Introdução
A polêmica sobre o uso do glifosato na União Europeia
O glifosato, um agroquímico amplamente utilizado no bloco da União Europeia (UE), teve sua licença de uso prolongada por mais dez anos. Após meses de debates e votações inconclusivas, a Comissão Europeia decidiu endossar sua própria proposta e renovar a aprovação do herbicida, estabelecendo novas condições de uso.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Impasse entre os países-membros
No último mês, representantes dos 27 países que compõem a UE não conseguiram chegar a um consenso sobre a extensão da licença do glifosato. Após uma nova votação nesta quinta-feira (16), por um comitê de apelação, o impasse persistiu.
A proposta de extensão por mais dez anos exigia uma “maioria qualificada”, ou seja, a aprovação de 55% dos países-membros representando pelo menos 65% da população total da UE, cerca de 450 milhões de pessoas. No entanto, devido à abstenção de alguns países, esses números não foram alcançados.
Novas condições de uso
Diante do impasse, a Comissão Europeia decidiu endossar sua própria proposta e renovar a aprovação do glifosato com novas condições. Entre elas, está a proibição do uso pré-colheita como dessecante, bem como a implementação de medidas específicas para proteger organismos não alvo do herbicida.
Essas restrições vêm em resposta aos debates científicos que têm cercado o glifosato ao longo da última década. O agroquímico, utilizado em produtos como o Roundup, tem gerado discussões sobre seus possíveis efeitos no meio ambiente e na saúde humana.
Desde sua introdução pela Monsanto em 1974, o Roundup tem sido amplamente utilizado como uma forma eficiente de controlar ervas daninhas. No entanto, a Bayer, que adquiriu a Monsanto em 2018, tem enfrentado reivindicações e processos relacionados ao produto. Em 2020, a empresa concordou em pagar até US$ 10,9 bilhões para resolver cerca de 125 mil reivindicações.
Em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, uma instituição pertencente à Organização Mundial da Saúde e sediada na França, classificou o glifosato como “provável carcinógeno humano”. Esse posicionamento gerou ainda mais controvérsias e debates em torno do uso do herbicida.
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Sumário:
1. Licença de uso do glifosato é prolongada por mais dez anos na União Europeia
2. Falta de consenso entre os países-membros adia decisão sobre a licença
3. Proposta de extensão por dez anos não atinge maioria qualificada
4. Novas condições de uso do glifosato serão estabelecidas pela Comissão Europeia
5. Restrições no uso do glifosato incluem proibição pré-colheita e proteção de organismos não alvo
6. Glifosato é alvo de debates científicos sobre seus efeitos no meio ambiente e na saúde humana
7. Bayer, proprietária da Monsanto, enfrenta processos relacionados ao Roundup
8. Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer classifica o glifosato como provável carcinógeno humano
A Comissão Europeia prolongou por mais dez anos a licença para o uso do glifosato na União Europeia (UE), após os 27 países-membros não conseguirem entrar em consenso mais uma vez.
Representantes dos Estados não chegaram a uma decisão no mês passado, e uma nova votação por um comitê de apelação foi mais uma vez inconclusiva nesta quinta-feira (16). O agroquímico, amplamente utilizado no bloco, tinha aprovação no mercado da UE até meados de dezembro.
A extensão de dez anos proposta pela Comissão Europeia exigia uma “maioria qualificada”, definida como 55% dos 27 membros representando pelo menos 65% da população total da UE, de cerca de 450 milhões de pessoas. Com a abstenção de diversos países, esse número não foi alcançado.
Novas condições de uso do glifosato
Em virtude do impasse, o braço executivo da UE afirmou que vai endossar sua própria proposta e renovar a aprovação com novas condições.
“As restrições incluem a proibição do uso pré-colheita como dessecante e a necessidade de medidas específicas para proteger organismos que não são alvo”, afirmou em comunicado.
Na última década, o glifosato, usado em produtos como o Roundup, tem sido alvo de debates científicos sobre seus efeitos no meio ambiente e na saúde humana. O herbicida foi introduzido pela Monsanto em 1974 como uma maneira eficaz de matar ervas daninhas. A Bayer comprou a Monsanto por US$ 63 bilhões em 2018 e tem lidado com reivindicações e processos relacionados ao Roundup. Em 2020, a empresa disse que pagaria até US$ 10,9 bilhões para resolver cerca de 125 mil reivindicações.
Em 2015, A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, com sede na França, e parte da Organização Mundial da Saúde, classificaram o glifosato como “provável carcinógeno humano”.
A Comissão Europeia decidiu estender a licença para o uso do glifosato na União Europeia por mais dez anos, após os 27 países-membros não conseguirem entrar em consenso sobre o assunto. No mês passado, os representantes dos Estados não chegaram a uma decisão e, novamente, uma nova votação por um comitê de apelação foi inconclusiva. O glifosato é um agroquímico amplamente utilizado no bloco e tinha aprovação no mercado da UE até meados de dezembro.
