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Ágios futuros do boi gordo recuam na B3 com nov/25 e dez/25

Panorama: queda dos ágios nos contratos nov/25 e dez/25

O panorama dos ágios futuros para nov/25 e dez/25 caiu. A diferença entre o preço à vista do boi gordo e o contrato diminuiu. Isso muda como você protege a margem e planeja a venda.

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O que são ágios?

Ágios são o prêmio entre o preço atual do boi gordo e o preço do contrato futuro. Eles ajudam a cobrir custos, como alimentação, manejo e margem de lucro esperada.

Por que caíram?

A queda vem de maior oferta de boi, ajustes na demanda e mudanças na liquidez do mercado. Expectativas de exportação também influenciam.

Impacto prático na sua margem

Com menos ágios, a proteção do hedge fica mais barata, mas pode limitar o ganho se o preço subir muito. Pense assim: o hedge ainda reduz o risco, mas a vantagem pode ser menor.

Estratégias práticas para o produtor

  1. Acompanhe cotações diárias e defina alvos de venda alinhados com seus custos.
  2. Escolha vencimentos próximos da sua janela de entrega para o hedge.
  3. Considere combinar contratos nov/25 e dez/25 para equilibrar risco e liquidez.
  4. Calcule a margem levando em conta alimentação, manejo e armazenagem.
  5. Monitore o spread entre o preço à vista e o futuro para ajustar a estratégia.

De prêmio a deságio: como o movimento afeta o boi gordo

O movimento de prêmio e deságio entre o boi à vista e os contratos futuros muda a forma como você planeja a venda e protege a margem.

O que é prêmio e deságio?

O prêmio é a diferença entre o preço atual do boi gordo e o preço do contrato futuro. Ele funciona como uma proteção extra contra oscilações de custo e venda futura.

O deságio ocorre quando o contrato futuro fica abaixo do preço à vista. Nesse caso, a proteção é menor. Entender esse equilíbrio ajuda você a escolher quando hedgear.

Quais fatores movem esse movimento?

  • Oferta e demanda de boi no mercado doméstico e externo.
  • Expectativas de exportação e sazonalidade de consumo.
  • Liquidez dos contratos e mudança na composição de hedge dos produtores.
  • Custos de produção, como alimentação, manejo e armazenagem.

Impacto prático na sua margem

Quando o prêmio aumenta, você paga mais para proteger a venda futura. Isso pode reduzir o ganho potencial se o preço subir muito. Por outro lado, um prêmio baixo reduz o custo do hedge, mas aumenta o risco de volatilidade.

Fazer a proteção ainda reduz o risco de quedas bruscas. A diferença é quanto do preço você está disposto a travar hoje para não sofrer amanhã.

Estratégias práticas para o produtor

  1. Defina objetivos de venda alinhados aos seus custos reais e margem desejada.
  2. Escolha vencimentos que cubram o período de entrega do seu lote.
  3. Combine diferentes contratos para diluir o risco de cada vencimento.
  4. Atualize suas simulações com custos de alimentação e manejo para cada cenário.
  5. Acompanhe o spread entre à vista e futuro para ajustar a estratégia.

Exemplo prático

Suponha um lote de 10.000 kg com preço à vista de 12,50 R$/kg. O prêmio nov/25 é +0,18 R$/kg, resultando em um preço efetivo de 12,68 R$/kg para o hedge. Se o preço à vista futuro ficar em 12,68 R$/kg, o hedge mantém seu preço protegido. Se o preço à vista subir para 12,90, você deixa de ganhar 0,22 R$/kg em relação ao mercado, mas reduz o risco de queda. Se cair para 12,20, o hedge ainda entrega 12,68 R$/kg, protegendo 0,48 R$/kg de perda potencial.

Datagro e a leitura do prêmio de liquidação

O prêmio de liquidação mostra o quanto o hedge pode valer na prática, e a Datagro lê isso para você. Entender essa leitura ajuda a proteger a sua margem na venda de boi gordo.

O que é o prêmio de liquidação?

É a diferença entre o preço do boi à vista e o preço de liquidação do contrato futuro naquela data. Ele mostra o custo ou o ganho esperado ao fazer hedge com aquele vencimento.

Como a Datagro lê esse prêmio?

A Datagro coleta cotações de boi à vista, preços de contratos futuros e ajusta pela liquidez do mercado. O prêmio é calculado diariamente, refletindo oferta, demanda e expectativas de mercado. Assim, você vê se o hedge está mais caro ou mais barato que ontem.

Como usar isso na prática?

