O Agronegócio Brasileiro Rumo à Era Digital
A modernização do campo e o uso de tecnologias digitais
Os desafios e oportunidades para o futuro da agricultura
A transformação digital está cada vez mais presente no cenário do agronegócio brasileiro. Com a utilização de meios digitais em diferentes etapas do processo de negócios, os agricultores estão se adaptando às novas tecnologias para otimizar a produção e maximizar os resultados.
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Um estudo recente revelou que, principalmente no Centro-Oeste do Brasil, os mais jovens produtores estão liderando a adoção de tecnologias como agricultura de precisão, drones e aplicações de taxa variável. No entanto, diversas barreiras, como a falta de cobertura de telecomunicações, ainda impedem uma adoção mais ampla das tecnologias digitais.
Entretanto, com o avanço de soluções tecnológicas práticas e adaptáveis, os desafios para essa geração podem ser superados, permitindo que todas as pessoas envolvidas no campo possam se beneficiar das inovações.
Neste post, exploraremos como a digitalização está moldando o futuro do agronegócio no Brasil e os impactos dessas transformações. Acompanhe conosco essa jornada rumo à era digital no campo.
O agronegócio brasileiro ruma para se tornar cada vez mais tecnológico. Um levantamento da consultoria empresarial McKinsey apontou que 71% deles usam o meio digital em algum momento da jornada de compras para fechar negócios. Desses, 41% preferem os canais online. O levantamento The Brazilian Farms Mind in the Digital Era (O que Pensam os agricultores Brasileiros na Era Digital, em tradução livre) apontou também que os meios digitais são usados principalmente para a compra de insumos e equipamentos. A empresa ouviu pelo menos 2 mil produtores em 3 anos – entre 2020 e 2022.
A pesquisa apontou ainda que o avanço das tecnologias digitais acompanha a renovação no campo. No Centro-Oeste brasileiro, segundo a sondagem, quase dois terços dos agricultores têm menos de 45 anos. Estes agricultores mais jovens são frequentemente mais instruídos e abertos a novas tecnologias digitais do que os mais velhos, afirma Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey. “Os primeiros a adotar a agricultura de precisão, como drones e aplicações de taxa variável, tendem a ser os mais jovens, aqueles possuem grandes propriedades e estão localizados na região de Matopiba (Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)”, disse.
Conforme o especialista, o estudo apontou que, além da compreensão de como usar as novas tecnologias, a falta de cobertura de telecomunicações, especialmente a internet das coisas, limita a adoção de tecnologias digitais. A análise encontrou pelo menos cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, levando em consideração fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária.
Um deles, o de produtores de hortícolas, aparece na frente dos grandes produtores de cereais e fibras quanto ao uso de tecnologias digitais. Os horticultores, via de regra, ocupam áreas de produção menores do que os produtores de grãos.
A tendência à digitalização é explicada pelo diretor administrativo e sócio da Shimada Agronegócios, Hugo Shimada, para quem a horticultura deixou de ser vista como cultura familiar, tornando-se uma agricultura empresarial.
Em uma área menor, ele produz grande variedade de produtos de ciclo mais rápido e de alto valor agregado, como alho, cenoura e beterraba. Nesse contexto, o uso de ferramentas digitais é essencial para garantir a qualidade e evitar perdas nas lavouras. Shimada cita o exemplo do alho: um hectare desse produto vale cerca de R$ 120 mil. “Os meios digitais que mais utilizamos são o manejo de praga, com a ferramenta strider, manejo de frota, através da Solinftec e gerenciamento de irrigação, através da Icrop. Já os apontamentos de produção são feitos via digital com o Apontagro”, especificou.
Para Bruno Muller, head de Agricultura Digital da Syngenta, há diferentes desafios para essa geração e as barreiras podem ser quebradas com soluções digitais tecnológicas práticas que ajudem a superar os desafios do dia a dia no campo. “Há os ‘nativos’ digitais, que cresceram cercados de dispositivos digitais e serão as pessoas que mais cobrarão essas mudanças, mas temos também aqueles mais experientes que já entenderam que a digitalização não é mais uma escolha. Por isso, a digitalização e as soluções oferecidas devem ser simples e para todos”, disse.
