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Aumento da produtividade: técnicas sustentáveis na agricultura

Agricultores veem produção aumentar com uso de técnicas sustentáveis

Integração Lavoura-Pecuária-Floresta: um modelo de sustentabilidade

Transformando fazendas e mudando paradigmas

Um novo olhar para a agropecuária brasileira

A fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO), representa um exemplo vivo e bem-sucedido do modelo de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF). Com uma área inicial de pastagens degradadas e baixa produtividade de gado, a propriedade testemunhou uma extraordinária transformação sob a liderança de Marize Porto Costa, em colaboração com a Embrapa.

Seu sistema inovador de produção, que abrange cultivo de soja, milho, eucalipto e pecuária de corte, não apenas aumentou a produtividade das safras, mas também revolucionou a eficiência da pecuária. Em pouco mais de uma década, a fazenda elevou sua produção de soja de 45 sacas para uma média de 80 sacas por hectare, e a produtividade de milho saltou de 90 para 200 sacas por hectare.

Além disso, a introdução do eucalipto não apenas proporcionou abrigo e conforto ao gado, mas também contribuiu para a redução das emissões de carbono. Este modelo ilustra a viabilidade da intensificação sustentável na agropecuária e sinaliza um novo paradigma para a produção rural no Brasil.

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Esses exemplos de sucesso demonstram claramente que a integração lavoura-pecuária-floresta não apenas impulsiona a produtividade, mas pode também trazer vitalidade econômica e sustentabilidade ambiental para as propriedades rurais. Essa abordagem inovadora está alinhada com os esforços do Ministério da Agricultura e Pecuária para tornar o setor agropecuário mais sustentável, mitigando os impactos das mudanças climáticas e promovendo práticas agrícolas conscientes.

Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?

Sumário

Fazenda Santa Brígida

  • Transformação de áreas degradadas
  • Integração lavoura-pecuária
  • Cultivo de eucalipto
  • Aumento da produtividade

Nelore Mocho

  • Integração Lavoura-Pecuária (ILP)
  • Aumento da produtividade das pastagens

Soja com Eucalipto

  • Integração lavoura-pecuária-floresta (ILPF)
  • Estação de monta invertida
  • Melhoria na criação de gado

Sustentabilidade na Pecuária Brasileira

  • Dados sobre a pecuária brasileira
  • Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC)
  • Impacto na redução de emissões de gases de efeito estufa
  • Plano ABC+

A Fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO), tinha um cenário de pastagens degradadas e de baixa produtividade de gado quando Marize Porto Costa, com apoio da Embrapa, iniciou o sistema lavourapecuária em área de 800 hectares. Ela conta que a primeira safra de soja e de milho pagou apenas as contas, mas o ganho estava no belo pasto que se formou já no primeiro ano do projeto. Dois anos depois, ela entrou com o plantio de eucalipto, o que representou mais sombra e conforto para o gado e menos emissão de carbono na atmosfera, além de um novo incremento financeiro para a propriedade.

Em pouco mais de dez anos do início do projeto, a produtividade de soja passou de 45 sacas para média de 80 sacas por hectare e a de milho deu um salto, de 90 para 200 sacas por hectare. O principal avanço foi na pecuária, segundo a dentista que se tornou pecuarista e produtora rural. “Em 80 hectares da área mais produtiva da soja, fizemos um sistema de pasto rotacionado dividido em piquetes, em regime de semiconfinamento. Com isso, passamos de pouco mais de um bovino por hectare para 12 cabeças por hectare. O gado que saiu do sistema intensivo se adaptou e ganhou peso de forma excelente”, disse.

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Após três anos, o rotacionado vai para outra área da fazenda e, nessa, volta o cultivo da soja. “Por ser uma área muito trabalhada na integração lavoura-pecuária, nossa expectativa é de que a soja produza 100 sacas por hectare. Isso prova que a intensificação sustentável é possível”, disse. O sistema de integração inclui o eucalipto que, além de dar sombra e abrigo para o gado, ajuda a cobrir os custos da fazenda. “Vamos fazer agora a colheita seletiva das árvores, até para redesenhar a floresta, melhorando a integração com a soja e o gado.”

Milho, soja e nelore mocho

Durante décadas, o pecuarista Carlos Viacava se tornou referência nacional em melhoramento genético de bovinos da raça Nelore Mocho, mas lutava contra a baixa produtividade das pastagens, localizadas em terrenos de solo arenoso. Em 2013, ele passou a adotar o ILP, na Fazenda Campinas, em Caiuá, no oeste paulista, modelo estendido a outras propriedades do grupo na região.