  • Compare o prêmio com seus custos de produção para decidir se vale hedgear.
  • Escolha vencimentos que cubram o período de venda da sua junta.
  • Combine vencimentos para espalhar o risco e manter liquidez.
  • Atualize planos com as mudanças do prêmio para manter a margem estável.

Exemplo simples

BoI à vista em 12,50 R$/kg e futuro em 12,60 R$/kg. Prêmio de liquidação: 0,10 R$/kg. Se o spot subir para 12,80, o prêmio responde à leitura diaria e muda o custo do hedge. Se cair para 12,40, o prêmio cai, reduzindo o custo, mas aumentando a exposição futura.

Fronteira entre físico e futuro: o que mudou na curva

A fronteira entre o físico e o futuro mudou, e acompanhar isso ajuda a planejar vendas e hedge com mais precisão.

O que é essa fronteira?

O físico é o preço da carne hoje, que você pode ver na gôndola ou no frigorífico. O contrato futuro é o preço acordado para uma venda futura. A diferença entre eles se chama base e guia quando vale hedgear ou não.

O que mudou na curva?

A curva de futuros pode ficar mais inclinada ou mais flat. Quando a oferta muda, a demanda externa muda ou a liquidez varia, a base oscila. Essas oscilações afetam o custo do hedge e o potencial de ganho.

Se a base fica mais estreita, o hedge fica mais barato. Se a base se amplia, o custo sobe e a proteção muda de desenho para o produtor.

Impacto prático para o produtor

Com mudanças na curva, é preciso reavaliar a estratégia de hedge. Hedge mais barato pode permitir proteção de mais curto prazo, mas pode limitar ganhos se o preço subir muito. Hedge mais caro pode restringir a proteção, mas reduzir o risco de quedas bruscas.

O segredo é entender qual vencimento fecha melhor com seu ciclo de produção e entrega. A gente veja como alinhar custo, margem e liquidez.

Estratégias práticas para acompanhar a fronteira

  1. Mapeie seu custo por lote e defina margens mínimas aceitáveis.
  2. Escolha vencimentos que cubram o período de entrega do seu lote.
  3. Use uma combinação de vencimentos para diluir risco e manter liquidez.
  4. Monitore a base diariamente e rode simulações com cenários de custo.
  5. Considere ajustes na posição conforme mudanças de demanda e oferta no mercado.

Exemplo simples

Spot atual 12,50 R$/kg; contrato futuro para nov/25 12,60 R$/kg. Base = -0,10. Se o spot sobe para 12,90, o comportamento da base pode aumentar o custo do hedge ou manter a proteção, dependendo do ajuste do futuro. Se o spot cai para 12,20, a proteção pode se tornar mais barata, mas a exposição futura aumenta.

Hedge como proteção: gerenciando margem e risco

Hedge é a proteção da sua margem contra oscilações de preço. Ele funciona como um seguro usando contratos futuros pra travar um preço de venda amanhã. Assim, a gente sabe o que vai receber, mesmo com a volatilidade do mercado.

O que é hedge e como ele protege a margem

Hedge é uma estratégia que busca compensar perdas na venda futura. Você usa contratos futuros para travar o preço de venda, reduzindo a incerteza da renda. A margem é o dinheiro que fica retido pra manter a posição. Quando o preço cai, o ganho do hedge ajuda a manter a margem estável. Quando o preço sobe, o hedge limita ganhos, mas protege contra perdas grandes.

Componentes-chave da proteção

Preço à vista, preço futuro, base, vencimento e tamanho da posição. A base é a diferença entre spot e futuro. O vencimento precisa bater com o seu ciclo de entrega. O tamanho da posição determina quanto da venda você protege.

Como montar uma estratégia prática

  1. Mapeie seus custos fixos e variáveis pra entender a margem mínima desejada.
  2. Defina um objetivo de proteção, com alvos de venda claros.
  3. Escolha vencimentos que cubram o período de entrega do seu lote.
  4. Combinar vencimentos dilui o risco e mantém liquidez.
  5. Rode simulações com cenários de preço pra ajustar a posição.

Erros comuns e como evitar

  • Não revisar a posição diariamente.
  • Ignore custos de armazenagem e alimentação no cálculo da margem.
  • Focar só no prêmio sem considerar o efeito total na margem.

Exemplo prático

Você planeja vender 20 mil kg daqui a dois meses. Spot hoje é 12,50 R$/kg e o futuro em dois meses fica em 12,70 R$/kg. O hedge tem custo total de 0,12 R$/kg. Se o spot subir para 12,90, o hedge mantém o preço próximo de 12,70, protegendo a margem. Se o spot cair para 12,20, a proteção reduz a volatilidade, mas a renda física pode cair; o custo total da posição ainda fica sob controle.

