eficiencia de exportadores brasileiros de boi vivo e alvo de assedio comercial 3

Preço do boi magro cai mais de 11% em um ano

O que está acontecendo com o preço do boi magro no Brasil?

O boi magro é um animal jovem, com cerca de 12 meses de idade e peso entre 250 e 350 kg, que é comprado pelos pecuaristas para ser engordado em pasto ou confinamento até atingir o peso ideal para o abate. O preço do boi magro é um dos principais indicadores da rentabilidade da atividade pecuária, pois representa o custo inicial do investimento.

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No entanto, nos últimos meses, o preço do boi magro vem apresentando uma forte queda no mercado brasileiro, especialmente no estado de São Paulo, que é o maior produtor e consumidor de carne bovina do país. Segundo dados do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea), o valor médio do boi magro negociado em São Paulo estava em R$ 3.552,12/cabeça na parcial de abril de 2023 (até o dia 18), com quedas de 2% no acumulado deste ano e de 11,14% frente à abril de 2022.

Mas quais são os fatores que explicam essa desvalorização do boi magro? E quais são as perspectivas para os próximos meses? Neste artigo, vamos tentar responder a essas questões, analisando os principais aspectos que influenciam a oferta e a demanda por esse tipo de animal.

Oferta: maior disponibilidade de animais

Um dos motivos que contribuem para a queda no preço do boi magro é o aumento na oferta de animais disponíveis para a venda. Esse cenário é resultado dos investimentos realizados pelo setor pecuário nacional entre 2020 e 2022, quando os preços da arroba do boi gordo atingiram patamares recordes, incentivando os produtores a ampliar e melhorar seus rebanhos.

De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o efetivo bovino brasileiro cresceu 1,4% em 2022, alcançando 225,4 milhões de cabeças. Desse total, 43% eram animais com até dois anos de idade, ou seja, potenciais bois magros. Além disso, o aumento da produtividade dos animais, graças ao uso de tecnologias como inseminação artificial, melhoramento genético e nutrição adequada, também contribuiu para elevar a oferta de boi magro.

Outro fator que favorece a maior disponibilidade de animais é a sazonalidade da produção. No primeiro semestre do ano, especialmente entre março e maio, ocorre o período conhecido como “safra do boi”, quando há uma maior oferta de animais terminados em pasto, provenientes da estação de monta anterior. Esses animais acabam competindo com os bois magros no mercado, pressionando os preços para baixo.

Demanda: incertezas no mercado

Do lado da demanda, um dos fatores que limitam a procura por boi magro é a incerteza em relação ao comportamento do mercado nos próximos meses. Os pecuaristas que compram bois magros para engordá-los em confinamento ou semiconfinamento precisam levar em conta vários aspectos antes de fechar negócio, como os custos de produção, os preços futuros da arroba do boi gordo e a demanda por carne bovina.

No entanto, esses aspectos estão sujeitos a variações que podem afetar a rentabilidade da atividade. Por exemplo, os custos de produção estão diretamente relacionados aos preços dos insumos utilizados na alimentação dos animais, como milho e soja. Esses grãos têm apresentado altas expressivas nos últimos anos, em função da forte demanda interna e externa e da desvalorização cambial. Segundo o Cepea, o preço médio do milho em São Paulo subiu 41%

O valor médio do boi magro comercializado no estado de São Paulo é de R$ 3.552,12/cabeça neste mês de abril (até o dia 18), com quedas de 2% no acumulado deste ano e de 11,14% em relação a abril de 2022 Segundo pesquisadores do Cepea, os valores foram pressionados principalmente pela maior disponibilidade de animais e incertezas relacionadas ao mercado, que limitaram a procura dos pecuaristas por novos lotes.

Para os próximos meses, parte dos agentes acredita que as cotações do boi magro podem continuar fragilizadas, com base em uma possível maior oferta, em função dos investimentos realizados pela pecuária nacional entre 2020 e 2022.

Esse cenário mostra que a utilização da terminação intensiva é atualmente uma alternativa atraente para os pecuaristas, uma vez que o gado magro representa, em média, cerca de 60 a 70% do custo de produção dos confinamentos, segundo cálculos do Cepea.

Preço do boi magro cai mais de 11% em um ano

Além do preço do gado magro, os pecuaristas de engorda também precisam ficar atentos aos valores de outros insumos importantes, como grãos, e aos valores futuros de venda do gado gordo.

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