Ele afirmou que o produtor precisa ter em mãos ferramentas digitais que sejam adaptáveis. “É natural que os mais jovens tenham maior abertura para novas tecnologias. Entendo que, quando a solução busca atender as reais necessidades de quem cultiva e está no campo, ela flui de uma forma mais fiel à realidade e, portanto, se encaixa mais harmoniosamente na rotina do agricultor. Isso mostra que há um grande potencial de engajamento, inclusive, de diferentes gerações nas lavouras”, observou. Muller cita como exemplo a plataforma Cropwise, que permite ao produtor navegar por soluções conectadas com um único acesso.
Para o especialista, a inovação, por meio de ferramentas digitais, é desenvolvida para resolver problemas do produtor rural, independentemente do tamanho de sua propriedade. “A transformação digital é para todos, o que se precisa é encontrar formas de permitir que os menores produtores também possam usufruir dessa inovação. É questão de se ter a ferramenta adequada e isso passa pelo entendimento de quem produz e, acima disso, de quem vende essas soluções”, disse.
1. Qual a importância do uso de meios digitais no agronegócio de acordo com o levantamento da consultoria McKinsey?
Resposta: Segundo o levantamento da consultoria McKinsey, 71% dos empresários do agronegócio usam meios digitais em algum momento da jornada de compras, e 41% deles preferem os canais online, sendo utilizados principalmente para a compra de insumos e equipamentos.
2. Quais são os desafios para a geração mais jovem e mais experiente do agronegócio em relação à adoção de tecnologias digitais?
Resposta: A geração mais jovem tende a ser mais instruída e aberta a novas tecnologias digitais, enquanto a geração mais experiente já entendeu que a digitalização não é mais uma escolha. Ambas as gerações enfrentam desafios que podem ser superados com soluções digitais tecnológicas práticas.
3. Em que áreas do agronegócio o uso de tecnologias digitais é mais presente?
Resposta: O estudo aponta que, na região do Centro-Oeste brasileiro, os mais jovens agricultores são os primeiros a adotar a agricultura de precisão, como drones e aplicações de taxa variável, e a área de produtores de hortaliças aparece na frente dos grandes produtores de cereais e fibras no uso de tecnologias digitais.
4. Qual é a maior barreira para a adoção de tecnologias digitais no agronegócio, de acordo com o estudo?
Resposta: Além da compreensão de como usar as novas tecnologias, a análise encontrou que a falta de cobertura de telecomunicações, especialmente a internet das coisas, limita a adoção de tecnologias digitais no agronegócio.
5. Qual a importância da inovação por meio de ferramentas digitais para resolver os problemas do produtor rural, segundo Bruno Muller, head de Agricultura Digital da Syngenta?
Resposta: A inovação por meio de ferramentas digitais é desenvolvida para resolver problemas do produtor rural, independentemente do tamanho de sua propriedade. Muller destaca que a transformação digital é para todos, e é importante encontrar formas de permitir que os menores produtores também possam usufruir dessa inovação.
O agronegócio brasileiro: um setor cada vez mais tecnológico
O avanço da tecnologia é uma tendência cada vez mais evidente no agronegócio brasileiro. De acordo com um levantamento da McKinsey, consultoria empresarial, 71% desses profissionais utilizam meios digitais em algum momento da jornada de compras para fechar negócios. Desse total, 41% preferem os canais online. O estudo “The Brazilian Farms Mind in the Digital Era” revelou ainda que os meios digitais são usados principalmente para a compra de insumos e equipamentos. Durante 3 anos, entre 2020 e 2022, a empresa entrevistou, pelo menos, 2 mil produtores do setor.
A renovação do campo
Além disso, o estudo apontou que o avanço das tecnologias digitais está intimamente ligado à renovação no campo. Na região Centro-Oeste brasileira, quase dois terços dos agricultores possuem menos de 45 anos. Esses jovens agricultores são mais instruídos e abertos a novas tecnologias digitais do que os mais velhos, de acordo com Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey. Eles tendem a ser os primeiros a adotar a agricultura de precisão, usando drones e aplicações de taxa variável, principalmente na região de Matopiba, formada pelos estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia.
