Boi Gordo Futuro encerra setembro pressionado, sinaliza recuperação

Boi Gordo Futuro encerra setembro pressionado, sinaliza recuperação

Preço futuro do boi gordo encerra setembro pressionado, sinalizando recuperação para novembro

O preço futuro do boi gordo fechou setembro em baixa, mas já aponta recuperação para novembro. O movimento reflete fatores sazonais, demanda externa e a disponibilidade de animais prontos para o abate. Entender esse cenário ajuda você a planejar venda e proteger a margem da sua propriedade.

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Nesta seção, vamos direto ao que importa para o seu manejo no dia a dia, sem jargão complicado.

Entendendo a leitura do mercado

Futuros são contratos de compra ou venda para uma data futura. A diferença entre o preço à vista e o preço futuro é chamada de base. Quando a base se aproxima de zero, o alinhamento entre cash e futuro tende a ficar mais estável. Um recuo em setembro pode vir de custos de alimentação, calendário de abate ou ajustes na demanda.

A recuperação esperada para novembro surge junto com a sazonalidade de consumo e exportação, que costumam elevar o preço na virada do ano. Ficar atento a esses movimentos ajuda a decidir quando vender ou manter o gado para o futuro.

Estratégias para proteger a margem

  • Hedge com contratos futuros: venda contratos de boi gordo para travar o preço de venda futuro. Se o cash cair, o ganho no contrato ajuda a manter a margem.
  • Uso de opções de venda: comprar puts oferece proteção contra quedas, com custo do prêmio. Use quando a margem estiver sob pressão.
  • Monitorar a base: compare cash e futuro diariamente. Uma base favorável pode indicar venda escalonada ou ajuste de hedge.
  • Venda gradual do gado: divida as vendas em dois ou mais momentos para reduzir o risco de pegar o ponto errado do mercado.
  • Redução de custos de produção: refine manejo de pastagens, alimentação eficiente e controle de desperdícios para melhorar o retorno por arroba.

Pratique a disciplina: atualize custos, siga as cotações diárias e ajuste o plano conforme a sua margem. Evite depender de uma única operação e mantenha o foco na proteção do seu retorno ao longo do tempo.

Contrato futuro da B3 vs referência Datagro: o que esse descompasso significa para a arroba

O contrato futuro da B3 e a referência Datagro nem sempre acompanham o mesmo ritmo. Quando as duas cotações divergem, a arroba pode oscilar sem aviso, dificultando o planejamento de venda e a proteção da margem.

Por que esse descompasso acontece?

Vários fatores puxam cada cotação para direções diferentes. Dados sobre demanda interna, cenário de exportação, oferta de animais, custos de alimentação, câmbio e prazos de entrega influenciam. Datagro reflete a expectativa de preço no curto prazo, enquanto o contrato futuro precifica riscos futuros, como safras e custos de produção. Em períodos sazonais, choques de oferta e mudanças logísticas amplificam a divergência.

Impacto para a arroba e a margem

Quando o futuro está acima da Datagro, a base fica positiva, sinalizando que o contrato já precifica alta futura. Isso pode favorecer o hedge para travar preço ou exigir venda escalonada, dependendo do seu posicionamento. Se o futuro fica abaixo, o preço futuro aponta uma tendência de queda, o que pode levar o produtor a antecipar vendas para manter a margem. Em ambos os casos, acompanhar a diferença entre as cotações é essencial para decidir o timing de venda.

Como aproveitar esse descompasso na prática

  • Monitore o futuro da B3, a Datagro e o preço à vista diariamente.
  • Use hedge com contratos futuros para travar um preço adequado para o seu gado.
  • Considere opções de venda (puts) para proteção de margem, se disponíveis na sua corretora.
  • Venda em etapas: divida o gado em lotes para reduzir o risco de timing.
  • Atualize custos de criação, alimentação e manejo para manter a margem sob controle.

Exemplo numérico simples

Suponha que o contrato de novembro esteja em R$ 260 e a referência Datagro em R$ 250. O descompasso é de R$ 10. Se a arroba à vista está em R$ 240, a diferença entre futuro e Datagro é de 10 reais. Isso indica que o contrato já precifica uma alta futura, o que pode orientar o timing de venda. Lembre-se: a base ajuda na estratégia, mas não garante lucro.

Para quem trabalha na fazenda, a lição é simples: mantenha o olho aberto nas duas cotações, ajuste o plano de venda conforme a margem e use estratégias de proteção com cuidado, sem depender de uma única operação.

O que esperar para outubro e novembro: estabilidade inicial e altas previstas

Para outubro, o preço do boi gordo tende a ficar estável no começo. As altas devem vir mais para o fim de novembro.

Essa leitura vem da sazonalidade de abate, da demanda interna e da oferta de animais prontos para o abate. Custos de ralção e de alimentação, clima e logística também ajudam a manter as cotações próximas entre o cash e o futuro.

O que pode puxar altas em novembro

Novembro costuma ter demanda elevada por carnes, festas, exportação e reposição de rebanhos. Se a oferta não crescer na mesma velocidade, o preço pode subir.

Estratégias práticas para enfrentar o período

  • Monitore cotações diariamente entre B3, Datagro e preço à vista.
  • Aplique hedge com contratos futuros para travar o preço.
  • Considere opções de venda como proteção de margem, se disponíveis.
  • Venda em etapas para diluir o risco de timing.
  • Ajuste custos de alimentação e manejo para manter a margem.

Com planejamento, dá pra navegar bem esse período.

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Saiba Mais Sobre Dr. João Maria
Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite.
Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.

joão silva

Dr. João Silva é um renomado zootecnista especializado em pecuária de leite, com mais de 2 Décadas de experiência no setor. Com doutorado pela Universidade Federal de Viçosa e diversas certificações, Também é autor de inúmeros artigos científicos e livros sobre manejo e produção de leite. Dr. João é reconhecido por sua contribuição significativa à indústria e seu compromisso com a qualidade e a inovação na produção leiteira.