Pular para o conteúdo

Agronegócio surpreende e atinge novo recorde

Brasil bate recorde nas exportações agropecuárias em 2023

O Brasil registrou um recorde no faturamento das exportações de produtos agropecuários em 2023, conforme apontam pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (CEPEA), baseadas em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex. No último ano, o setor apresentou um crescimento de 4,3% no faturamento em dólar de janeiro a dezembro, totalizando US$ 166 bilhões. Este é o quarto ano consecutivo em que o recorde anual é renovado (2019, 2020, 2021 e 2022).

Mesmo com a queda de quase 10% nos preços médios dos produtos exportados, o aumento no volume exportado foi fundamental para impulsionar o faturamento de 2023. Os grãos, especialmente o milho, contou com um crescimento de 29% em comparação ao ano de 2022 e foi um dos principais responsáveis por esse desempenho. O complexo da soja manteve a liderança em valor gerado, alcançando cerca de US$ 67 bilhões em receita, representando 40% do total. Além disso, o setor sucroalcooleiro, milho, e as carnes de frango e porco também registraram aumentos nas exportações.

———————————————————————————————-

Demanda de Produto

A forte demanda internacional, especialmente da China, foi um fator determinante para o sucesso do setor. O Brasil respondeu a essa crescente demanda com uma produção recorde, sustentando os volumes exportados. Contudo, apesar do aumento da produção global, os preços caíram ao longo do ano.

A estabilidade do dólar ao redor de R$ 5/US$ e a pequena desvalorização do Real, combinadas com a queda da inflação doméstica, resultaram em um crescimento de 0,3% na taxa de câmbio real, contribuindo para um aumento de 4,5% no faturamento em Reais.

Principais Destinos de Exportação

A China é a maior parceria comercial do Brasil no ramo do agronegócio. Ela foi responsável por 36% de todos os valores gerados com os embarques de produtos agropecuários no ano de 2023. A maior movimentação do país asiático foi de soja em grãos, cerca de 73%, seguido de 60% de carne bovina in natura.

Os europeus, considerando-se os 27 países que fazem parte da zona do Euro (EU-27), se mantêm como segundo destino mais importante para o agronegócio brasileiro. Eles foram responsáveis por adquirir os produtos florestais como o café, frutas e suco de laranja.

Ocupando o terceiro destino que mais realiza exportações do Brasil, está os Estados Unidos. O país se destaca em adquirir produtos como madeira, suco de laranja, etanol, frutas e outros.

Expectativas para 2024

Para este ano, os pesquisadores do Cepea indicam que a demanda por alimentos, fibra e energia deve se manter, apesar das perspectivas de taxas menores de crescimento nas principais economias mundiais.

No cenário da oferta, enquanto o Hemisfério norte se prepara para a nova semeadura, no Hemisfério sul inicia-se o período de colheita. Não se espera um aumento significativo de área no novo ciclo produtivo (2023/24) no Brasil, o que pode limitar o crescimento da oferta nacional, impactada também pelo clima adverso do final de 2023. A Argentina, outro importante exportador, espera recuperar as perdas do ciclo anterior, aumentando as exportações.

O câmbio pode ser afetado pela incerteza em relação a eventos políticos esperados para este ano e por influências dos conflitos armados vigentes sobre os mercados de commodities.

————————————————————————————————–

Expectativas para o Agronegócio em 2024

Diante do cenário atual, a expectativa para o agronegócio brasileiro em 2024 é desafiadora. Com a demanda internacional por alimentos, fibra e energia se mantendo, mesmo diante das perspectivas de crescimento econômico mais baixo, o setor precisa se manter competitivo e inovador para atender a essas necessidades.

O equilíbrio entre oferta e demanda

Com a safra no Hemisfério Norte e a colheita no Hemisfério Sul, a oferta de produtos agrícolas pode sofrer variações. A expectativa é que o Brasil não tenha um aumento significativo na área plantada, o que pode limitar a oferta nacional. Já a Argentina, outro importante exportador, busca recuperar as perdas do ciclo anterior e aumentar suas exportações.

Desafios e oportunidades

Com a incerteza política no cenário nacional e os conflitos globais impactando o câmbio e os mercados de commodities, o agronegócio enfrenta desafios significativos. No entanto, esses desafios também trazem oportunidades para a inovação, a diversificação de mercados e a busca por maior sustentabilidade.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

Exportações Agropecuárias: Recorde em 2023

O Brasil registrou um recorde no faturamento das exportações de produtos agropecuários em 2023, com um crescimento de 4,3% no faturamento em dólar, totalizando US$ 166 bilhões. Este é o quarto ano consecutivo em que o recorde anual é renovado. Mesmo com a queda de quase 10% nos preços médios dos produtos exportados, o aumento no volume exportado foi fundamental para o sucesso do setor. Os grãos, especialmente o milho, foram destaque, e a demanda internacional, especialmente da China, impulsionou o crescimento.

Demanda de Produto

A forte demanda internacional, especialmente da China, foi um fator determinante para o sucesso do setor agropecuário brasileiro em 2023. O país respondeu a essa crescente demanda com uma produção recorde, sustentando os volumes exportados. A estabilidade do dólar e a pequena desvalorização do Real contribuíram para um aumento no faturamento em Reais.