A extensão de dez anos proposta pela Comissão Europeia exigia uma “maioria qualificada”, que se define como 55% dos 27 membros representando pelo menos 65% da população total da UE, o que corresponde a cerca de 450 milhões de pessoas. No entanto, devido à abstenção de diversos países, esse objetivo não foi alcançado.
Diante do impasse, a UE anunciou que endossará sua própria proposta e renovará a aprovação do glifosato, estabelecendo novas condições para o seu uso. Entre as restrições impostas estão a proibição do uso pré-colheita como dessecante e a implementação de medidas específicas para proteger organismos que não são alvo do agroquímico.
Nas últimas décadas, o glifosato tem sido objeto de debates científicos quanto aos seus efeitos no meio ambiente e na saúde humana. Esse herbicida, que foi introduzido pela Monsanto em 1974 como uma maneira eficaz de eliminar ervas daninhas, tem sido usado em produtos como o Roundup. Em 2018, a Bayer adquiriu a Monsanto por US$ 63 bilhões e tem enfrentado diversas reivindicações e processos relacionados ao Roundup. A empresa concordou em pagar até US$ 10,9 bilhões em 2020 para resolver cerca de 125 mil reivindicações.
Em uma classificação realizada em 2015, a Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, sediada na França e parte da Organização Mundial da Saúde, considerou o glifosato como “provável carcinógeno humano”. Essa avaliação adicionou mais combustível ao debate sobre a segurança do uso desse agroquímico.
No entanto, apesar das controvérsias, a Comissão Europeia decidiu estender a licença do glifosato por mais dez anos com o objetivo de estabelecer restrições e regulamentações mais rigorosas para o seu uso. Essas novas condições visam reduzir os possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente decorrentes do uso desse agroquímico.
Ao longo dos anos, têm sido realizadas pesquisas e estudos a respeito dos efeitos do glifosato. Esses estudos buscam entender melhor os impactos desse agroquímico na saúde humana, na biodiversidade e nos ecossistemas. A preocupação com os possíveis danos causados pelo glifosato tem levado a um maior debate sobre a utilização de agroquímicos de forma geral e a busca por alternativas mais seguras e sustentáveis na agricultura.
Nesse contexto, é importante que a regulamentação do uso do glifosato seja embasada em informações científicas atualizadas e de qualidade. O debate sobre a segurança desse agroquímico precisa considerar os diversos aspectos envolvidos, desde os impactos ambientais até os potenciais riscos à saúde humana. A transparência e a discussão aberta entre os órgãos reguladores, a indústria, os agricultores e a sociedade em geral são fundamentais para garantir uma tomada de decisão adequada e baseada em evidências científicas robustas.
Em suma, a Comissão Europeia decidiu estender a licença para o uso do glifosato na UE por mais dez anos, apesar das divergências entre os países-membros. Essa decisão foi tomada com o intuito de impor regulações mais rigorosas ao uso desse agroquímico, a fim de minimizar possíveis riscos à saúde e ao meio ambiente. O debate sobre a segurança do glifosato continua e a ciência desempenha um papel crucial na avaliação dos impactos desse agroquímico e na busca por alternativas mais sustentáveis na agricultura.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Diante da falta de consenso entre os membros da União Europeia, a Comissão Europeia decidiu prorrogar por mais dez anos a licença para uso do glifosato. Essa é uma decisão que tem gerado muita controvérsia, uma vez que o agroquímico é amplamente utilizado no bloco e seus efeitos no meio ambiente e saúde humana têm sido amplamente debatidos. A renovação da aprovação foi acompanhada de novas condições de uso, visando mitigar os possíveis impactos negativos.
Por que a Comissão Europeia decidiu prorrogar a licença para uso do glifosato?
A Comissão Europeia decidiu prorrogar a licença para uso do glifosato, pois os membros da União Europeia não chegaram a um consenso sobre a questão. Dessa forma, a Comissão tomou a decisão de renovar a aprovação com base em suas próprias propostas e definiu novas condições de uso do agroquímico.
Quais são as novas condições de uso do glifosato?
As novas condições de uso do glifosato incluem a proibição do uso pré-colheita como dessecante e a implementação de medidas específicas para proteger organismos que não são alvo do agroquímico.
Por que o glifosato é alvo de debates científicos?
Nas últimas décadas, o glifosato tem sido alvo de debates científicos devido aos seus efeitos no meio ambiente e na saúde humana. O agroquímico tem sido amplamente utilizado como herbicida, mas sua eficácia vem acompanhada de preocupações sobre sua possível carcinogenicidade e impactos negativos em organismos não alvo.
Qual é a classificação do glifosato pela Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer?
A Agência Internacional de Pesquisa sobre Câncer, parte da Organização Mundial da Saúde, classificou o glifosato como “provável carcinógeno humano” em 2015. Essa classificação tem gerado discussões e levantado questionamentos sobre a segurança do uso do agroquímico.