Impacto prático para pecuaristas: decisões de manejo

Decisões de manejo moldam a rentabilidade da sua fazenda, dia após dia. Quando você ajusta alimentação, manejo de pastagem e sanidade, os resultados aparecem de forma mais estável e previsível.

Alimentação e ganho de peso

Uma alimentação bem planejada sustenta o ganho de peso e melhora a conversão de ração. Combine pasto de qualidade com suplementos na medida certa, ajustando conforme a fase do animal. Não esqueça de ajustar a oferta de forragem para evitar picos de consumo que elevem custos.

Pastagem e lotação

Pastagem bem gerida reduz custo de ração e aumenta o ganho. Divida o pastejo em piquetes, rotacione-os e observe a disponibilidade de forragem. Mantenha reserva para períodos de seca e evite superlotação para não prejudicar o metabolismo dos animais.

Saúde e prevenção

A saúde vem em primeiro lugar. Priorize vacinação, controle de verminoses e higiene no manejo. Monitore sinais de doença e isole animais suspeitos para evitar disseminação entre o rebanho.

Reprodução e planejamento

Planeje acasalamentos, partos e lactação para manter o custo de reposição sob controle. Acompanhe o ciclo reprodutivo para manter a fila estável e reduzir intervalos entre partos.

Monitoramento e registros

Use checagens simples e registros consistentes. Anote peso, consumo, parto e reprodução. Registros ajudam a identificar tendências e a ajustar ações rapidamente.

Exemplo prático

Num lote de 700 animais, com foco no ganho de peso, alinhe a oferta de forragem com a demanda e mantenha o controle de custos de alimentação. Se a pastagem está boa, reduza suplementos. Se a pastagem falha, aumente o manejo e ajuste a dieta para manter o ganho de peso estável. A gente vê como pequenas mudanças diárias somam grandes resultados.

O que esperar para o boi gordo e as exportações

O boi gordo e as exportações andam juntos, ditando o preço hoje e o que você pode vender amanhã. Quando a demanda internacional cresce, o preço tende a subir. Isso ajuda a manter a margem, mesmo com custos de produção variados.

Mercados-chave e tendências

China continua sendo o maior comprador, mas Europa, Japão e Oriente Médio ganham espaço. Qualidade, rastreabilidade e sanidade abrem portas nesses mercados. Tarifas, acordos comerciais e logística também influenciam o volume exportado.

O cenário global muda com crises sanitárias, acordos comerciais e variações cambiais. A gente precisa acompanhar essas mudanças para não sermos pegos de surpresa.

Impacto no preço interno

Mais exportação pode reduzir a oferta doméstica e subir o preço do boi gordo no mercado local. Ainda assim, depender demais do exterior traz dependência de fatores fora do seu controle.

Por isso, é bom ter uma visão de médio prazo e ajustar a produção para não ficar com gado parado quando importadores mudam de pauta.

Custos logísticos e qualidade

Frete, portos e burocracia afetam o custo final da carne enviada para fora. Uma logística eficiente reduz perdas e mantêm o custo estável. A qualidade da carcaça, a rastreabilidade e a conformidade sanitária são diferenciais para contratos internacionais.

Estratégias práticas para pecuaristas

  1. Foque na qualidade da carcaça e na rastreabilidade para facilitar o acesso aos mercados externos.
  2. Planeje o abate para coincidir com janelas de exportação e evitar estoque caro.
  3. Diversifique destinos de exportação para reduzir dependência de um único comprador.
  4. Esteja com certificações e documentos sanitários atualizados para agilizar a exportação.
  5. Use contratos com antecipação para estabilizar caixa e crédito da fazenda.
  6. Esteja atento à variação cambial e ao frete; considere hedge quando fizer sentido.

Exemplo prático

Suponha 1.000 animais, peso médio 520 kg. Total de 520.000 kg. Preço interno hoje: 13,20 R$/kg. Exportação prevista de 40% com prêmio de exportação de 0,30 R$/kg, equivalentes a 13,50 R$/kg para esse volume.

Receita doméstica: 312.000 kg × 13,20 = 4.118.400 BRL. Receita de exportação: 208.000 kg × 13,50 = 2.808.000 BRL. Receita total estimada: 6.926.400 BRL. Ganho extra com exportação, comparando sem prêmio: aproximadamente 62.400 BRL, dependendo do peso e do prêmio efetivo.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.