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TOP 6 dicas para transformar os resultados da sua época de reprodução

Protocolos FTAI / Foto: Alvaro Fortunato

Este é um momento importante no processo de criação e, adotando os cuidados e recomendações corretos, é possível obter bons índices; confira as estratégias

Por Reuel Gonçalves* – Com a estiagem se estendendo por todo o Brasil Central e com a alta retenção de fêmeas para reprodução, os produtores devem ficar atentos na próxima estação reprodutiva (EM), principalmente para novilhas e primíparas. Porém, com orientações claras e comprovadas cientificamente, o pecuarista não terá que temer a passagem desta etapa de produção. Este é um momento importante no processo de criação e, adotando os cuidados e recomendações corretos, é possível obter bons índices. Caso contrário, a época de reprodução pode ser um desastre. Para evitar que isso aconteça, aqui estão seis dicas essenciais para prestar atenção nesta fase:

Veja os fatores essenciais para o sucesso da IATF na fazenda
Foto: Divulgação

Indução de ciclicidade e puberdade em novilhas

A expectativa para este ano é de atipicidade devido à seca que devastou o país em uma onda que vem dois anos seguidos. Nesse cenário, a atenção deve ser redobrada no protocolo de indução de novilhas, que pode ser realizada com progesterona injetável (P4), dispositivos P4 novos (0,5g ou 1g) ou dispositivos de segundo ou terceiro uso, desde que bem lavados, desinfetados e armazenados .

O protocolo expõe as novilhas a uma fonte exógena de progesterona (injetável ou em dispositivos), bem como estrogênio, benzoato (BE) ou cipionato de estradiol (EC). Simplificando, na prática, o primeiro dia é adotado como Dia 0 (D0) para colocação do dispositivo intravaginal P4 (1g, 0,5g ou reutilizado) e no Dia 10 (D10) o dispositivo é retirado e aplicado. estrogênio, geralmente usando Cipionato de Estradiol (EC – 0,5mg) por via intramuscular. Quem optar pelo uso de P4 injetável no D0 deve aplicar estrogênio no D12, pois o P4 tem ação prolongada em novilhas.

vaca inseminando iatf na calha do curral
Protocolos FTAI / Foto: Alvaro Fortunato

Exame ginecológico em fêmeas de mais de um bezerro

Este procedimento deve ser realizado entre dois momentos: antes da Inseminação Artificial em Tempo Fixo (IATF) ou mesmo no D0, antes da aplicação do aparelho de progesterona, por meio de toque retal ou uso de ultrassom. É fundamental excluir animais com lesões cervicais, infecções uterinas (metrite ou endometrite), entre outras questões físicas/infecciosas, evitando gastos com a sincronização de fêmeas impróprias para reprodução. O processo pode identificar se a fêmea terá uma gravidez tranquila, se será uma boa mãe e gerará bons produtos. Além disso, pode sinalizar problemas com os animais e ajudar na tomada de decisões.

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cruzamento guzera angus
Produtos F1 Angus (David Apetrecho) x Guzerá e Guzerá PO do Cond. Tachy do Sal, Fazenda Encarnação, Santarém Novo PA.

Suplementação com microminerais e vitaminas injetáveis

Outra ferramenta que deve ser utilizada é a suplementação com microminerais (Zn, Cu, Se e Mn) e vitaminas (A e E) pré-protocolo de IATF para combater os radicais livres (ROS) produzidos pelo estresse oxidativo.

Vale lembrar que o organismo possui um complexo sistema de proteção antioxidante para evitar a formação de radicais livres ROS no organismo, que são constantemente formados no metabolismo celular normal e em diversos eventos patológicos. No entanto, quando em excesso, como em situações de estresse de transporte, doenças e manuseio extenuante, podem causar a oxidação de moléculas biológicas. O desequilíbrio entre o desafio oxidativo e a capacidade de defesa antioxidante do organismo é denominado estresse oxidativo. Uma forma de combater o estresse oxidativo é aumentar a produção de antioxidantes pelo organismo ou absorvidos na dieta, com suplementação mineral e vitamínica injetável.