A adoção de tecnologias digitais
Apesar da compreensão sobre o uso das novas tecnologias, o estudo apontou que a falta de cobertura de telecomunicações, especialmente da internet das coisas, ainda limita a adoção dessas tecnologias no setor. A análise identificou pelo menos cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, considerando fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária.
A digitalização na produção de hortaliças
Um dos grupos destacados no estudo é o dos produtores de hortaliças, que se destacam no uso de tecnologias digitais em comparação aos grandes produtores de cereais e fibras. Os produtores de hortaliças costumam ocupar áreas de produção menores em comparação aos produtores de grãos.
Hugo Shimada: a importância das ferramentas digitais na horticultura
Hugo Shimada, diretor administrativo e sócio da Shimada Agronegócios, ressalta a importância das ferramentas digitais na produção de hortaliças. Ele destaca que a horticultura deixou de ser vista como uma cultura familiar e tornou-se uma atividade empresarial. Em uma área menor, é possível produzir uma grande variedade de produtos de ciclo mais rápido e de alto valor agregado, como alho, cenoura e beterraba, sendo crucial o uso de ferramentas digitais para garantir a qualidade e evitar perdas na produção. Shimada menciona o exemplo do alho, cujo valor por hectare é de cerca de R$ 120 mil. O uso de herramientas digitais, como manejo de praga, manejo de frota e gerenciamento de irrigação, é essencial para a produção. Segundo ele, os meios digitais mais utilizados pela Shimada Agronegócios incluem a ferramenta strider para o manejo de pragas, a Solinftec para o manejo de frota e a Icrop para o gerenciamento de irrigação, além do Apontagro para os registros de produção.
A digitalização como solução para os desafios do campo
Para Bruno Muller, head de Agricultura Digital da Syngenta, a digitalização é uma solução para os desafios enfrentados pelos produtores rurais. Ele destaca que é essencial oferecer ferramentas digitais adaptáveis para ajudar a superar os desafios do dia a dia no campo. Muller ressalta que a transformação digital é para todos e que é preciso encontrar formas de permitir que os menores produtores também possam usufruir dessas inovações. Ele cita como exemplo a plataforma Cropwise, que permite ao produtor acessar soluções conectadas de forma simplificada.
O potencial da digitalização para engajar diferentes gerações nas lavouras
Muller também destaca o potencial de engajamento, inclusive de diferentes gerações nas lavouras, por meio da digitalização. Ele ressalta que a inovação por meio de ferramentas digitais é desenvolvida para resolver problemas do produtor rural, independentemente do tamanho de sua propriedade. Para ele, é essencial buscar soluções que atendam às reais necessidades do agricultor e estejam alinhadas com a realidade da produção agrícola. A digitalização é uma ferramenta para resolver problemas comuns no campo e deve ser acessível a todos os produtores, independentemente de sua faixa etária ou tamanho de propriedade.
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Perguntas Frequentes sobre o Agronegócio Digital
Como a tecnologia digital está impactando o agronegócio brasileiro?
O agronegócio brasileiro está se tornando cada vez mais tecnológico, com 71% dos produtores utilizando meios digitais em algum momento da jornada de compras e 41% preferindo canais online. O avanço das tecnologias digitais acompanha a renovação no campo, com quase dois terços dos agricultores no Centro-Oeste brasileiro tendo menos de 45 anos.
Quais são os principais usos das tecnologias digitais no agronegócio?
A pesquisa The Brazilian Farms Mind in the Digital Era apontou que os meios digitais são principalmente usados para a compra de insumos e equipamentos. Além disso, o uso de tecnologias digitais é mais comum entre os produtores de hortícolas, que ocupam áreas de produção menores do que os produtores de grãos.
Quais são os desafios e barreiras para a adoção de tecnologias digitais no agronegócio?
A falta de cobertura de telecomunicações, especialmente a internet das coisas, é um dos principais desafios para a adoção de tecnologias digitais no agronegócio. Além disso, a pesquisa identificou cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, levando em consideração fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária, mostrando que a adoção de tecnologias digitais varia com base nessas características.
Conclusão
O agronegócio brasileiro está passando por um processo de digitalização, com cada vez mais produtores adotando tecnologias digitais em suas operações. A inovação e a digitalização são fundamentais para garantir a qualidade e a competitividade do agronegócio brasileiro no mercado global.
