China Sofre Com Extrema Seca é irá importar muito milho

Inicialmente havia a expectativa de que o cereal a ser enviado ao país asiático fosse a safra 2022/23, a ser plantada, mas os chineses precisam primeiro do milho.

Esse cenário se formou diante da guerra da Ucrânia, já que o país é um dos maiores produtores e exportadores do cereal, inclusive para a China.

O Mapa apresentou os protocolos de exportação de milho, proteína de soja, farelo de soja e polpa cítrica a representantes do setor de grãos em reunião realizada Em agosto.

O protocolo sobre requisitos fitossanitários para a exportação de milho para a China indica que o grão a ser exportado para o país asiático deve estar livre de insetos vivos e 18 pragas quarentenárias que preocupam a China

O que vai definir se os embarques serão de milho desta ou da próxima safra é o cumprimento das exigências. De acordo com o protocolo, o ministério registrará exportadores e armazéns portuários que desejam exportar milho para a China “para garantir que eles atendam às condições de quarentena chinesas relevantes e aos padrões de qualidade”.

A China terá que importar muito milho, destaca o presidente executivo da Abramilho, o ex-ministro da Agricultura e indicado ao Prêmio Nobel da Paz, Alysson Paolinelli. “O consumo de milho registrará forte expansão como principal insumo para o segmento de proteína animal.”

China Sofre Com Extrema Seca é irá importar muito milho

China terá que importar muito milho, destaca presidente executivo da Abramilho

O ex-ministro da Agricultura e indicado ao Prêmio Nobel da Paz Alysson Paolinelli

“O Mapa comunicará previamente à GACC (Administração Geral das Alfândegas da República Popular da China) a lista de exportadores e armazéns registrados”, informa o documento. O protocolo também detalha que o ministério fará a fiscalização durante a produção de milho para evitar uma das pragas listadas no documento, a Peronosclerospora sorghi, e, se encontrada, orientará os produtores a aplicarem medidas de controle.

O ministério brasileiro também estabelecerá medidas de sistema de manejo integrado para minimizar a ocorrência de pragas que preocupam a China e fiscalizará sua aplicação por empresas que pretendem exportar o cereal para o país asiático.

Ainda de acordo com o documento, o ministério vai controlar as empresas que exportam milho para a China e estabelecer controles a serem realizados por elas nas etapas de limpeza, no processo de armazenamento e transporte do milho, ou antes do carregamento, para reduzir “solo, restos vegetais, impurezas e sementes perigosas de ervas daninhas, sorgo e outras sementes de grãos”.

“Se o problema for grave o suficiente, o exportador brasileiro e o armazém portuário, e até mesmo todo o milho brasileiro, podem ser suspensos imediatamente”

A agência realizará a inspeção quarentenária no embarque de milho antes da exportação para a China e emitirá o certificado fitossanitário, incluindo a declaração adicional de que a carga atende aos requisitos descritos no Protocolo de Requisitos Fitossanitários para Exportação de Milho do Brasil para a China e isentos das pragas quarentenárias que preocupam os chineses.

Na China, os importadores devem adquirir uma licença de importação emitida pelo GACC, e o milho brasileiro deve ser importado pelos portos e processado por fábricas designadas pelo GACC.

 

O produto brasileiro também será submetido a inspeção fitossanitária e quarentena nos pontos de entrada chineses.

Caso seja encontrada alguma praga quarentenária dentre as mencionadas no protocolo, será permitida a entrada da remessa após tratamento efetivo e, caso não haja tratamento, a remessa deverá ser devolvida ou destruída, com custo pago pelo exportador.

“Se o problema for grave o suficiente, o exportador e armazém portuário brasileiro, e até mesmo todo o milho brasileiro, poderão ser suspensos imediatamente até que o GACC confirme que o MAPA tomou medidas efetivas para resolver o problema”, aponta o documento.

O protocolo afirma ainda que, se outras pragas de quarentena não listadas no protocolo forem identificadas, a remessa será tratada de acordo com as disposições da China sobre quarentena de entrada e saída de animais e plantas e seus regulamentos.

O ministério também informará o GACC por escrito sobre qualquer nova ocorrência de pragas do milho no Brasil e das medidas adotadas pelo órgão e, a partir daí, o GACC poderá realizar avaliações de risco adicionais e revisar o protocolo.

O documento não detalha em qual ano-safra o cereal pode ser exportado, mas afirma que o protocolo entra em vigor na data de sua assinatura e tem validade de dois anos.

Inicialmente, os lados brasileiro e chinês haviam acertado que as exportações começariam na safra 2022/23.mas há discussão em andamento para que possam ser iniciadas na safra atual, que está sendo colhida, 2021/22.