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7 Erros Comuns – Para planejamento Forrageiro

7 Erros Comuns – Para planejamento Forrageiro

Para ter produtividade e eficiência na pastagens, é necessário ter um excelente planejamento forrageiro, e deve ser uma prática comum aos pecuaristas, pois com a estratégia correta, é possível minimizar os riscos e prejuízos ao produtor.

 O que é Planejamento forrageiro?

O planejamento forrageiro é uma estratégia que tem como objetivo reduzir os efeitos negativos da sazonalidade climática sobre a produção de forragem ao longo do ano. No Brasil, a variação das condições climáticas ao longo do ano impacta diretamente a produção e a qualidade do pasto, basicamente pelo efeito da redução das chuvas e da temperatura sobre a capacidade de crescimento do capim. Portanto, verificamos duas estações bem definidas, sendo elas, a estação chuvosa que em grande parte do país vai de outubro a março e a estação seca de maio a setembro (Figura 1). 

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Figura 1. Condições climáticas observadas em Brasília – DF (Fonte: CPTEC-INPE).

 Ausência de planejamento, causa sérios prejuízos!

Nesse contexto, a ausência do planejamento forrageiro pode resultar em grandes prejuízos ao produtor, basicamente pela falta de alimento, resultando em perda de peso e até a morte dos animais, além da degradação das áreas de pastagem em função da falta de ajuste da lotação.

 1º Etapa: Conhecer a capacidade produtiva!

Logo, o primeiro passo para a realização do planejamento forrageiro é conhecer a capacidade produtiva do seu pasto ao longo do ano. Essa primeira etapa envolve a compreensão das características da fazenda com base na sua localização, no clima ao qual está inserida e ao tipo de solo. Essa etapa consiste em fazer o inventário de todos os recursos forrageiros da fazenda, sejam elas áreas destinadas ao pastejo, silagem, fenação ou capineira.

 2º Etapa, mensurar a demanda!

O segundo passo é mensurar a demanda de forragem do seu rebanho de acordo com a atividade exercida (cria, recria ou engorda). Essa etapa envolve projetar o consumo diário, mensal ou anual de forragem de cada grupo ou categoria animal. Após o levantamento da capacidade produtiva e da demanda do rebanho, podemos então avaliar se ocorre variação na oferta e em relação à demanda ao longo do ano (Figura 2).

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Figura 2. Taxa de acúmulo de forragem e demanda diário do rebanho

– Tenha estratégias para o período de Escassez!

Dessa forma, observamos que existe um período de alta produção onde pode sobrar pasto e outro onde vai faltar pasto. Portanto, a partir desse déficit podemos então definir estratégias para cobrir esse período de escassez de alimento. Dentre as principais estratégias utilizadas podemos destacar a silagem, feno, pasto diferido e a suplementação volumosa ou concentrada no cocho. Contudo, alguns erros podem resultar em ineficiência do planejamento forrageiro dentro da propriedade sendo eles:

1ª – Desconsiderar as características climáticas da região: 

No Brasil central, o período de seca vai de abril a setembro, porém em outras regiões esse período de estiagem pode ser diferente. Logo, o primeiro passo para evitar erros é conhecer a condição climática ao qual sua fazenda está inserida.

2ª – Não fazer o levantamento dos recursos forrageiros: 

Fazer o inventário forrageiro é essencial para tomada de decisão na hora do planejamento forrageiro, ou seja, ele quem vai determinar a capacidade de suporte da sua fazenda, além das oportunidades para o enfrentamento do período de escassez. 

3ª – Ausência ou erro no levantamento da demanda por forragem: 

Quantificar a necessidade de forragem é ponto chave no planejamento, além de definir a capacidade de suporte da fazenda, é ela quem vai decidir quantos hectares eu vou precisar plantar de milho para silagem ou quantos vou precisar diferir para suprir meu rebanho no período de escassez. Nessa etapa, projetar a variação do rebanho ao longo de toda safra é fundamental. 

4ª – Não ajustar a lotação em função da capacidade de suporte do pasto:

A capacidade de suporte do pasto é quem define a quantidade de animais que a fazenda suporta em cada período do ano, caso a lotação esteja acima pode prejudicar não só o capim, mas o desempenho animal e a viabilidade da atividade.

5ª – Errar na escolha da estratégia de enfrentamento da seca: 

A escolha da estratégia depende, especialmente da sua capacidade de utilização e dos recursos disponíveis para sua adoção. Por exemplo, o diferimento é uma estratégia limitada, pois só é recomendada para propriedades com taxa de lotação até 2,0 UA/ha/ano, caso o produtor deseje uma lotação na seca maior que 2,0 UA/ha, a utilização de forragens conservadas ou capineiras é mais indicada, embora demande maiores recursos e estrutura. 

6ª – Desconsiderar as perdas ou variações ao longo do planejamento: 

As mudanças climáticas ou erros de execução podem reduzir a capacidade produtiva do pasto e da estratégia de enfrentamento da seca.

7ª – Escolha adequada do capim para a sua fazenda:

Pode não parecer, mas é um dos fatores que mais impacta o planejamento forrageiro. Dessa forma, a utilização de espécies ou cultivares não adaptadas as condições de clima e fertilidade impacta diretamente a capacidade de suporte da fazenda, na demanda por forragem na seca, além do desembolso anual do produtor pela constante necessidade de reforma ou pela maior demanda de recursos no período seco. 

A melhor forma de superar o desafio de realizar um bom planejamento forrageiro, é através da adoção de tecnologias, com foco naquelas que te permitam ter um melhor planejamento, análise de oportunidades e gestão de performance, além de tomadas de decisões certeiras no menor tempo possível.

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