O agronegócio brasileiro ruma para se tornar cada vez mais tecnológico. Um levantamento da consultoria empresarial McKinsey apontou que 71% deles usam o meio digital em algum momento da jornada de compras para fechar negócios. Desses, 41% preferem os canais online. O levantamento The Brazilian Farms Mind in the Digital Era (O que Pensam os agricultores Brasileiros na Era Digital, em tradução livre) apontou também que os meios digitais são usados principalmente para a compra de insumos e equipamentos. A empresa ouviu pelo menos 2 mil produtores em 3 anos – entre 2020 e 2022.
A pesquisa apontou ainda que o avanço das tecnologias digitais acompanha a renovação no campo. No Centro-Oeste brasileiro, segundo a sondagem, quase dois terços dos agricultores têm menos de 45 anos. Estes agricultores mais jovens são frequentemente mais instruídos e abertos a novas tecnologias digitais do que os mais velhos, afirma Nelson Ferreira, sócio sênior da McKinsey. “Os primeiros a adotar a agricultura de precisão, como drones e aplicações de taxa variável, tendem a ser os mais jovens, aqueles possuem grandes propriedades e estão localizados na região de Matopiba (Estados do Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia)”, disse.
Conforme o especialista, o estudo apontou que, além da compreensão de como usar as novas tecnologias, a falta de cobertura de telecomunicações, especialmente a internet das coisas, limita a adoção de tecnologias digitais. A análise encontrou pelo menos cinco grupos comportamentais distintos de agricultores, levando em consideração fatores como cultura, tamanho da propriedade e faixa etária.
Um deles, o de produtores de hortícolas, aparece na frente dos grandes produtores de cereais e fibras quanto ao uso de tecnologias digitais. Os horticultores, via de regra, ocupam áreas de produção menores do que os produtores de grãos.
A tendência à digitalização é explicada pelo diretor administrativo e sócio da Shimada Agronegócios, Hugo Shimada, para quem a horticultura deixou de ser vista como cultura familiar, tornando-se uma agricultura empresarial.
Em uma área menor, ele produz grande variedade de produtos de ciclo mais rápido e de alto valor agregado, como alho, cenoura e beterraba. Nesse contexto, o uso de ferramentas digitais é essencial para garantir a qualidade e evitar perdas nas lavouras. Shimada cita o exemplo do alho: um hectare desse produto vale cerca de R$ 120 mil. “Os meios digitais que mais utilizamos são o manejo de praga, com a ferramenta strider, manejo de frota, através da Solinftec e gerenciamento de irrigação, através da Icrop. Já os apontamentos de produção são feitos via digital com o Apontagro”, especificou.
Para Bruno Muller, head de Agricultura Digital da Syngenta, há diferentes desafios para essa geração e as barreiras podem ser quebradas com soluções digitais tecnológicas práticas que ajudem a superar os desafios do dia a dia no campo. “Há os ‘nativos’ digitais, que cresceram cercados de dispositivos digitais e serão as pessoas que mais cobrarão essas mudanças, mas temos também aqueles mais experientes que já entenderam que a digitalização não é mais uma escolha. Por isso, a digitalização e as soluções oferecidas devem ser simples e para todos”, disse.
Ele afirmou que o produtor precisa ter em mãos ferramentas digitais que sejam adaptáveis. “É natural que os mais jovens tenham maior abertura para novas tecnologias. Entendo que, quando a solução busca atender as reais necessidades de quem cultiva e está no campo, ela flui de uma forma mais fiel à realidade e, portanto, se encaixa mais harmoniosamente na rotina do agricultor. Isso mostra que há um grande potencial de engajamento, inclusive, de diferentes gerações nas lavouras”, observou. Muller cita como exemplo a plataforma Cropwise, que permite ao produtor navegar por soluções conectadas com um único acesso.
Para o especialista, a inovação, por meio de ferramentas digitais, é desenvolvida para resolver problemas do produtor rural, independentemente do tamanho de sua propriedade. “A transformação digital é para todos, o que se precisa é encontrar formas de permitir que os menores produtores também possam usufruir dessa inovação. É questão de se ter a ferramenta adequada e isso passa pelo entendimento de quem produz e, acima disso, de quem vende essas soluções”, disse.