#souagro| Em 2023, o Brasil pode se tornar um importante player nas transações internacionais de trigo. Segundo pesquisadores do Cepea, atualmente, o País é um grande importador, mas o setor nacional deve aproveitar as oportunidades postas diante da menor oferta argentina e dos problemas logísticos no Mar Negro e elevar sua participação nas exportações mundiais.
Assim, estimativas apontam que o Brasil pode se tornar o 10º maior exportador global da commodity na temporada 2022/23. No geral, a previsão é de que a produção de trigo no País continue aumentando em 2023, especialmente diante dos elevados preços praticados nos mercados interno e externo. Desta forma, ao longo do tempo, o volume necessário importado para suprir a demanda interna deverá seguir reduzindo ao mesmo tempo em que se eleva o excedente exportável.
Nós inclusive falamos aqui no Sou Agro que mesmo 2022 sendo um ano difícil, os produtores de trigo conseguiram dar a volta por cima e ter bons resultados. Com as colheitas 100% concluídas no Sul do país, a safra brasileira de trigo em 2022 chegou ao fim em dezembro. No balanço final, mais uma safra recorde. A produção deste ciclo atingiu 9,5 milhões de toneladas, um aumento de aproximadamente 24% em comparação a 2021, segundo dados da Companhia Nacional de Abastecimento (Conab).
Paraná
No Paraná, por exemplo, os números finais de produção fecharam em 3,38 milhões de toneladas, valor abaixo do potencial que o estado possui. Ainda assim, o volume foi cerca de 5% maior que o produzido em 2021. “No norte e centro-oeste paranaense, a queda na produção foi decorrente da falta de chuvas até o mês de agosto. Já nas demais regiões, as geadas e chuvas na colheita reduziram não só o volume, como também a qualidade”, destaca o analista de trigo do Departamento de Economia Rural do Paraná (Deral/PR), Carlos Hugo Godinho.
(Com Cepea)
(Débora Damasceno/Sou Agro)