Invaldo Weis adotou o método ILPF (integração lavoura, pecuária e floresta) na Fazenda Esperanca, e tem produção de soja, gado e plantação de eucalipto

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Foto: FABIO VINICIUS PLETKA / ESTADÃO / Estadão

A fazenda intercala dois anos de agricultura e dois de pecuária. No primeiro ano, a soja é cultivada na safra e o milho para silagem na safrinha, consorciado com forrageiras como a braquiária, que são pastejadas no outono e inverno. No segundo ano, repete-se o cultivo da soja e do milho, mas em consórcio com o brizanta, outra variedade da braquiária. A pastagem permanece nos dois anos seguintes. Desde o início do sistema, a produtividade de milho para silagem quase dobrou, e a da soja aumentou mais do que duas vezes.

Também houve aumento na eficiência da pecuária, com a taxa de lotação – quantidade de bois por hectares – crescendo quase 60%. Também se observou um aumento no ganho de peso diário. Machos e fêmeas passaram a ser desmamados com maior peso e as novilhas passaram a reproduzir a partir dos 12 meses, e não mais aos 24 meses. A fazenda se tornou uma unidade de referência tecnológica de ILP em solos arenosos.

Soja com eucalipto

Quando comprou a primeira parcela da atual Fazenda Esperança, em Santa Carmen (MT), na década de 1980, o pecuarista Invaldo Weis pensava em trabalhar apenas com pecuária de corte. No final dos anos 90, após arrendar parte da propriedade para agricultores, decidiu também plantar soja e milho. O passo seguinte, sempre apoiado pela Embrapa, foi integrar lavoura e pecuária e, mais adiante, lavoura, pecuária e floresta.

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Na safra 2021/22, Weis cultivou 2.680 hectares de soja e, desses, 2 mil foram plantados com milho de segunda safra. Outros 180 receberam plantas de cobertura e, dos outros 500, cerca de 60 hectares foram integrados também com floresta de eucalipto. Conforme o produtor, o novo sistema mudou o perfil do sistema de cria, permitindo a inversão da estação de monta. “O nascimento dos bezerros da estação invertida começa em meados de março e termina no final de julho, época mais propícia, evitando a perda de bezerros.”

Com o uso de calcário e a adubação dos pastos, ele conseguiu que as vacas fossem desmamadas com bom peso, acima de 500 quilos, o que antes era difícil. Weis cria a raça espanhola asturiana cruzada com nelore. A fazenda conta também com um confinamento para a terminação dos animais – o local é sombreado pelos eucaliptos para o conforto térmico do gado. “Antes de usar a integração, estação de monta invertida e terminação em confinamento, o gado ia para abate com 36 meses. Agora, são 26 meses no máximo”, disse.

Superpopulação

Dados do IBGE de 2022 apontam que o Brasil tem mais boi do que gente. São 203 milhões de habitantes, enquanto nossos pastos são povoados por 234 milhões de bovinos. O País é também o maior exportador de carne bovina do mundo. Incluindo outras carnes, o ramo pecuário fechou o ano passado com valor de produção de R$ 116,3 bilhões, crescendo 17,5% em relação ao ano anterior. O foco do Ministério da Agricultura e Pecuária, além de melhorar a pecuária e aumentar a produção, é tornar o setor mais sustentável.

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Com esse objetivo, o Plano de Agricultura de Baixo Carbono (ABC) funcionou entre 2010 e 2020, contribuindo para reduzir o efeito estufa no campo por meio práticas e tecnologias sustentáveis. Em 2021 foi lançado o Plano ABC+, com duração até 2030, para reduzir os impactos da mudança climática. Conforme o coordenador de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Ministério, Adriano Oliveira, o Plano ABC reduziu as emissões de gás de efeito estufa em quase 200 milhões de toneladas.

O ABC+ pretende, até o final da década, ampliar em 30 milhões de hectares as áreas destinadas à adoção de práticas para recuperação de pastagens degradadas.

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A Fazenda Santa Brígida, localizada em Ipameri (GO), era composta por pastagens degradadas e de baixa produtividade de gado. Foi então que Marize Porto Costa, com o apoio da Embrapa, iniciou o sistema lavoura-pecuária em uma área de 800 hectares. Embora a primeira safra de soja e milho tenha apenas pago as contas, o verdadeiro ganho veio do pasto que se formou já no primeiro ano do projeto. E dois anos depois, o plantio de eucalipto foi introduzido, proporcionando mais sombra e conforto para o gado, menos emissão de carbono na atmosfera e um novo incremento financeiro para a propriedade.

Ao longo de pouco mais de dez anos do início do projeto, a produtividade da soja aumentou de 45 para uma média de 80 sacas por hectare, e a produção de milho deu um salto, de 90 para 200 sacas por hectare. No entanto, o maior avanço foi na pecuária, com uma notável transformação na produtividade, segundo Marize Porto Costa, dentista que se tornou pecuarista e produtora rural. Com a implementação de um sistema de pasto rotacionado em 80 hectares da área mais produtiva da soja, a taxa de bovinos por hectare aumentou de pouco mais de um para 12. O gado se adaptou ao novo sistema, ganhando peso de forma excelente. Após três anos, o pasto rotacionado é transferido para outra área da fazenda, e o cultivo da soja é retomado nessa área.