CRÉDITO: DIVULGAÇÃO
Foto: Divulgação

Vacinas reprodutivas

As doenças infecciosas reprodutivas, tanto virais, bacterianas e parasitárias, precisam estar no radar do produtor durante a época de reprodução. Herpes vírus bovino (IBR-1), peste bovina (BVD 1 e 2), leptospirose e bactérias Campylobacter são alguns exemplos de doenças que acometem fêmeas reprodutoras, principalmente novilhas.

Uma estratégia vacinal a ser utilizada pode ser utilizar no Dia 0 de indução da ciclicidade/puberdade das novilhas para a primeira dose das vacinas reprodutivas (Bioabortogen H + Bioleptogen) e a IATF D0 para fazer a 2ª dose. Caso o produtor não vá fazer a indução das novilhas, a vacinação das mesmas – e das demais categorias (primíparas e multíparas) – pode ser feita no D0 (1ª dose) do protocolo IATF e no D40 (2ª dose) , no primeiro diagnóstico de gravidez. Esses momentos também podem ser utilizados para a aplicação da suplementação injetável (D0 e D40), pontuada na dica #3.

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Uso de fosfato de levamisol

Sabe-se que o controle parasitário é uma ferramenta indispensável para evitar prejuízos no desempenho produtivo dos animais. O que ainda não se sabia é que o uso de parasiticidas para o tratamento de vermes também pode aumentar a eficiência reprodutiva de matrizes de frango submetidas à IATF. Trata-se de um estudo de campo realizado por um grupo de pesquisa da Universidade de São Paulo (USP), coordenado pela veterinária Dra. Roberta Machado Ferreira Saran, em parceria com o professor Dr. Pietro Sampaio Baruselli.

Segundo o pesquisador, muitos pecuaristas são atraídos pela ideia de aproveitar o manejo da IATF nos currais para também utilizar estratégias de controle de parasitas, mas acabam desistindo de fazê-lo justamente por temerem algum efeito negativo dessas drogas sobre a taxa de fecundidade. Com base nos resultados da pesquisa, o uso do antiparasitário, fosfato de levamisol durante a estação de monta, além de garantir o controle das verminoses, proporcionou melhor desempenho reprodutivo e maior ganho de peso para os animais.

vaca inseminante iatf no curral 2 - protocolo hormonal
Protocolos FTAI / Foto: Alvaro Fortunato

Protocolos FTAI e ressincronização

É preciso muita atenção no protocolo de inseminação utilizado, principalmente devido às especificidades de tipo, raça, idade e/ou dieta. Da mesma forma, a ressincronização pode estar entre os “cartões do produtor”. A nutrição terá forte impacto na ciclicidade e prenhez dos animais e uma segunda chance de inseminação artificial, por meio da ressincronização, deve ser fundamental para não perder a oportunidade de engravidar mais fêmeas, principalmente novilhas – futuras matrizes da propriedade.

A ressincronização consiste em fazer uma nova IATF logo após uma IATF anterior, diminuindo o intervalo entre as inseminações. Pensando em vacas de corte, o início do protocolo de IATF pode ocorrer 22 dias após a IATF anterior (todos os animais são cadastrados e o diagnóstico de gestação ocorre apenas no dia da retirada do dispositivo intravaginal de progesterona) ou 30 dias após a IATF anterior. Neste caso, o protocolo é iniciado no momento do diagnóstico de gestação e apenas vacas vazias são reprotocolo.

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É hora de aproveitar para investir na nova Estação Montana e isso deve ser feito de forma estratégica. As incertezas climáticas, cambiais e políticas despertaram um alerta ao campo: não atrase seu MS, muito menos prolongue-o: use as orientações e os resultados aparecerão. E cuidado com as informações recebidas nos grupos de WhatsApp, dizendo que o protocolo X, Y ou Z é milagroso. Solicitar evidências científicas por meio de publicações, artigos ou pôsteres de congressos que comprovem as indicações.

Reuel Gonçalves É veterinário e gerente de Serviços Técnicos da Biogénesis Bagó

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