Para demonstrar que a avicultura comercial e de subsistência no Brasil está livre da influenza aviária de alta patogenicidade (IAAP), o Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), juntamente com as Agências Executoras de Sanidade Agropecuária (OESA), intensificaram as ações de vigilância da doença. Desde julho de 2022, mais de 35.000 amostras de soro e aproximadamente 11.200 pools de swabs da traquéia e cloaca de aves foram coletados em conformidade com o Plano de Vigilância da Influenza Aviária e Doença de Newcastle.
“As ações visam detectar precocemente casos de IAAP, demonstrar a ausência da doença em aves comerciais e monitorar a ocorrência de cepas de gripe aviária de importância para a saúde pública”, explica a coordenadora de Assuntos Estratégicos do Departamento de Saúde Animal, Anderlise Borsoi .
As amostras coletadas pelo Serviço Veterinário Oficial (SVO) de todos os estados são analisadas na Rede de Laboratórios Federais de Defesa Agropecuária (LFDA). Até agora, 10.350 testes foram realizados com zaragatoas e todos deram negativo para a gripe aviária.
Quanto às amostras de soro, já foram realizados 33.236 testes de ELISA (técnica usada para detectar ou medir o nível de anticorpos). Desse total, apenas 0,3% das amostras (93) foram positivas para a presença de anticorpos para o vírus influenza A. As amostras positivas foram tipadas e detectados anticorpos para os subtipos H1, H9, H13 e H16 do vírus influenza A, subtipos esses de baixa patogenicidade e que não comprometem a avicultura nacional.
As ações de vigilância passiva, ou seja, voltadas para a investigação de casos suspeitos da doença, também se intensificaram. Este ano, até 24 de março, 1.639 amostras coletadas pelo SVO no atendimento de 54 casos suspeitos de gripe aviária em todo o território nacional foram enviadas ao LFDA-SP, laboratório de referência nacional e internacional para o diagnóstico de gripe aviária.
“Esse número é seis vezes maior que o número de notificações recebidas pelo Laboratório no mesmo período de 2022”, relata o coordenador geral de Laboratórios Agropecuários, Rodrigo Nazareno. Todas as amostras suspeitas analisadas pelo LFDA-SP, que possui estrutura biossegura nível NBA3 para manuseio desse tipo de material, obtiveram resultado negativo para gripe aviária.
Até o momento, os testes realizados na Rede LFDA em cumprimento ao Plano de Vigilância do Programa Nacional de Sanidade Avícola (PNSA) mostram que, por enquanto, não há circulação de influenza aviária de alta patogenicidade no território nacional.
