Noticias do Jornal do campo
Thank you for reading this post, don't forget to subscribe!Boa leitura!
O Sistema Guaxupé, desenvolvido por pesquisadores da Embrapa, propõe uma nova forma de intensificar a produção pecuária de forma rentável e sustentável. O sistema baseia-se na formação de pastagens permanentes de alta performance produtiva, por meio da diversificação inteligente de forrageiras.
De acordo com o coordenador dos estudos, Carlos Maurício de Andrade, as tecnologias e conceitos do sistema orientam a formação de pastagens que resultam em melhor capacidade de suporte e maior ganho de peso dos animais, sem exigir altos investimentos em insumos. Além disso, o sistema busca reduzir o impacto ambiental da atividade pecuária.
O lançamento da tecnologia ocorrerá em um evento na Fazenda Guaxupé, em Rio Branco (AC), no dia 21 de junho. No evento serão apresentados resultados de pesquisas e experiências de pecuaristas parceiros. O objetivo é disseminar o conhecimento para produtores rurais, técnicos e estudantes, visando a adoção em larga escala do Sistema Guaxupé.
A capacidade gerencial de cada produtor é um fator determinante na adoção das tecnologias propostas pelo sistema. Quando bem implantado, o sistema melhora a produtividade e rentabilidade da atividade pecuária, garantindo também serviços ecossistêmicos fornecidos pelas pastagens consorciadas com leguminosas, como ciclagem de nutrientes e sequestro de carbono.
Um dos principais pontos enfatizados pelo sistema é a diversificação inteligente de forrageiras. A escolha das cultivares deve considerar as características locais do solo e do clima, bem como pragas e doenças existentes na região. O Sistema Guaxupé recomenda utilizar diferentes opções de forrageiras indicadas pela pesquisa para a região, a fim de ocupar totalmente o solo.
Para solos pouco permeáveis e com baixa capacidade de drenagem, como grande parte das áreas com pastagem no Acre, o sistema recomenda o uso de forrageiras estoloníferas, que apresentam alta tolerância ao encharcamento ou alagamento do solo. Essas forrageiras se reproduzem por meio de caules que enraízam nos nós, o que garante sua persistência e capacidade de competir com plantas daninhas.
Outra estratégia adotada pelo sistema é a consorciação de gramíneas com leguminosas forrageiras, como o amendoim forrageiro. Essa associação permite a captura de nitrogênio do ar e sua fixação no solo, o que reduz a necessidade de adubação química nas pastagens. Além disso, o amendoim forrageiro possui teores de proteína bruta elevados e alta digestibilidade, o que contribui para a qualidade nutricional da dieta do rebanho.
O manejo eficiente de plantas daninhas também é uma prioridade do Sistema Guaxupé. Os pecuaristas que adotam o sistema realizam um monitoramento constante das áreas e adotam medidas de controle para evitar a infestação e garantir pastagens sempre limpas. Além disso, o sistema recomenda o manejo adequado das pastagens, considerando características da fazenda, do rebanho e dos pastos formados.
Em resumo, o Sistema Guaxupé propõe uma abordagem inovadora e sustentável para a intensificação da produção pecuária. Com o uso de tecnologias e conceitos que visam melhorar a produtividade e rentabilidade, o sistema busca tornar a pecuária a pasto mais sustentável na Amazônia, abrindo novos mercados e inserindo a carne produzida no Acre em mercados internacionais que valorizam uma produção mais limpa.
Quer ficar por dentro do agronegócio brasileiro e receber as principais notícias do setor em primeira mão?
Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do Jornal Do Campo
Gostou das nossas dicas? Possui alguma outra que gostaria de compartilhar com a gente?
Escreva para nós nos comentários!
Source link