzir e eliminar lacunas forrageiras, especialmente na transições entre as estações quentes e frias do ano e durante o verão, quando as culturas de grãos ocupam grande parte da área útil da propriedade.

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O trabalho é desenvolvido em parceria com Universidade Federal do Paraná (UFPR) – Centro de Inovação Tecnológica na Agricultura (Nita), Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR) – Campus Pato Branco, e Fazenda Espinilho.

De acordo com pesquisador da Embrapa Pecuária Sul, Danilo Sant’Anna, os experimentos realizados buscam desenvolver sistemas integrados mais diversificados e sustentáveis.

São desenhos que visam reduzir a dependência de insumos externos, aumentar a resiliência, reduzir riscos, tanto produtivos como económicos e ambientais, e que podem proporcionar maior rendimento e segurança aos produtores ao longo do tempo.

“Os arranjos testados baseiam-se em aumentar, ao mesmo tempo, a produtividade e a renda do produtor, tanto na agricultura como na pecuária, de forma sustentável, conservando e melhorando os recursos naturais utilizados, como solo e água, entre outros”, destaca o pesquisador.

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O solo é um dos recursos mais impactados por este trabalho, com o aumento rápido e progressivo da fertilidade, através da aplicação dos processos e tecnologias do sistema integrado proposto, no qual a fase pecuária desempenha um papel importante neste sentido.

O Sistema Plantio Direto e o Sistema Pastagem sobre Pastagem são a base desses processos.

Apesar do curto tempo de início e das fortes secas que ocorreram nos últimos anos na região, os resultados obtidos na Fazenda Espinilho são promissores. Segundo Sant’Anna, a produção pecuária obtida com o sistema proposto, principalmente no verão, tem sido muito importante para sustentar a propriedade.

“O sistema Pastagem sobre Pastagem mostrou-se muito robusto e produtivo, principalmente durante o verão, com a utilização do capim sudan BRS Estribo, que nos últimos dois anos manteve alta produção apesar das secas ocorridas, o que se justifica pelo sistema de raiz profunda dessas plantas, especialmente quando submetidas a pastoreio adequado.”

Como a integração lavoura e pecuária alia produtividade e sustentabilidade no Pampa? 1

Nas lavouras de grãos, que foram muito afetadas pelas secas, as lavouras implantadas após o sistema de pastagem produziram mais que as áreas do sistema convencional da propriedade.

No verão passado (2022/2023), quando a seca foi mais severa, a área de soja, implantada após o sistema Pasto sobre Pasto com capim sudão no verão anterior, produziu quatro sacas a mais por hectare em relação às áreas convencionais que não o fizeram. esta rotação.

“Em anos normais, em outras áreas monitoradas com esse sistema, a produtividade das culturas subsequentes pode aumentar de 10% a 20%, ou até mais”, enfatiza o pesquisador.

O trabalho visa oferecer ao setor produtivo alternativas mais sustentáveis ​​em relação aos modelos convencionais de produção de grãos, especialmente soja e sorgo, e aos sistemas de produção pecuária, normalmente baseados apenas em pastagens de inverno no sul do país.

Nesse sentido, um dos pressupostos dos sistemas avaliados é a presença da componente pecuária rodando no sistema com pastagens de inverno e de verão, utilizando o Sistema Pastagem sobre Pastagem, visando não só aumentar a estabilidade e a renda, mas também o positivo impacto na produção de grãos.

Segundo Sant’Anna, isso ocorre com a aceleração da melhoria da fertilidade do solo, do aprofundamento das raízes e da maior retenção e infiltração de água no solo, representando redução nos custos de produção agrícola e aumento da produtividade, entre outros benefícios.

Ele destaca ainda que, em comparação com o modelo de produção convencional da região, está sendo avaliado um sistema de produção biodiverso em que três componentes principais giram entre si ao longo dos anos.

São elas: lavoura de soja no verão e aveia e azevém no inverno; cultivo de sorgo granífero no verão e aveia e azevém no inverno, e pecuária de corte com pastagens de verão (capim sudão) e inverno (aveia e azevém) no sistema Pastagem sobre Pastagem.

“A maior diversidade de plantas e raízes vivas, vivendo na mesma área e ao mesmo tempo associada ao uso adequado de diferentes práticas e processos agrícolas, como o plantio direto, não perturbando o solo, e, principalmente, a presença do componente animal em pastagens adequadamente manejadas, não só no inverno, mas também no verão, também rotativas com áreas de cultivo, permitem melhor estruturação do solo, aumento da capacidade de captação de água e nutrientes, aumento da fixação de carbono e valorização dos organismos vivos que habitam o solo, entre outras melhorias”, aponta Sant’Anna.

Para o pesquisador, o trabalho também visa simular e criar uma visão de futuro com o planejamento de todo o sistema de produção trabalhando com os conceitos implementados e avaliados na área experimental.

Além do sistema de soja, sorgo e pastagens de inverno e verão, a fazenda conta com mais de 50% da área ocupada com lavouras nativas e lavouras nativas melhoradas, em que um dos objetivos é intensificar o uso e o manejo dessa plantação natural. sistema pastoril, integrando-a como base forrageira perene no planejamento de todo o sistema de produção.

“Com diversificação e práticas conservacionistas é possível desenvolver sistemas altamente produtivos e rentáveis, mas que mantenham a sustentabilidade e a conservação dos recursos naturais”, conclui.

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