Principais Destinos de Exportação

A China foi o principal destino das exportações agropecuárias brasileiras em 2023, seguida pelos países europeus e pelos Estados Unidos. A soja em grãos foi o produto mais movimentado, seguido pela carne bovina in natura. Os produtos florestais e o café foram destaque entre os europeus, enquanto os americanos se destacaram na compra de madeira, suco de laranja, e frutas.

Expectativas para 2024

Para este ano, a demanda por alimentos, fibra e energia deve se manter, apesar das perspectivas de taxas menores de crescimento nas principais economias mundiais. No cenário da oferta, o Brasil não espera um aumento significativo de área no novo ciclo produtivo, o que pode impactar a oferta nacional. A Argentina, outro importante exportador, espera aumentar suas exportações. O câmbio pode ser afetado pela incerteza política e pelos conflitos armados globais.

FAQs

1. Qual foi o crescimento do faturamento das exportações agropecuárias brasileiras em 2023?

O faturamento das exportações agropecuárias brasileiras cresceu 4,3% em dólar, totalizando US$ 166 bilhões.

2. Quais foram os principais produtos responsáveis pelo aumento das exportações em 2023?

O milho teve um crescimento de 29% em comparação ao ano anterior, e o complexo da soja liderou em valor gerado, representando 40% do total.

3. Quais foram os principais destinos das exportações agropecuárias do Brasil em 2023?

A China foi o principal destino, seguida pelos países europeus e pelos Estados Unidos.

4. Quais são as expectativas para o setor agropecuário brasileiro em 2024?

Espera-se que a demanda por alimentos, fibra e energia se mantenha, mas a oferta pode ser limitada devido ao clima adverso e à falta de aumento significativo de área de plantio.

5. Como o câmbio pode ser afetado em 2024?

O câmbio pode ser influenciado pela incerteza política e pelos conflitos armados globais, o que pode impactar os mercados de commodities.

Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo

O Brasil registrou um recorde no faturamento das exportações de produtos agropecuários em 2023, conforme apontam pesquisas do Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada da Esalq/USP (CEPEA), baseadas em dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (MDIC) e da Secretaria de Comércio Exterior – sistema Siscomex. No último ano, o setor apresentou um crescimento de 4,3% no faturamento em dólar de janeiro a dezembro, totalizando US$ 166 bilhões. Este é o quarto ano consecutivo em que o recorde anual é renovado (2019, 2020, 2021 e 2022).

Mesmo com a queda de quase 10% nos preços médios dos produtos exportados, o aumento no volume exportado foi fundamental para impulsionar o faturamento de 2023. Os grãos, especialmente o milho, contou com um crescimento de 29% em comparação ao ano de 2022 e foi um dos principais responsáveis por esse desempenho. O complexo da soja manteve a liderança em valor gerado, alcançando cerca de US$ 67 bilhões em receita, representando 40% do total. Além disso, o setor sucroalcooleiro, milho, e as carnes de frango e porco também registraram aumentos nas exportações.

Demanda de Produto

A forte demanda internacional, especialmente da China, foi um fator determinante para o sucesso do setor. O Brasil respondeu a essa crescente demanda com uma produção recorde, sustentando os volumes exportados. Contudo, apesar do aumento da produção global, os preços caíram ao longo do ano.

A estabilidade do dólar ao redor de R$ 5/US$ e a pequena desvalorização do Real, combinadas com a queda da inflação doméstica, resultaram em um crescimento de 0,3% na taxa de câmbio real, contribuindo para um aumento de 4,5% no faturamento em Reais.

Principais Destinos de Exportação

A China é a maior parceria comercial do Brasil no ramo do agronegócio. Ela foi responsável por 36% de todos os valores gerados com os embarques de produtos agropecuários no ano de 2023. A maior movimentação do país asiático foi de soja em grãos, cerca de 73%, seguido de 60% de carne bovina in natura.

Os europeus, considerando-se os 27 países que fazem parte da zona do Euro (EU-27), se mantêm como segundo destino mais importante para o agronegócio brasileiro. Eles foram responsáveis por adquirir os produtos florestais como o café, frutas e suco de laranja.

Ocupando o terceiro destino que mais realiza exportações do Brasil, está os Estados Unidos. O país se destaca em adquirir produtos como madeira, suco de laranja, etanol, frutas e outros.

Expectativas para 2024

Para este ano, os pesquisadores do Cepea indicam que a demanda por alimentos, fibra e energia deve se manter, apesar das perspectivas de taxas menores de crescimento nas principais economias mundiais.

No cenário da oferta, enquanto o Hemisfério norte se prepara para a nova semeadura, no Hemisfério sul inicia-se o período de colheita. Não se espera um aumento significativo de área no novo ciclo produtivo (2023/24) no Brasil, o que pode limitar o crescimento da oferta nacional, impactada também pelo clima adverso do final de 2023. A Argentina, outro importante exportador, espera recuperar as perdas do ciclo anterior, aumentando as exportações.

O câmbio pode ser afetado pela incerteza em relação a eventos políticos esperados para este ano e por influências dos conflitos armados vigentes sobre os mercados de commodities.

Confira o relatório completo

Com informações ASCOM/CEPEA

Verifique a Fonte Aqui

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Patrocinadores