O sistema de integração também inclui o plantio de eucalipto, que fornece sombra e abrigo para o gado, ao mesmo tempo em que ajuda a cobrir os custos da fazenda. Além disso, a fazenda realiza a colheita seletiva das árvores para redesenhar a floresta, melhorando a integração com a soja e o gado.

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O pecuarista Carlos Viacava, conhecido por seu trabalho em melhoramento genético de bovinos da raça Nelore Mocho, também adotou o sistema de integração lavoura-pecuária em sua propriedade, a Fazenda Campinas, em Caiuá, no oeste paulista. O método se mostrou eficaz ao combater a baixa produtividade das pastagens em solo arenoso, e garantindo um aumento significativo na eficiência da pecuária.

Já Invaldo Weis, pecuarista da Fazenda Esperança, em Santa Carmen (MT), optou por integrar lavoura, pecuária e floresta também com resultados positivos. Com a adoção de práticas sustentáveis, a fazenda alcançou a inversão da estação de monta, fazendo com que o nascimento dos bezerros acontecesse em uma época mais propícia, evitando perdas. Além disso, a integração e o manejo adequado das pastagens permitiram um aumento no peso dos animais e uma redução no tempo até o abate.

Considerando que o Brasil possui mais bovinos do que pessoas, ações como a integração lavoura-pecuária-floresta demonstram que é possível aumentar a produtividade da pecuária de forma sustentável. Além disso, o país é o maior exportador de carne bovina do mundo e o setor pecuário tem mostrado crescimento significativo nos últimos anos.

O Ministério da Agricultura e Pecuária tem como foco melhorar a pecuária e aumentar a produção de forma sustentável. Com isso, o Plano ABC+ foi lançado em 2021, com o objetivo de reduzir os impactos da mudança climática até 2030. Este plano visa ampliar em 30 milhões de hectares as áreas destinadas à adoção de práticas para recuperação de pastagens degradadas, contribuindo para a redução das emissões de gás de efeito estufa em 200 milhões de toneladas. Conforme o coordenador de Mudanças Climáticas, Florestas Plantadas e Agropecuária Conservacionista do Ministério, Adriano Oliveira, o Plano ABC tem sido eficaz na redução das emissões e contribui para uma pecuária mais sustentável.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

## Conclusão
A adoção da integração lavoura-pecuária, seja ela convencional ou com a adição de florestas, tem se mostrado uma importante estratégia para aumentar a produtividade e a sustentabilidade das propriedades rurais no Brasil. Exemplos de sucesso como a Fazenda Santa Brígida, a Fazenda Campinas e a Fazenda Esperança demonstram que é possível integrar diferentes atividades de forma eficiente, trazendo benefícios econômicos, ambientais e sociais para os produtores rurais. Além disso, o plano ABC+ do Ministério da Agricultura visa ampliar a adoção dessas práticas, contribuindo para a redução do impacto ambiental e a melhoria da qualidade de vida no campo.

## h2 Perguntas

### Como a fazenda Santa Brígida iniciou o sistema lavoura-pecuária?
A fazenda Santa Brígida iniciou o sistema lavoura-pecuária em uma área de 800 hectares, com o apoio da Embrapa.

### Quais foram os principais resultados observados na fazenda Campinas após a adoção do ILP?
Na fazenda Campinas, a produtividade de milho para silagem quase dobrou e a da soja aumentou mais do que duas vezes. Além disso, também houve aumento na eficiência da pecuária, com a taxa de lotação crescendo quase 60%.

### Qual foi o impacto da adoção do sistema de lavoura, pecuária e floresta na Fazenda Esperança?
Na Fazenda Esperança, o novo sistema permitiu que as vacas fossem desmamadas com bom peso, acima de 500 quilos, e o gado passou a ser terminado em confinamento em um lugar sombreado pelos eucaliptos para o conforto térmico.

### Quantas é a população de bovinos em relação à população humana no Brasil, de acordo com dados do IBGE?
De acordo com dados do IBGE de 2022, o Brasil tem 234 milhões de bovinos, em comparação com uma população humana de 203 milhões de habitantes.

### Qual é o objetivo do Plano ABC+ do Ministério da Agricultura?
O Plano ABC+ do Ministério da Agricultura visa ampliar em 30 milhões de hectares as áreas destinadas à adoção de práticas para recuperação de pastagens degradadas até o final da década.

Ao final do artigo, a seguinte frase será adicionada:
“A Fazenda Santa Brígida, em Ipameri (GO), tinha um cenário de pastagens degradadas e de baixa produtividade de gado quando Marize Porto Costa, com apoio da Embrapa, iniciou o sistema lavoura-pecuária em área de 800 hectares.”

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